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O presépio e Jesus no imaginário infantil

Presépio Itália
Presépio Lar do Alvorecer

Uma boa forma de despertarmos Jesus no imaginário infantil é a celebração do Natal. O evento mais importante do ano, se bem conduzido, transforma os lares em verdadeiros pontos de luz no planeta Terra. Temos algo simples em nossas mãos que não nos damos conta. Preocupados com os enfeites da árvore de Natal, nos esquecemos do mais importante: o presépio.

Se você quer despertar o verdadeiro sentimento natalino, monte o presépio com as crianças, faça disso um evento e conte sua história. Cada detalhe nos remete ao nascimento de Jesus, nosso Mestre e irmão maior. O presépio, que representa a noite em que o Menino Jesus veio ao mundo, se tornou, com o passar dos anos, uma das representações mais especiais para se ter em casa.

Vale lembrar que no Lar do Alvorecer Marlene Nobre, em Diadema (SP), as crianças da Creche e da Evangelização Infantil, em suas festividades de Natal, representam o Nascimento de Jesus com o presépio vivo.

O Espiritismo de Jesus

Sabemos que Jesus é o Cristo Consolador. Segundo Allan Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo seis, Jesus nos faz um convite irrecusável: “Vinde a mim todos os cansados e sobrecarregados, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para as vossas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus, 11: 28-29)

Nós, espíritas, estamos conscientes de que o Mestre Nazareno é o ser mais perfeito que Deus ofereceu à humanidade para servir de guia e modelo: “Para o homem, Jesus representa o tipo de perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei […]” (O livro dos Espíritos).

Assim, nunca é demais recordar: “As lembranças do Natal, porém, na sua simplicidade, indicam à Terra o caminho da Manjedoura… Sem ele, os povos do mundo não alcançarão as fontes regeneradoras da fraternidade e da paz. Sem ele, tudo serão perturbação e sofrimento nas almas, presas no turbilhão das trevas angustiosas, porque essa estrada providencial para os corações humanos é ainda o Caminho esquecido da Humildade” (Pensamento e vontade – Emmanuel).

A história do presépio

Em hebraico, a palavra “presépio” significa a manjedoura dos animais e indica com frequência o estábulo. A história conta que no justo instante de Maria dar à luz o Menino Jesus, não havia nenhum lugar com acomodações disponíveis, o que levou José a buscar num estábulo o espaço providencial para que Maria pudesse trazer ao mundo O Modelo e Guia da Humanidade. Essa passagem está cheia de significado e, ao mesmo tempo, promove uma longa e profunda reflexão ao longo da história.

Na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas em tamanho natural foi São Francisco de Assis. A história conta que o santo, numa de suas longas noites de oração, lia um trecho do Evangelho de Lucas sobre o nascimento de Jesus. Francisco de Assis tinha verdadeira adoração pelos ensinamentos de Jesus e nutria dentro de si o dom artístico apurado, tanto que encontramos em seus Cânticos uma verdadeira fonte de sublimes inspirações.

Por que Francisco de Assis escolheu a cidade de Greccio para montar o presépio? “Além das pessoas comuns, que todos os anos se encantam diante da encenação do nascimento de Jesus em Belém, até os mais sérios estudiosos do franciscanismo já se perguntaram isso e um deles, Luigi Pellegrini (I luoghi di Frate Francesco, Milão, Edizioni Biblioteca Francescana, 2010, p. 256, 16 €), responde com as palavras do biógrafo Tommaso da Celano: ‘Porque havia naquele condado um homem chamado Giovanni, de boa fama e vida ainda melhor, que era muito próximo do beato Francisco, porque, apesar de ser nobre e muito honrado em sua região, estimava mais a nobreza do Espírito do que a da carne’.

O artigo é de Egidio Picucci, publicado por L’Osservatore Romano, 24-12-2013. A tradução é de Luisa Rabolini. O motivo da escolha de Greccio é, portanto, a rara disponibilidade de um cristão generoso; a relação de uma amizade verdadeira e profunda entre ele e Francisco, e não, como geralmente se pensa, uma atração particular deste último pelo lugar ou por seus habitantes. Nas fontes franciscanas nunca se fala do castrum Grecii antes do Natal de 1223, quando o pobrezinho disse ao amigo: ‘

Se você quer que celebremos a próxima festa do Senhor em Greccio, vá em frente e prepare o que eu lhe disser: gostaria de lembrar aquele menino que nasceu em Belém e de alguma forma ver com os olhos do corpo as dificuldades que enfrentou devido à falta das coisas necessárias para um recém-nascido; como ele foi deitado em uma manjedoura e como ele ficou no feno entre o boi e o jumento’”.

Hoje inúmeros presépios são montados todos os anos em lares, shoppings, comércios, cidades, praças, entre outros espaços, visando que as pessoas compreendam a importância da vida cristã e dos valores familiares, que são os pilares da mensagem viva de amor e perdão exemplificados por Jesus.

Leia também: Importante refletir sobre a diferença entre instruir e educar

O nascimento do menino Jesus

No Brasil, comemoramos essa data com familiares, amigos e vizinhos, mas existem nos estados do Nordeste acontecimentos oportunos, emocionantes e de rara beleza artística, acompanhados de danças e festejos conhecidos como Pastorinhas, versões brasileiras dos Autos de Natal, que eram encenações do nascimento de Jesus típicas de algumas regiões da Europa, como a Provença, na França.

