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irNo dia 5 de janeiro de 2024, a desencarnação da doutora Marlene Rossi Severino Nobre completa 10 anos. Sua passagem para o mundo espiritual foi um momento de muita comoção, além de trazer enormes desafios. Sua força, seu compromisso com o ideal médico-espírita, sua liderança nas instituições que dirigia e sua determinação não eram predicados presentes na maioria de nós, que trabalhávamos com ela.
Da esq. para dir.: dr. Jaider Rodrigues de Paula, dr. Roberto Lúcio V. de Souza, Marlene Nobre e dra. Ana Catarina Tavares Loureiro. Uma amizade de décadas
No ano de 2014, fiquei sabendo mais tarde, a doutora ficou incomodada com meu distanciamento da sua pessoa. Na realidade, eu havia entregado o cargo de vice-presidente da AME-Brasil, que ocupei desde a fundação, e passei a organizar, com total desconhecimento dela, um livro a ser publicado para a AME-Brasil, mas em sua homenagem, pelos 20 anos da fundação da associação. O incômodo criou uns pensamentos chatos e um companheiro, pouco antes do desencarne dela, contou o segredo, para que não continuassem com boatos indevidos.
Fiquei feliz quando soube de toda a história, que me era desconhecida, por tirar as impressões ruins, que não tinham fundamento. Se uma coisa consegui fazer ao seu lado foi ser fiel à proposta que ela me fez e aos trabalhos que me propôs. Sua condição de maestrina de uma orquestra com músicos diferenciados e com enormes dificuldades era o suficiente para que pudesse estar ao seu lado. Aprendi com ela inúmeras lições, mas sua força e sua determinação se tornaram a marca maior que carrego dela em mim.
Com ela passei a ter uma visão tão profunda da obra de André Luiz que até aquele momento não tinha alcançado com ninguém, e olha que passei por mestres e estudiosos da obra de Chico Xavier de elevado conhecimento, como Martins Peralva e Honório de Abreu. Com ela tive a felicidade de conhecer mais detalhes da vida do maior médium do Espiritismo, Chico Xavier, e me apaixonar cada vez mais pelo Espírito Emmanuel, meu grande farol no aprendizado das lições imorredouras do Evangelho de Jesus.
Acompanhei, sem ela perceber muitas vezes, seu sacrifício e sua disponibilidade física, emocional e material para manter o trabalho médico-espírita no patamar que construiu. Ela não gostava de aplausos, aprendera com Chico a temer a vaidade, mas não tem como não enaltecer seu legado, seu desempenho, abrindo espaço em mentes e corações de grandes estudiosos das questões da espiritualidade, em universidades, instituições, em dezenas de países diferentes. Muitos deles se tornaram amigos e parceiros dela e, por consequência, do ideal médico-espírita.
A doutora me ensinou mais do que consigo imaginar, tenho certeza! Fortaleceu e me fortalece até hoje, na continuidade do trabalho dentro do movimento médico-espírita. Ajudou-me a entender os meandros de um movimento religioso e como é importante trabalhar e servir a todos, independentemente de posicionamentos quaisquer, sem se deixar cair, abandonando o ideal assumido.
Com ela vivi momentos muitos especiais, de muita intimidade, tanto nas viagens que fizemos por este país afora ou para os países do continente americano e europeu quanto nas suas estadias em nossa casa, tratando os meus filhos como uma avó carinhosa. Uma presença terna e saudosa!
Tenho momentos de muita saudade. Eu gostaria de poder buscá-la para me auxiliar no trabalho do movimento médico-espírita, mas os reencontros não têm sido muitos. Felizmente, a mediunidade permite, em alguns momentos, um reencontro breve, em que suas mensagens, como orientadora do nosso ideal, são fundamentais para a sustentação daqueles que dirigem o movimento e todos os outros participantes.
Teria muito o que dizer, mas creio que deixei o coração fluir com os melhores sentimentos que carrego por ela. Mais do que amiga, ela é um farol quando preciso tomar certas decisões difíceis na minha jornada.
Minha eterna gratidão, doutora! Que as bençãos do céu possam envolvê-la sempre!
Roberto Lúcio Vieira de Souza é médico psiquiatra e fundador da AMEMG e da AME-Brasil