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irTodos nós, seres humanos, sempre falamos e falaremos da vida e da morte, mas o correto seria falarmos sempre da vida, porque, sabemos, ela nunca vai acabar. Quando nascemos, somos simples manifestados. E como é morrer? A boa notícia é que já morremos muitas vezes! Provavelmente, milhares de vezes e de diversas formas. “Então morrer não é um negócio novo”, pondera o geriatra Fábio Nasri (foto), primeiro-secretário da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil). Como ele disse, não vai ser a primeira vez, portanto, não devemos ter medo!
“Do ponto de vista físico, morrer é muito fácil. O difícil é desencarnar. Porque desencarnar pressupõe que você abdica de todos os laços que te retenham aqui. De tudo que te uniu ao teu corpo. Você abdica do amor, de algo de estimação que você tem, dos seus brilhos, dos seus familiares. E esse processo do desencarne é mais difícil. Esse é o grande desafio: a gente conseguir desprender da alma os laços que nos prendem ao plano material”, explica Fábio Nasri.
“Quando a gente desencarna, existe um upload, usando a linguagem da informática. A gente transfere todos os arquivos do nosso corpo para o nosso cérebro. Na hora que acabar essa transferência, a gente, de fato, vai se desligar do corpo terrestre. Quanto mais estivermos ligados ao nosso corpo, mais demorado será esse processo.”
O geriatra explica que há pessoas que desencarnam em horas, outras em anos, algumas em décadas, e outras em milênios. “Então, é importante saber que esses inúmeros pontos de contato que unem corpo e cérebro vão determinar o quão rápido você vai se separar. Temos várias formas de desencarnar. Há pessoas que desencarnam rapidamente em acidentes. As mortes, em geral, são um pouco mais traumáticas. Mas têm aquelas pessoas que envelhecem e desencarnam por meio das doenças físicas. Nesse segundo caso, por mais que a gente não goste de ficar velho, por mais que a gente odeie ficar fraquinho, é o melhor jeito. Porque aí vamos nos desprendendo aos poucos”, explica.
“Matéria e energia, isso nunca se perde. Quando a gente vai se desvitalizando aqui, a gente vai guardando energia para depois renascer com força no plano espiritual. Isso chama-se projeto espiritual. Ou seja, a gente se contrai aqui e se expande no outro mundo, no mundo espiritual. A gente vive em fases de expansão e fases de mutação.”
De acordo com Nasri, “a preparação para morrer é um problema existencial, da vida, A gente tem de se preparar todo dia para que esse desenlace do corpo físico seja mais fácil, mais rápido e o melhor possível. Temos de aceitar tudo aquilo que vivemos. Parar de brigar um pouco com as coisas, de reclamar. Viver de uma forma mais harmônica, sem prejuízos. E, principalmente, expandir o seu amor, a sua capacidade de amar. Mas não tem receita de bolo”.
O geriatra explica que, conforme envelhecemos, vamos tendo um esgotamento da nossa força vital e declinamos nossas forças fisiológicas. Movimentamo-nos menos, comemos menos, e esse processo facilita o desencarne. “Somos como uma larva até virar borboleta. Nesse caso, começamos a fabricar o nosso novo aspecto físico, plasmar sobre o Espírito, à semelhança do nosso corpo”.
Fabio Nasri lembra do exemplo do desencarne de Dimas, descrito por André Luiz no livro Obreiros da vida eterna. Ele sofria de cirrose hepática, foi um trabalhador importante nas casas espíritas e tinha uma programação para viver mais alguns anos. No entanto, acabou se desgastando muito, o que antecipou seu desencarne. Por seu mérito, foi muito bem assistido espiritualmente durante o processo. “Quando a gente cultiva o ambiente, a gente vive numa borda de proteção. Quando temos mérito, existe uma equipe de desencarne que nos auxilia. Nos casos de internação, quando a equipe médica terrestre é sensível, ela percebe a presença dela nos momentos derradeiros da vida terrena”.
“No processo de upload dos arquivos do nosso corpo para o nosso cérebro, a gente transfere todas as estruturas do corpo, transfere cicatrizes, lesões, tudo. E essas marcas ficam no perispírito. Na nossa próxima vida, elas vão plasmar no novo corpo físico. Isso é chamado de birth marks, ou marcas de nascimento. Existem inúmeros casos na literatura médica de pessoas, principalmente na Ásia, que lembram de encarnações passadas e trazem, inclusive, traços de cicatrizes ou de lesões de vidas passadas.”
Um importante momento do processo de desencarne é o desligamento do cordão de prata, que interliga o corpo espiritual ao corpo físico. Bezerra de Menezes explica que nem sempre é possível liberá-los nos primeiros momentos, porque a maior parte dos Espíritos depende da vida mental, dos ideais, e essa ligação do cordão faz com que o Espírito retenha algumas sensações orgânicas até que o corte seja concretizado. Emmanuel diz que a maior parte das pessoas precisa de 50 a 72 horas para que esse corte do cordão de prata se concretize, por isso é recomendado esperar pelo menos 72 horas para que seja realizada a cremação.
E qual é a função do cordão de prata? Ele leva para o corpo espiritual as últimas memórias do corpo físico, as últimas estruturas da vivência dessa vida. Uma outra dúvida frequente é para onde vamos depois que desencarnamos. Vamos para onde o peso específico do nosso perispírito nos levar. E cada perispírito tem um peso específico, que vai nos encaminhar para uma camada da estratosfera, que é a física mesmo, onde ficam as colônias espirituais de diferentes características.
E o que precisamos fazer para ficar com o perispírito levinho? Nasri explica que precisamos queimar o carvão, ou seja, fazer com que as doenças saiam do corpo espiritual e migrem para o corpo físico. “Então, todo o processo de doença, muitas vezes, é um clareamento, é uma forma de você tornar sua pele e o Espírito mais leves”.
Emmanuel estima que temos 20 bilhões de Espíritos ligados à Terra e que mais da metade deles está semicivilizado. Destes, apenas um terço está apto a trilhar o caminho da espiritualidade superior. “O desencarne protegido, em que você vai para um determinado nível um pouco melhor, não é a maioria. Acima da faixa terrestre, temos uma cinta cinzenta de 50 quilômetros, seguida de outra de 150 quilômetros de uma cinta leve, onde estão vivendo Espíritos de uma densidade maior, que são as zonas umbralinas. Necessariamente, não vamos conseguir chegar lá em cima, onde está o Nosso Lar, mas existem colônias espirituais no meio desse caminho, onde, provavelmente, muitos de nós podemos alcançar, nem que seja por um estágio intermediário, até depois conseguir chegar, eventualmente, às colônias melhores”, ressalta.
“Quando desencarnamos, vamos ficar onde o nosso padrão mental nos leva. O único patrimônio que temos na vida é o nosso padrão mental, são os nossos pensamentos e a nossa vontade. E, basicamente, o que temos que fazer? Mantermo-nos conectado com o divino, o bem, o justo e seguir nossa missão”.
Quem quiser se aprofundar e ler mais sobre o que é e como desencarnar, vale a pena ler o livro Nossa vida no além, escrito pela dra. Marlene Nobre, que analisou mais de 500 mensagens recebidas por Chico Xavier em que os Espíritos contam como é morrer.