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irA Geração Beta, composta pelos nascidos a partir deste ano, é a primeira a crescer totalmente imersa em um mundo onde a Inteligência Artificial (IA) é onipresente. Diferentemente das gerações anteriores – Millennials, Geração Z e Geração Alpha –, a Beta terá a IA como parte intrínseca de sua realidade, influenciando suas formas de pensar, aprender e interagir. Regida pela tecnologia, essa geração chega com a missão de resgatar as relações humanas e os valores espirituais. Sob a ótica espírita, essa transformação representa um passo importante no progresso moral da humanidade.
Em O livro dos Espíritos, Allan Kardec nos ensina que a humanidade evolui moral e intelectualmente ao longo das eras. Na questão n. 780, ele pergunta se o progresso moral acompanha o intelectual, e os Espíritos respondem: “Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente”. Isso significa que, após um período de avanços tecnológicos, a humanidade tende a buscar um equilíbrio com valores espirituais e humanos.
A tecnologia, por si só, não representa o avanço do Espírito, mas pode ser uma ferramenta que, se bem utilizada, auxilia na busca pelo conhecimento e na aproximação entre os povos. Se as gerações anteriores ficaram fascinadas pelo progresso material, a Geração Beta pode trazer um equilíbrio entre o desenvolvimento tecnológico e a valorização dos laços afetivos.
O Evangelho segundo o Espiritismo reforça a importância do amor ao próximo e da fraternidade como pilares para uma sociedade mais justa e harmoniosa. Embora a IA possa desempenhar um papel crucial na vida cotidiana, ela nunca substituirá o que é essencialmente humano: a empatia, a solidariedade e o amor. A nova geração poderá enxergar a tecnologia não como um fim, mas, sim, como um meio para ampliar a consciência coletiva e promover o bem comum.
Em A Gênese, Kardec explica que estamos em plena transição para um mundo de regeneração, onde o bem começará a suplantar o mal, e as relações entre os indivíduos serão pautadas por valores elevados. A Geração Beta, então, pode ser vista como um marco nesse processo, uma vez que será composta por Espíritos preparados para atuar na construção de um novo paradigma de convivência, em que a conexão espiritual se sobreporá ao materialismo.
A previsão de Emmanuel, citada por Chico Xavier, de que a Terra se tornaria um mundo regenerado por volta de 2057, em resposta dada por ele no Pinga Fogo de 1971, está alinhada com o período de transição para um mundo de regeneração previsto por Kardec. Isso nos leva a crer que, quando os princípios cristãos estiverem implantados em todo o planeta, haverá uma revolução cultural de tamanha proporção que veremos o alvorecer do tão esperado Mundo de Regeneração.
Ainda, Emmanuel, em A caminho da luz, capítulo XXV, destaca que a humanidade caminha para um tempo em que a fraternidade substituirá a competição e que as novas gerações virão com um compromisso maior com o bem. Outras obras psicografadas por Chico Xavier destacam que o futuro da humanidade dependerá de sua capacidade de cultivar os sentimentos mais elevados e de utilizar o progresso material para auxiliar na evolução do Espírito. Essas perspectivas reforçam que a Geração Beta pode ser menos materialista e mais voltada para as relações humanas.
É crucial termos em mente que a evolução e o progresso não são alcançados por uma única geração. Coexistimos e interagimos no planeta. Assim, considerando nossa natureza espiritual eterna, devemos compreender nosso papel no tempo presente e nosso compromisso com a evolução. É contraditório afirmar que a Geração Beta resgatará os valores humanos em detrimento da IA e da tecnologia se nós, responsáveis por criá-las, mantivermos comportamentos de dependência tecnológica. Da mesma forma, é incoerente esperar que sejam mais empáticos se continuarmos a nutrir valores egoístas.
A responsabilidade recai sobre nós, pais, mães, tios, tias e avós, para guiarmos essas almas, não apenas deixando o peso da mudança sobre seus ombros, mas transformando-nos internamente, para que nossas ações possam ser exemplos tangíveis de mudança para eles. Afinal, como podemos esperar que valorizem a interação humana e a empatia se nos veem constantemente imersos em telas, priorizando o mundo virtual em detrimento do real? Como podemos esperar que desenvolvam senso crítico e questionem o status quo se não os incentivamos a pensar por si mesmos, se não os encorajamos a explorar diferentes perspectivas e a buscar conhecimento além do que é apresentado como verdade absoluta?
É imperativo que repensemos nossos próprios valores e comportamentos, que busquemos o autoconhecimento e a evolução pessoal, para que possamos ser exemplos inspiradores para as gerações que nos sucedem. A mudança que almejamos ver no mundo começa em cada um de nós. Somente pela transformação individual poderemos criar um efeito cascata, impactando positivamente aqueles que nos cercam e, consequentemente, o mundo como um todo.
Não se trata apenas de ensinar, e sim de viver de acordo com os valores que desejamos transmitir. A coerência entre discurso e ação é fundamental para que nossos exemplos sejam autênticos e eficazes. Afinal, as crianças aprendem muito mais observando o que fazemos do que ouvindo o que dizemos. Se queremos um futuro mais humano, mais consciente e mais evoluído, precisamos começar por nós mesmos, hoje. O futuro não é um destino, mas uma construção constante, e cada um de nós tem um papel fundamental nesse processo.
A Geração Beta pode ser a geração do equilíbrio, unindo o melhor da tecnologia com o que há de mais sublime no ser humano. Mais do que usuários de IA, serão indivíduos conscientes de sua missão espiritual, promovendo uma nova era de relações mais autênticas e voltadas para o bem coletivo.
No entanto, não nos esqueçamos de que também temos nossa parcela de contribuição. Que possamos acolher essa nova geração com esperança e responsabilidade, guiando-a pelos princípios da fraternidade, da ética e do amor, certos de que o futuro se constrói a partir das escolhas que fazemos hoje.
Ao falar sobre gerações, não existe uma resposta conclusiva sobre o ano exato em que começa e termina cada uma. Atualmente, a divisão mais aceita é:
EMMANUEL (Espírito). A caminho da luz. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 22. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1939.
GERAÇÕES: tudo sobre geração X, Y, Z alpha, beta. Pontaltech, 2024. Disponível em: https://pontaltech.com.br/blog/marketing/geracoes-x-y-z-alpha-beta/. Acesso em: 10 jan. 2025.
KARDEC, Allan. A gênese.Tradução de Guillon Ribeiro. 53. ed. Brasília, DF: FEB, 2019. Disponível em: https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/WEB-A-Genese-Guillon.pdf. Acesso em: 10 jan. 2025.
KARDEC, Allan.O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 131. ed. Brasília, DF: FEB, 2019. Disponível em: https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/WEB-O-Evangelho-segundo-o-Espiritismo-Guillon.pdf. Acesso em: 10 jan. 2025.
KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 93. ed. Brasília, DF: FEB, 2019. Disponível em: https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/WEB-Livro-dos-Esp%C3%ADritos-Guillon-1.pdf. Acesso em: 10 jan. 2025.
KARDEC, Allan. O livro dos médiuns.Tradução de Guillon Ribeiro. 81. ed. edição histórica. Brasília, DF: FEB, 2020. Disponível em: https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/WEB-Livro-dos-Mediuns-Guillon-1.pdf. Acesso em: 10 jan. 2025.