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ir“Pois não faço o bem que desejo, mas continuo praticando o mal que não desejo. Ora, se faço o que não desejo, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim” (Romanos 7:19). A frase de Paulo em sua carta aos Romanos nunca ressoou tão atual. A reflexão que o apóstolo dos gentios fez é um convite para que possamos refletir sobre por que continuamos a fazer o que não desejamos mais estar fazendo.
A frase ganha um contorno bem importante ao nos depararmos com as recentes notícias, que trazem até um certo desânimo com relação às escolhas da humanidade, que continua a “empurrar com a barriga” as ações urgentes de que necessita o nosso planeta.
Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que, faltando apenas seis anos para o fim do prazo estipulado para se atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030, atingimos apenas 17% das metas. De forma ainda mais triste, o relatório sobre os ODS 2024 apresentou o triste dado de que mais de 23 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza extrema.
Um dos motivos que levam a esse quadro estarrecedor é a falta de investimentos maciços e ações em larga escala que demonstrem realmente um compromisso das nações. Sem isso, pode-se constatar que a tarefa de se alcançar o cumprimento dos ODS será praticamente impossível.
E por que não fazemos, por que não nos comprometemos com esses objetivos? O que ainda falta para fazermos o que precisa ser feito?
O ESG (Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança), que há alguns anos tem ganhado força nas empresas e pautado muitos esforços legislativos, parecia ser um bom sinal de que poderíamos realmente avançar. No entanto, apesar da força da lei, infelizmente, as práticas sustentáveis que deveriam moldar as ações das corporações vêm caindo em descrédito, sendo, muitas vezes, utilizadas como ferramenta de marketing para impulsionar ainda mais os negócios da empresa sem promover mudanças reais.
Essa constatação pôde ser vista no recente documentário do Financial Times, que tem como título Quem matou a festa ESG? Ele efetivamente faz a pergunta que tenta achar um responsável pela diminuição de investimentos que acontecem em decorrência do greenwashing, que é exatamente quando as empresas utilizam o discurso da sustentabilidade apenas como uma ferramenta de marketing sem realmente praticarem as ações que divulgam. Isso pode acontecer com a divulgação de informações falsas, a ocultação de dados ou até mesmo a ocultação de ações da empresa que possam ser encaradas como pouco sustentáveis. Ou seja, conhecemos os objetivos sustentáveis, durante a última década impulsionamos e discutimos muito o ESG, mas, na hora de fazer o bem, de colocar em prática tais práticas, falhamos vergonhosamente.
O bem que deveríamos fazer pela nossa própria sobrevivência, não estamos fazendo. E aí retomamos ao questionamento de Paulo aos Romanos: por que continuamos a praticar o mal, por que insistimos em uma postura não ética, mesmo sabendo que estamos colocando em jogo nosso próprio bem-estar? Com toda a certeza, as razões repousam no orgulho e no egoísmo. Será impossível avançar com práticas externas se dentro de nós não nos modificarmos. Necessitamos desenvolver uma transformação interna, dar um novo significado para nossas vidas, nos conectarmos a uma consciência maior que tudo. Estamos todos interligados, por isso, quando escolhemos agir para atender somente aos nossos interesses sem nos preocuparmos com a coletividade, vamos falhar.
Sem uma espiritualidade compreendida por cada um de nós e praticada de forma honesta e verdadeira, não avançaremos. Desse modo, não adiantarão leis nem siglas, continuaremos patinando.
É chegado o momento de nos comprometermos de forma honesta com a nossa transformação. Enquanto insistirmos em ser quem somos e deixarmos que nossos interesses prevaleçam sobre as necessidades de todos, vamos fracassar, fazendo com que milhões de pessoas morram de fome e o planeta siga exausto pelos desmandos humanos.