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A brincadeira de esconde-esconde – bem aventurados os aflitos

Quando choramos, precisamos de lenços para secar as nossas lágrimas, mas o choro do nosso coração precisa de um outro tipo de consolo, e o Espiritismo é o lenço dos nossos corações. Quanto consolo recebemos para aliviar o peso das despedidas que fazem parte da vida aqui na Terra. Quero contar uma história ocorrida comigo há alguns anos em minha casa.

Eu pilotava o fogão naquele dia e temperava o feijão, trabalhava mediunicamente com certa regularidade e estava acostumado com as percepções do trabalho com os Espíritos, mas confesso que aquele fato me impactou profundamente e quando lembro me emociono. Estava picando o alho para temperar o feijão, e a cebola já estava douradinha, quase passando do ponto, foi quando ouvi um barulho no quintal. Imediatamente pensei nos garotos da rua que pulavam o muro para apanhar suas pipas (papagaios ou pandorgas para os gaúchos) que vez por outra caíam no quintal. Esqueci da cebola e fui para a lateral da casa verificar a origem do barulho e me surpreendi com aquele garoto que estava dentro da minha casa, me sorrindo e indagando:

– O senhor é o tio que escreve livros para crianças?

– Sim! – Respondi confuso.

– Ah tá, então depois eu volto para contar a minha história…

Da mesma maneira que ele surgiu, sumiu, e eu despertei daquele torpor como cheiro da cebola queimada.

Eu costumava me recolher todas as tardes por um período ficando à disposição dos Espíritos para a produção de livros e orientações. E foi naquela mesma tarde que aquele menino retornou se apresentando como Cristian. Ele conta a história de sua partida da Terra, dizendo que a morte é uma grande brincadeira de esconde-esconde. As pessoas que amamos se escondem dos nossos olhos quando partem, mas permanecem escondidinhas dentro do nosso coração. Essa história virou um livro infantil que foi publicado pela Federação Espírita do Rio Grande do Sul  (FERGS), num belíssimo trabalho gráfico.

Segundo Cristian, ele estava acostumado a brincar de esconde-esconde com seu pai todas as vezes que o genitor chegava do trabalho. E foi nesse período que o câncer surgiu como desafio para a família. Na obra, o menino diz para os pais que está feliz depois da partida, porque não sente mais dores físicas e não sofre mais. Normalmente, as pessoas, em sua grande maioria, não falam sobre temas que se reportem ao sofrimento, principalmente de crianças, mas nesse mês em que comemoramos o Dia das Crianças, não podemos nos esquecer de centenas de meninos e meninas que enfrentam essa luta delicada.

Leia também: Alimentando a alma – Pizza, meia Espiritismo, meia aniversário infantil

Refletindo sobre o capítulo V de O Evangelho segundo o Espiritismo, “Bem-aventurados os aflitos”, na nossa sequência de crônicas para a Folha Espírita quis falar sobre o item 21, “mortes prematuras”, trazendo a visão de um menino sobre esse tema.

O mês é das crianças e fiquei a cismar no grande e imaginário lenço que o Espiritismo oferta para o coração da humanidade. Separei o último parágrafo da mensagem do Espírito Sanson do ESSE para refletirmos no quanto podemos colaborar para acolher a dor dos pais que se separam de suas crianças que partem para a outra margem da vida. Não há como vivenciar uma alegria genuína se não compreendermos de fato o sentido de uma vida que é passageira aqui na Terra.

“Vós, que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu. – Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)”

No livro Esconde-esconde, Cristian narra com alegria que assim que o pai chegava em casa vindo do trabalho imediatamente pedia para ele contar até dez a fim de se esconder.

1, 2, 3, 4, 5…

Como afirma André Luiz na monumental obra Nosso Lar, “a vida não cessa, e a morte é o jogo escuro das ilusões”. Um Espírito se manifesta como criança trazendo uma metáfora que consola e liberta, dizendo-nos que a morte é uma grande brincadeira de esconde-esconde. É o lenço do Consolador prometido que é ofertado para toda a humanidade para a travessia das dores deste mundo, que o homem ignorante e egoísta não entende nem percebe que a vida é impermanente.

Um Espírito se apresentando como menino me falou que segue no mundo espiritual, escondido dos olhos de carne, quietinho dentro dos corações humanos que o amaram e amam. Ele diz que está contando enquanto os pais seguem escondidos no corpo físico aguardando o momento do grande encontro, pois a morte não separa aqueles que se amam.

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