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Alimentando a alma – Pizza, meia Espiritismo, meia aniversário infantil

A vida nos seus detalhes mais discretos vai revelando diante dos nossos olhos as leis que regem a vida. E esses detalhes fazem parte da vida de todos nós.

Estava eu em um desses sábados à noite em que nos privamos daquela pizza tradicional, com um elevado espírito de renúncia e por que não dizer raiva, naquelas festas de aniversário infantil. De certa forma, essas festas são todas iguais, muda-se o tema, mas o panorama é sempre o mesmo.

Fui contrariado, afinal, vivemos tempos de pandemia, mas para não “traumatizar” a criança, ou ofender a infantolatria dos pais que estão reféns do humor infantil, e que ficariam melindrados com minha ausência, lá estava eu. Com um copo de guaraná zero nas mãos, procurei um cantinho mais isolado, dentro do possível, mas não fui muito feliz com minha escolha.

Aquele grupo de passarinhos em revoada que corria de cá para lá insistia em brincar junto a mim. Entre um gole e outro do refrigerante, eu levantava a máscara e sorvia a bebida procurando esquecer da pizza regada a muito azeite que renunciei naquele sábado. Mas o que me parecia ser uma festa como tantas outras trouxe para o meu Espírito limitado a possibilidade de refletir e aprender sobre a Doutrina Espírita. É muito peculiar, quando prestamos atenção nos detalhes da vida com a lente do Espiritismo, o quanto os fatos corriqueiros atestam o que aprendemos com o Consolador Prometido.

Todas as crianças quando aniversariam experimentam no dia da festa um processo de hiperatividade, e essa é uma dessas vivências que todos nós já experimentamos em alguma medida. Embora aniversariar seja um “desfazer da vida”, como dizia o querido Rubem Alves, já que ninguém faz aniversário, mas desfaz mais um ano da existência, a euforia natalícia contagia crianças e adultos em algum momento. E aquele menino estava em nível hard de contaminação e euforia, pois já havia estourado doze balões, para minha alegria, todos próximos aos meus ouvidos sexagenários.

A mãe e o pai estavam animadíssimos ao ver a saúde do filho revelada pelo número de vezes que ele caía e dava cambalhotas, até mesmo por baixo da mesa onde estava o bolo. Confesso que meu lado sombra se manifestou algumas vezes quando plasmei a mesa virando e o bolo rolando pelo piso do salão de festas do prédio.

Enchi meu copo de refrigerante, já que era sábado, eu queria embalar para não lembrar mais da pizza. E foi no momento de quase transbordar o copo pela efervescência do refrigerante que a avó do menino comentou comigo:

– Ele se parece demais com o avô, não canso de falar isso com a minha filha.

Sorri amavelmente e ela entendeu que era a senha para seguir naquela conversa.

– O Samuelzinho gosta das mesmas coisas que meu falecido esposo. Fala do mesmo jeito, e é interessante que toda a nossa família se surpreendeu quando visitamos um parente que ele não conhecia, mas quando chegamos na propriedade do nosso familiar, ele andou pelas dependências da fazenda afirmando já ter vivido ali anteriormente.

– Seu esposo ia muito a essa fazenda?

– Sim, meu marido passava muitos dias naquele lugar, pois além dos laços de simpatia com o proprietário, como agrônomo, oferecia seus conhecimentos técnicos para a prosperidade dos negócios.

Ficamos conversando por um bom tempo, vez por outra éramos interrompidos pelo choro escandaloso de uma das crianças, que se estatelava no chão escorregadio das guloseimas caídas no piso, notadamente brigadeiros esmagados pelos tênis piscantes, luminosos.

Leia também: Uma casa no campo – as moradas na casa do Pai

Kardec surgiu nos meus pensamentos naquela festa de aniversário com o capítulo IV de O Evangelho segundo o Espiritismo, “Ninguém pode ver o reino de Deus, se não nascer de novo”. Olhando para o aniversariante agitado pela alegria da festa, imaginei o avô desencarnado descrito pela viúva ao meu lado. Ela chegou a me mostrar uma foto do finado, e não pude deixar de notar os olhos brilhantes daquela senhora, certamente ainda apaixonada pelo avô, que ela via no neto.

Minha memória privilegiada me levou até o item 18 do capítulo do Evangelho e na minha tela mental surgiu o tema consolador e esclarecedor da terceira obra publicada por Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, “Os laços de família são fortalecidos pela reencarnação e rompidos pela unicidade da existência”.

Sobre o autor
Adeilson Salles é médium, palestrante espírita e autor premiado de mais de 40 livros. Suas palestras são realizadas em centros espíritas, escolas públicas e particulares, universidades e empresas.

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