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Qual o destino das crianças após a morte?

Sempre nos despertou grande curiosidade a sorte das crianças após a “morte”, bem como a possibilidade de intercâmbio com aqueles que tenham se despojado prematuramente de suas roupagens carnais. Nesse contexto, este texto busca explorar as diversas perspectivas filosóficas, religiosas e científicas sobre o destino das crianças após a morte, bem como analisar os métodos e técnicas de comunicação mediúnica com Espíritos desencarnados. Por meio da investigação de casos históricos e relatos de reencarnação, buscaremos ampliar o conhecimento sobre esse tema tão intrigante e, ao mesmo tempo, tão relevante para a compreensão da natureza humana.

Na questão n. 381 de O livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta aos Espíritos: “Por morte da criança, readquire o Espírito, imediatamente, o seu precedente vigor? Assim tem que ser, pois que se vê desembaraçado de seu invólucro corporal. Entretanto, não readquire a anterior lucidez, senão quando se tenha completamente separado daquele envoltório, isto é, quando mais nenhum laço exista entre ele e o corpo”.

Ocorre que esse desligamento será tanto mais rápido quanto mais elevado for o grau evolutivo do Espírito em questão.

O que nos diz André Luiz

Ao desencarnar, o Espírito que animava o corpo de uma criança nem sempre retorna de imediato à fase adulta. É bem verdade que volta ao seu precedente vigor, uma vez que não sofre mais as limitações da vida no plano material. No livro Entre a Terra e o céu, há um importante diálogo entre os Espíritos Hilário e Blandina sobre o destino das crianças após a desencarnação. Blandina, descrita como a vigilante mais responsável pelos pequeninos no Lar da Bênção, compartilha com Hilário como é o processo de acolhimento e cuidado dessas crianças no plano espiritual:

“– Antigamente, na Terra [considerou Hilário], conforme a teologia clássica, supúnhamos que os inocentes, depois da morte, permaneciam recolhidos ao descanso do limbo, sem a glória do céu e sem o tormento do inferno, e, nos últimos tempos, com as novas concepções do Espiritualismo, acreditávamos que o menino desencarnado retomasse, de imediato, a sua personalidade de adulto…

“– Em muitas situações, é o que acontece – esclareceu Blandina, afetuosa –; quando o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva, assumindo o comando mental de si mesmo, adquire o poder de facilmente desprender-se das imposições da forma, superando as dificuldades da desencarnação prematura. Conhecemos grandes almas que renasceram na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais recobrando, logo após o serviço levado a efeito, a respectiva apresentação que lhes era costumeira. Contudo, para a grande maioria das crianças que desencarna, o caminho não é o mesmo. Almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se relativamente longe do autogoverno. Jazem conduzidas pela natureza, à maneira das criancinhas no colo maternal. Não sabem desatar os laços que as aprisionam aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas e, por isso, exigem tempo para se renovarem no justo desenvolvimento. É por esse motivo que não podemos prescindir dos períodos de recuperação para quem se afasta do veículo físico, na fase infantil, de vez que, depois do conflito biológico da reencarnação ou da desencarnação, para quantos se acham nos primeiros degraus da conquista de poder mental, o tempo deve funcionar como elemento indispensável de restauração. E a variação desse tempo dependerá da aplicação pessoal do aprendiz à aquisição de luz interior, através do próprio aperfeiçoamento moral.”

Portanto, a existência de diversas instituições de apoio à infância no Plano Espiritual se faz necessária, tanto para auxiliar as crianças a se adaptarem à sua nova realidade quanto para ampará-las em um possível retorno à vida terrena por meio de uma nova encarnação.

Lar da Benção

Lar da Benção é uma colônia educativa, misto de escola de mães e domicílio dos pequeninos que regressam da esfera carnal. Essa colônia, situada no espaço espiritual correspondente às terras brasileiras, tem como objetivo preparar mães para a maternidade responsável e atender às crianças que desencarnam e encarnam. Tais crianças encontram nesse local o apoio necessário ao seu reajustamento espiritual. Assim é que, nos primeiros momentos como libertos do corpo físico, ou enquanto lhes dure o equilíbrio, são abençoadas pela assistência superior e amiga dos benfeitores espirituais do Lar da Bênção e pelo afeto inesquecível daquelas que foram suas genitoras, as quais, ainda presas aos liames da carne, são, no entanto, levadas à colônia para auxiliar e acompanhar o reerguimento dos filhos.

Um testemunho da continuidade da vida

O livro Crianças no Além, psicografado por Chico Xavier, oferece um testemunho comovente da vida após a morte para crianças. O autor espiritual Marcos, um menino desencarnado em um acidente de trânsito, comunica-se com seus pais, demonstrando que a vida continua e que o Espírito mantém seus condicionamentos e suas necessidades evolutivas, mesmo após a morte do corpo físico.

Emmanuel, no prefácio da obra, destaca a importância da mensagem de Marcos, que, ainda sentindo-se criança, escreve aos pais de forma tocante, trazendo notícias de si mesmo e de seus irmãos. Essa comunicação demonstra que a evolução espiritual é um processo gradual e que, mesmo após a morte, o Espírito continua sua jornada de aprendizado e crescimento.

A obra Crianças no além é um exemplo expressivo da manifestação mediúnica de crianças desencarnadas, oferecendo conforto e esperança aos que perderam entes queridos em tenra idade. A mensagem de Marcos nos lembra que a morte não é o fim, mas, sim, uma transição para uma nova etapa da vida, na qual o Espírito continua sua jornada em busca da evolução e da felicidade.

As reflexões apresentadas nos conduzem a uma profunda compreensão da morte infantil sob a ótica espírita. É um tema delicado e complexo, e a visão espírita oferece um consolo e uma compreensão profunda que vão além da dor imediata. A perda de um filho é uma provação dolorosa, mas também uma oportunidade de aprendizado e crescimento espiritual. Os pais podem encontrar conforto na certeza de que reencontrarão seus filhos em outras vidas. A literatura espírita, com suas obras baseadas nos ensinamentos dos Espíritos Superiores, nos convida a aprofundar nossa reflexão além disso; a noção de reencontro e evolução das almas nos oferece um olhar de consolo e esperança diante de uma realidade tão delicada.

Dessa forma, é imprescindível buscar aprimorar nossa compreensão e prática dos princípios espíritas, a fim de lidar de forma mais consciente e amorosa com a experiência da morte infantil.

Referências

KARDEC, Allan. O céu e o inferno. 85. ed. Brasília, DF: FEB, 2004a.

______. O livro dos Espíritos. 85. ed. Brasília, DF: FEB, 2004b.

LUIZ, André (Espírito). Entre a Terra e o céu. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Brasília, DF: FEB, 2018. (Coleção A Vida no Mundo Espiritual, 7).

MARCOS (Espírito). Crianças no além. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. São Bernardo do Campo, SP: GEEM, 2020.

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