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irVivemos em uma era marcada pela cultura do imediatismo, termo cunhado pelo professor Douglas Rushkoff em seu livro Choque do presente, lançado em 2013. Essa cultura caracteriza-se pela necessidade de satisfação instantânea e respostas rápidas, ignorando as lições do passado e, principalmente, sem a consideração do futuro. Uma pessoa imediatista vive para o presente, enxergando o passado como irrelevante e o futuro como incerto. Essa visão ansiosa e desconectada resulta em uma sociedade que busca a realização material a qualquer custo, sem reflexão ou planejamento, desejando a matéria a qualquer custo.
O materialismo, que anda de mãos dadas com o imediatismo, nos empurra para essa busca incessante por bens e conforto, levando muitos a acreditarem que a felicidade está em acumular e consumir. Em O livro dos Espíritos, Kardec já recebia orientações dos Espíritos sobre os perigos do materialismo. Na questão n. 799, quando perguntado sobre como o Espiritismo pode contribuir para o progresso, a resposta foi clara:“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro”.
Esse alerta se mostra mais relevante do que nunca. Vivemos em uma época em que a cultura imediatista e materialista encontra seu ápice em fenômenos como a proliferação das casas de apostas, ou Bets. Elas oferecem a promessa ilusória de uma “salvação imediata”, uma chance de enriquecimento rápido, sem esforço, pela sorte. Essas apostas atraem aqueles que buscam uma solução fácil para suas dificuldades materiais, mas, na verdade, acabam levando muitos à ruína, ao endividamento e à compulsão.
Como bem destaca o Espiritismo, a solução para os desafios da vida não está em se livrar das privações materiais a qualquer custo. O materialismo não nos leva à resignação diante das vicissitudes da vida, enquanto o Espiritismo nos oferece uma visão elevada das tribulações, mostrando que elas são oportunidades de crescimento. É com o Espiritismo que se pode ver as coisas de forma mais abrangente e com ligações entre o ontem, o hoje e o amanhã. Dessa forma, passamos a não nos perturbar tanto com as tribulações, adquirindo mais coragem diante das aflições e mais moderação para com nossos desejos.
A sociedade imediatista nos empurra a acreditar que a felicidade está na abundância material, ignorando o desenvolvimento espiritual e a compreensão das dores da vida. Isso se reflete até mesmo nas promessas de homens públicos, que muitas vezes oferecem soluções rápidas e superficiais para problemas complexos, desviando a atenção das verdadeiras causas do sofrimento.
Como não nos recordarmos de Bezerra de Menezes, que nos ensinou que o materialismo nunca trouxe regeneração moral ou consolo verdadeiro. Em um célebre debate, Bezerra respondeu a um convite para defender o Espiritismo perante o materialismo, dizendo:“Aceitamos o desafio, mas tragam também ao debate aqueles que o materialismo tenha soerguido moralmente no mundo; os malfeitores que ele tenha regenerado para a dignidade humana; os infelizes aos quais haja devolvido o ânimo de viver; os doentes da alma que tenha arrebatado às fronteiras da loucura […]. Se vocês puderem trazer um só dos desventurados do mundo, a quem o materialismo terá dado socorro moral para que se liberte do cipoal do sofrimento, nós, os espíritas, aceitaremos o repto”.
Essa fala de Bezerra nos convida a refletirmos sobre os caminhos que escolhemos. O imediatismo e o materialismo podem prometer soluções rápidas, mas seus frutos são, invariavelmente, mais sofrimento e desilusão. O Espiritismo nos mostra que a verdadeira salvação está no esforço diário, na compreensão das provas e na busca pela evolução espiritual, oferecendo ao homem coragem e esperança para enfrentar os desafios da vida.
Vivamos, portanto, os valores cristãos, pautados na solidariedade, na paciência e na fé na vida futura, para que possamos combater, em nossas ações diárias, as ilusões do materialismo e do imediatismo que tanto ferem a alma humana.