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Um jeito peculiar de fazer acontecer

Que saudade!

Dra. Marlene, como a chamamos até hoje, deixou um legado inestimável, tanto à frente das associações médico-espíritas quanto do Grupo Espírita Cairbar Schutel, no bairro do Jabaquara, na cidade de São Paulo. Sua inteligência, disciplina, integridade e fé inspiraram muita gente, inclusive a mim. Ela se impunha naturalmente, merecendo o respeito e reverência de quantos conviviam com ela. Parecia que não, mas era uma pessoa simples.

Marlene Nobre liderou grupos voluntários para realizar o primeiro Mednesp em 1991

Conheci a dra. Marlene na minha mocidade. Eu já era espírita e frequentava a Federação Espírita de São Paulo, aos sábados. Fiz os cursos de Aprendizes do Evangelho e de Divulgador Espírita. Identifiquei-me com as atividades de divulgação, e quando cheguei ao GECS, devido à sua localização, perto da minha casa, passei a frequentar as atividades do Grupo e logo ingressei como voluntária na Evangelização Infantil na Creche Lar do Alvorecer, em Diadema/SP.

Sempre admirei a dra. Marlene e amava suas palestras, sempre ricas em aprendizado. No entanto, entre tantas qualidades dessa pessoa ímpar, a que eu mais admirava e continuo admirando era sua capacidade de liderar sem interferir e de motivar sem precisar lançar mão de técnicas motivacionais. Todo o trabalho, absolutamente todo, acontecia com grande comprometimento das pessoas lideradas, todas voluntárias.

Ela deixava as pessoas “livres” para trabalharem, criarem e realizarem as atividades que lhes cabiam, o que não significa que ficasse alheia e deixasse tudo a “a Deus dará”. Ela convidava as pessoas-chave para levar adiante a coordenação de algum empreendimento novo, dava as coordenadas gerais e confiava na capacidade e na disposição do voluntário ou da voluntária. Por vezes, indicava outras pessoas para compor a nova equipe e/ou deixava por conta do coordenador a tarefa de chamar as pessoas para colaborarem. Em princípio, parece meio caótico, já que todas as atividades eram e continuam sendo levadas a termo por voluntários, mas tudo acaba funcionando com resultados que, não raro, superam as expectativas.

A Creche Lar do Alvorecer operou por muitos anos por conta própria sem a parceira da prefeitura. Os problemas eram muitos, os recursos eram escassos, pois as atividades eram mantidas por meio de doações. Entretanto, Marlene lidava com todos os problemas com muita habilidade, e as pessoas acabavam dando seu melhor, inspiradas no seu exemplo.

Fico feliz em ver que o “modus operandi” da dra. Marlene continua predominando no núcleo estratégico das instituições que ela liderou por tantos anos, o GECS e o Lar do Alvorecer. Isso mantém a certeza de que continuamos no caminho certo. A firmeza e integridade que defendia para a manutenção da pureza de princípios do Espiritismo, baseado no cristianismo primitivo e nas orientações que recebeu durante a convivência com Chico Xavier, foram sua bandeira à frente do GECS.

Não fomentava polêmicas nem contendas com alguns confrades que insistem até hoje em ignorar tais princípios e impor o pensamento rançoso eivado de falta de liberdade, de simplicidade e caridade. Mantinha-se firme e defendia que o trabalho no serviço dedicado a aplacar a dor do semelhante é o melhor remédio para as dores do corpo e da alma.

Foram lições maravilhosas que esclareciam todos que a ouvissem de boa vontade. Sua coragem e sua fé, sem dúvida, deixaram gravado no coração de todos os que conviveram com ela a certeza de que tudo é possível quando o objetivo é o bem comum.

É de conhecimento de todos que a dra. Marlene, com outros colegas de profissão, fundaram a Associação Médico-Espírita de São Paulo, e sua dedicação e compromisso com a espiritualidade maior a levou para a concretização da AME-Brasil e AME Internacional. A confiança de Marlene contagiava cada voluntário e colaborador na realização do congresso Mednesp. Cada um empunhava sua bandeira e seguia firme durante quatro dias de trabalho duro, alguns virando a noite. A causa era nobilíssima. Despontava a nova Medicina que passaria a tratar o ser integral, Espírito e matéria.

Éramos todos voluntários distribuídos em tarefas definidas, coordenados por um líder, também voluntário. Tinha a turma que ficava no auditório, outra nos bastidores recebendo os palestrantes, outra responsável pelo audiovisual, além da equipe de Comunicação, na qual eu me inseria. Note-se que não sou jornalista nem profissional dessa área, mas lá fazíamos entrevistas com os palestrantes, elaborávamos o release e o boletim diário, que era impresso e distribuído no dia seguinte, com o resumo das palestras e acontecimentos do dia anterior. Verdadeiro milagre, que só Marlene conseguia tirar da gente.

Para ela, parecia que nada era impossível. Na ocasião, estamos nos referindo à década de 1990. O Centro de Convenções do Anhembi era ermo e desprovido, no seu entorno, de restaurantes ou lanchonetes com capacidade para atender mil pessoas. Foi então que Marlene, preocupada com o bem-estar e a alimentação dos congressistas e palestrantes, lançou a ideia, que foi logo encampada, de instalar um restaurante, totalmente improvisado, com o pessoal que realizava os almoços beneficentes da Creche de Diadema, para cerca de 150 pessoas, servindo cerca de 1.000 refeições, em espaço locado no complexo do Centro de Convenções.

Sim, o almoço totalmente elaborado na cozinha da Creche de Diadema era transportado até o Anhembi, onde era servido aos palestrantes e congressistas. Acreditem, deu certo! Depois do Mednesp 1993, vieram outros congressos, e a logística do restaurante era tema discutido nas reuniões que precediam o evento, sendo tratado com muita atenção pela dra. Marlene. Acredito que ela não teria realizado nem metade do que realizou se não fosse seu jeito peculiar de “fazer acontecer”.

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