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irO ser humano é gregário, o que isso significa? Significa que temos a necessidade de viver em grupos, de buscarmos companhia e de nos sentirmos confortáveis nas diversas situações sociais.
Justamente por isso, foi tão difícil o período de isolamento causado pela pandemia do coronavírus. Fomos forçados a aprender outras formas de nos relacionarmos, de estarmos juntos apesar do distanciamento físico. A tecnologia nos foi muito útil nesse momento, com muitas lives e videochamadas. Mas será que mudamos definitivamente o modo de nos relacionarmos?
Com certeza, não. Apenas ampliamos as possibilidades, pois nada substitui o contato humano, o fato de nos sentirmos acolhidos, de sentirmos o calor de um abraço, de nos unirmos em uma tarefa comum. Saímos renovados desses momentos, tanto que quase sempre nem percebemos o tempo passar. Como é bom termos conversas edificantes ou mesmo descontraídas com pessoas que admiramos!
E o que a ciência nos aponta sobre o contato humano? O dr. Vivek Murthy, autor do livro O poder curativo das relações humanas, nos traz que a solidão pode ser muito nociva. O isolamento extremo pode nos trazer ansiedade, depressão, desregular batimentos cardíacos e pressão arterial, sendo o contrário um fator estimulante. O contato edificante nos traz bem-estar, equilibra as emoções e, consequentemente, regula nosso organismo, melhorando as condições da saúde física e mental. Estar feliz e sentir-se pertencente são grandes estimulantes para nos fortalecer perante os desafios da existência. Esse contato presencial nos traz muitos elementos que absorvemos de forma inconsciente, como expressões corporais, faciais, tom de voz, sorriso ou seriedade nas falas. E isso nos dá parâmetros mais sólidos para sabermos se estamos ou não sendo compreendidos.
Então, o que poderíamos pensar sobre sermos gregários em relação ao nosso processo evolutivo? Qual a importância disso? Em O livro dos Espíritos, no capítulo VII, item VI – Lei de Sociedade, nas questões 766 a 768, temos respostas sobre a necessidade da vida social para o aprimoramento do homem. Ressalto aqui o último parágrafo:“Nenhum homem tem faculdades completas. Pela união social, eles se completam uns pelos outros para assegurar seu bem-estar e progredir. Por isso, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade, e não isolados”.
É por intermédio do outro que nos reconhecemos como seres humanos. Desde criança, necessitamos desse contato não só para o suprimento de nossas necessidades básicas, mas também para uma evolução da consciência de nós mesmos. É por meio do contato físico, do afeto, da aprovação que vamos percebendo nossa existência como um ser único. Seguindo, vamos reconhecendo mais tarde nossas características e nossas possibilidades, podendo assim buscar a transformação necessária para o nosso aprimoramento.
Joanna de Ângelis, no livro O despertar do Espírito, capítulo 7, sobre relacionamentos sociais, diz que “os relacionamentos sociais são de vital importância para os seres humanos. Quem não se relaciona no grupo social desintegra a personalidade e atormenta-se em sentido crescente”. O calor humano no inter-relacionamento social constitui fator básico para o crescimento psicológico, desenvolvendo a área da afetividade com toda a gama de sentimentos profundos que existem em germe no imo de cada ser. “O impositivo do instinto gregário responsável, de algum modo, pela sobrevivência das espécies animais, induzindo à convivência no grupo, desvela-se mais amplamente em emoções superiores que emulam à espiritualização, quando os sentimentos fraternais superam os níveis que agrilhoam o indivíduo aos automatismos primários” (Ângelis, 2014, cap. 7).
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo IV, item 26, no último parágrafo, temos: “Pela reencarnação sobre o mesmo globo, Deus quis que os mesmos Espíritos, encontrando-se de novo em contato, tivessem ocasião de reparar os seus erros recíprocos; em razão das suas relações anteriores, ele quis, por outro lado, assentar os laços de família sobre uma base espiritual, e apoiar sobre uma lei natural os princípios de solidariedade, de fraternidade e de igualdade”.
E assim podemos concluir que o contato humano social nos dá o verdadeiro sentido da encarnação, pois nos possibilita praticar a caridade, o acolhimento e o amor fraternal. E o que fazemos aqui senão para amarmos uns aos outros?
Bora tomar um café?
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Araras, SP: IDE, 1994.