As figuras do presépio trazem conceitos muito claros sobre o seu significado e, por meio desses significados, podemos facilmente perceber o sentido original das personagens que estão todos os anos, em dezembro, nos presépios e dentro de nós, evidentemente:

  • Menino Jesus: é o filho de Deus. Modelo e guia da humanidade.
  • Maria: é a mãe de Jesus. Do seu ventre, nasceu Jesus Cristo.
  • José: é o pai do Menino Jesus; foi um homem judeu, conhecido como carpinteiro de profissão.
  • Gruta ou curral: é o local simbolizado pelo presépio. O curral era onde se guardava o gado. Por isso, no presépio, o Menino Jesus fica sobre palhas, numa manjedoura.
  • Manjedoura: é um lugar de aconchego onde Jesus ficou quando nasceu. É como se fosse o berço de Jesus.
  • Um burro, um boi, o galo e as ovelhas: os animais representam a simplicidade do local onde Jesus nasceu. “Jesus não nasceu em palácios, nem em lugares luxuosos, mas, sim, no meio dos animais”. O boi representa a bondade e a força pacífica, o povo hebreu e o sacrifício. O burro simboliza a humildade e os pagãos. O galo anuncia a chegada de Jesus numa Boa Nova. As ovelhas simbolizam, além de serem os animais dos pastores, a obediência.
  • Anjos: os anjos anunciam aos pastores a chegada do filho de Deus. Eles sabem que nasceu o salvador.
  • Pastores: os pastores são homens do campo, que simbolizam a simplicidade do povo, já que Deus acolhe a todos sem se importar com sua condição social. Representam ainda o povo hebreu.
  • Estrela de Belém: a estrela de Belém é aquela que se coloca no alto da árvore de Natal. Foi ela que guiou os três Reis Magos quando Jesus Cristo nasceu.
  • Três Reis Magos: Gaspar, Baltasar e Belchior representam os povos pagãos. Eram considerados sábios. Estes três nomes simbolizam as raças distintas, representando a universalidade da Salvação. Eles vieram do Oriente conduzidos pela estrela. Chegaram à cidade de Belém, local de nascimento do Menino Jesus, trazendo presentes: mirra, ouro e incenso. O ouro representava a realeza, a mirra era símbolo da paixão, e o incenso era oferecido a Deus.

A Estrela de Belém

https://www.youtube.com/watch?v=kD_VuROX_q8

Jesus no imaginário infantil

Em 2011, publicamos na edição de dezembro da Folha Espírita algo muito interessante sobre Jesus e o imaginário infantil.

Segue o texto: “O jornal italiano Corriere della Sera publicou em sua edição eletrônica de fim de semana uma enquete muito divertida. Trata-se de opinar sobre o relacionamento das crianças italianas com o Menino Jesus. Os leitores deveriam escolher entre frases tiradas do livro: ‘Cari Gesù: la giraffa la volevi proprio così o è stato un incidente?’ (Querido Jesus, a girafa você queria assim mesmo ou foi um acidente?), lançado pela editora Sonzogno. É uma amostra do que eles costumam escrever nas redações de escola, nas aulas de catecismo e em bilhetinhos de final de ano.

Na Itália, o Papai Noel não toma conta do imaginário infantil, e sim Gesù Bambino, Jesus Menino.

Escolha você também sua frase preferida:

  • “Querido Menino Jesus, todos os meus colegas da escola escrevem para o Papai Noel, mas eu não confio naquele lá. Prefiro você!” (Sara)
  • “Querido Menino Jesus, obrigado pelo irmãozinho, mas na verdade eu tinha rezado pra ganhar um cachorro.” (Gianluca)
  • “Querido Jesus, por que você não está inventando nenhum animal novo nos últimos tempos? A gente vê sempre os mesmos.” (Laura)
  • “Querido Jesus, por favor, ponha um pouco mais de férias entre Natal e Páscoa. No meio, agora está sem nada.” (Marco)
  • “Querido Jesus, o padre Mário é seu amigo ou você conhece ele só do trabalho?” (Antonio)
  • “Querido Menino Jesus, por gentileza, mande-me um cachorrinho. Eu nunca pedi nada antes, pode conferir.” (Bruno)
  • “Querido Jesus, talvez Caim e Abel não de matassem se tivessem um quarto para cada um. Com meu irmão funciona.” (Lorenzo)
  • “Querido Jesus, eu gosto muito do Pai-Nosso. Você escreveu tudo de uma só vez, ou você teve que ficar apagando? Qualquer coisa que eu escrevo eu tenho que refazer um monte de vezes.” (Franco)
  • “Querido Jesus, nós estudamos na escola que Thomas Edison inventou a luz. Mas no catecismo dizem que foi você. Pra mim ele roubou a sua ideia.” (Daria)
  • “Querido Jesus, em vez de você fazer as pessoas morrerem e aí criar pessoas novas, por que você não fica com as que já tem?” (Marcello)
  • Querido Jesus, você é invisível mesmo ou é só um truque?” (Giovanni)

Para complementar o texto do e-mail, o pequeno Ricardo de 5 anos, filho da jornalista que escreveu a matéria, viu o que ela estava fazendo e falou:

  • “Já que o Deus está vendo, posso fazer uma pergunta também? Por que ele criou tantos planetas se a gente não pode ir neles? Por quê? Eu não entendo!” (Ricardo)

Façam o mesmo em suas casas, perguntem sobre Jesus, despertem o verdadeiro espírito do Natal e o imaginário infantil, muitas surpresas acontecerão.

Feliz Natal!

FontesInstituto Humanas Unisinos.

Federação Espírita Brasileira.
Wikipédia.
Folha Espírita, edição dezembro de 2011.

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