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irModelamos a nossa personalidade a partir do aprendizado recebido desde a infância e das vivências que acumulamos ao longo desta e de outras existências. Assim, é normal termos princípios que norteiam as nossas experiências diárias e influenciam diretamente as nossas decisões.
Até aí não é novidade para ninguém. Entretanto, durante o percurso, vamos formando paradigmas que sustentam o nosso olhar sobre as coisas e as outras pessoas. Elaboramos dentro de nós, ou simplesmente assimilamos de outrem, os padrões com os quais “medimos” as outras pessoas, que, na maioria das vezes, estão longe de corresponderem à nossa realidade, ao que consideramos correto.
Nosso entendimento na maior parte do tempo é que o “certo” é tudo o que guarda correspondência com os nossos princípios e paradigmas. Assim, com essa métrica, avaliamos os outros em seu comportamento e decisões, sem nos darmos o trabalho de ponderar, incluindo outras variáveis que considerem, também, a realidade do outro.
Sob o mesmo prisma, julgamos as pessoas. E quantas vezes nos enganamos? Quantas vezes somos injustos? Quantas oportunidades abençoadas de fazer novas amizades deixamos passar? E não é somente no campo pessoal que os paradigmas precisam ser revistos com frequência, a fim de se evitar o mal que impede que o bem floresça e faça o melhor à sua volta. Também as nossas instituições estão eivadas de falsos paradigmas.
Espelhemo-nos no Mestre Jesus. Em sua passagem pela Terra, nunca julgou ninguém, nunca impôs o conhecimento profundo que tinha em relação à verdade que possuía. Ele era o filho dileto do Pai Maior e deixava que as pessoas discernissem por si a respeito dos seus ensinamentos difundidos democraticamente.
Deixava todos perplexos com suas atitudes simples, sem afetação, fazendo calar a todos naturalmente. Ele abordava as pessoas sem preconceitos; ele não tinha paradigmas porque tinha a verdade. Já pensaram nisso? Encontramos no Evangelho diversas passagens do Mestre que demonstram exatamente o que estamos abordando.
Lembram-se da mulher samaritana que estava tirando água do Poço de Jacó. Jesus vinha com alguns dos discípulos, cansado da caminhada, e pediu à mulher um pouco de água para aplacar a sua sede. Ela estranhou muito, porque os judeus não falavam com os samaritanos. Não lhe dirigiam a palavra em hipótese alguma. Inclusive os próprios discípulos que o acompanhavam estranharam o comportamento do Mestre.
E o que se sucedeu? Não só Jesus falou com a mulher como também lhe ofereceu a água que ele poderia ofertar, a água para matar a sede do Espírito. A passagem conta, inclusive, que a mulher chamou outras pessoas, que também se puseram a ouvir a palavra do enviado de Deus.
Percebeu a grandeza do ensinamento trazido pela palavra? Que oportunidade bendita não só para aquela mulher, mas para as outras pessoas que ela chamou, de ouvir o Mestre pessoalmente? Sabe-se lá quantos Jesus conseguiu auxiliar naquela hora? Certamente, isso não aconteceria se Jesus se deixasse orientar pelos paradigmas judaicos. Afinal, ele era judeu!
Assim, nas devidas proporções, ocorre conosco. Quantas oportunidades de crescimento deixamos passar? Quantas oportunidades de ajudar alguém? De levar o conforto para aquele que sofre? Porque agimos de acordo com os velhos paradigmas. Agora, se de um lado temos de rever nossos velhos paradigmas para abrir nossos horizontes no sentido de ser uma pessoa melhor, também não podemos, por nossa vez, impor as nossas crenças e verdades aos outros. Acima de tudo, devemos respeitar as convicções das outras pessoas. Note que Jesus não disse “vocês estão errados”, nem entrou em confronto com as convicções da mulher. Ele falou com a anuência dela, que manifestou interesse em experimentar da água trazida por Jesus.
Para terminar, vou contar uma historinha que vem ao encontro do que acabamos de falar. Um homem estava colocando flores no túmulo de um parente quando viu um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se virou para o chinês e perguntou: “Desculpe-me, mas o senhor acha mesmo que seu defunto virá comer o arroz?” E o chinês respondeu: “Ah, sim! Geralmente na mesma hora em que o seu vem cheirar as flores…”