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irRecentemente, fomos impactados pela notícia de que, em nosso país, a cada seis horas, uma mulher é morta vítima de feminicídio. Todos os dias, no mundo, 140 mulheres são assassinadas por alguém de sua própria família. Os dados apresentados pela Organização das Nações Unidas (ONU) no relatório Feminicídio 2023 são alarmantes.
Desde 1999, a ONU instituiu o dia 25 de novembro como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Vale lembrar que violência é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, além de dano moral ou patrimonial. A expressão máxima dessa violência é a morte.
O mais assustador é que grande parte desses crimes é cometida por homens que, em sua maioria, são parceiros ou ex-parceiros das vítimas. Estamos, portanto, diante de uma situação que exige dedicação máxima da sociedade para transformar essa realidade. E como a Doutrina Espírita pode colaborar nesse processo?
“A Doutrina Espírita, de maneira pioneira, propõe uma relação de igualdade entre homens e mulheres. Na questão n. 817 de O Livro dos Espíritos, os Espíritos respondem de forma enfática que, perante Deus, homens e mulheres são iguais e que a ambos o Criador concedeu a inteligência para discernir entre o bem e o mal, além da capacidade de progresso”.
Na sequência, na questão n. 818, é explicado que a ideia de inferioridade feminina, ainda presente em algumas regiões, decorre do predomínio injusto e cruel que o homem impôs à mulher. Entre os homens moralmente atrasados, a força ainda se sobrepõe ao direito.
Não é difícil perceber que, em um mundo onde guerras, disputas de poder e narrativas de ódio ainda são tão presentes, a violência contra a mulher continua sendo uma triste realidade que assola a sociedade.
Em uma belíssima página do livro Religião dos Espíritos,intitulada “A mulher ante o Cristo”, o benfeitor Emmanuel destaca que o próprio Cristo, em suas ações, demonstrou uma forma amorosa e respeitosa de tratar as mulheres da sociedade de sua época. Não podemos nos esquecer de que, à exceção das patrícias do império, quase todas as mulheres daquela época sofriam grandes violências. O Mestre tocou as mulheres com seu amor, e estas responderam de forma incomparável ao seu chamado, com lealdade e devoção. Exemplos como Maria Madalena, Joana de Cusa e outras tantas demonstram o valor das mulheres no Cristianismo primitivo.
Passados mais de dois mil anos, ainda percebemos que o papel e a importância da mulher na sociedade carecem de atenção. Talvez estejamos diante de um ponto crucial para a humanidade: a necessidade de mudar comportamentos arraigados no orgulho e no egoísmo, que perpetuam a desigualdade e a violência. Ao superarmos essas barreiras, daremos passos significativos em direção a uma sociedade regenerada. Uma sociedade em que homens e mulheres convivam com admiração, respeito e amor será, sem dúvida, uma sociedade mais justa e evoluída.
Diante disso, é fundamental perceber que a busca por mudanças na realidade de violência, desigualdade social e falta de representatividade das mulheres deve ser um compromisso de todos. Essa causa deve ser defendida por todas as crenças e, especialmente, pelas casas espíritas. O combate à violência contra a mulher é uma luta de toda a humanidade. Enquanto não enfrentarmos as raízes dessa problemática e não agirmos ativamente contra essas máculas, não avançaremos como sociedade.
É válido nos questionarmos: estamos exercendo um papel ativo nessa transformação? Nossos exemplos para nossos filhos e para aqueles que nos rodeiam refletem essa responsabilidade? Aos homens de nosso tempo, é preciso mais do que reconhecer os dados alarmantes. Não basta dizer: “Eu não cometo violência contra minha mulher”. É necessário lembrar o que aprendemos com os benfeitores espirituais na codificação: para sermos agradáveis a Deus, não basta evitar o mal, é preciso fazer o bem.
Será que estamos fazendo todo o bem ao nosso alcance para que nossas atitudes contribuam efetivamente para combater a violência contra a mulher em nosso planeta? Reflita.
EMMANUEL (Espírito). Religião dos espíritos. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 22. ed. Brasília, DF: FEB, 2019.
KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 93. ed. Brasília, DF: FEB, 2019. Disponível em: https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/WEB-Livro-dos-Esp%C3%ADritos-Guillon-1.pdf. Acesso em: 30 nov. 2024.
UNITED NATIONS (UN). Femicides in 2023: Global Estimates of Intimate Partner/Family Member Femicides. United Nations publication, 2024. Disponível em: https://www.unwomen.org/sites/default/files/2024-11/femicides-in-2023-global-estimates-of-intimate-partner-family-member-femicides-en.pdf. Acesso em: 30 nov. 2024.