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Um médico a quem devo um “obrigado”

Fábio Nasri

Eu estava cursando, em 1982, o segundo ano do curso de Medicina na Escola Paulista de Medicina, hoje Unifesp. Para quem não sabe, o segundo ano de Medicina é muito chato. No verão dá sono. Mas naquela sexta, o sono foi embora, fui tomar um café com meu colega de turma, o Roberto. Não sei bem por que, iniciamos uma conversa sobre Espíritos, e ele me disse que era espírita. Eu já conhecia um pouco, pois toda vez que podia, minha mãe me levava em uma tia que era médium e nos “benzia”. Esta mesma tia me disse, quando tinha 10 anos, que eu iria ser médico, pois viu o Espírito de um médico colocar no meu colo um livro de Medicina. Por isso, não me espantei com o tema da conversa, mas fiquei interessado, pois o Roberto comentou que às sextas-feiras ele ia a um centro espírita e lá conversava com o Espírito de um médico. Decidi, então, ir a esse centro.
Na época, éramos quatro amigos inseparáveis. Além do Roberto, havia o Sérgio e o Eduardo. O Sérgio estava no primeiro ano, na mesma faculdade. O Eduardo ainda estava fazendo cursinho de Medicina e já conhecia o Roberto e o Sérgio, pois haviam feito o Colegial juntos. Decidimos ir todos juntos. Na época, só eu dirigia, portanto saíamos da faculdade e íamos para o Centro Espírita que ficava no Ipiranga. Tudo era muito novo para mim, mas me sentia muito animado por estar com os amigos. Entrávamos em uma fila e pegávamos uma ficha, para falar com o Espírito do Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho. Espera aí! Este não é o médico que fundou a Faculdade de Medicina da USP? O Roberto confirmou… Ele mesmo! Após a prece e uma palestra, éramos chamados pelo número da ficha para falar com o Espírito. Eu nunca havia tido essa experiência e não sabia nem como começar. Tremia todo. Mas o dr. Arnaldo, com uma simpatia fenomenal, disse: “Que bom que veio meu irmãozinho”, e aí começou a falar coisas a meu respeito, dúvidas que iam no meu íntimo… Esse ritual se repetia a cada sexta-feira, sempre a mesma coisa. Encontro no fim do dia, centro e pizza. Era muito divertido, pois cada um contava um pouco do que discutia com o dr. Arnaldo. O Eduardo, que gostava muito de namorar, ficava sobre isso. Já o Sérgio discutia outros temas – ele confessou que ficou um tempão conversando com o bom doutor a respeito da existência de Atlântida. Eu discutia a respeito da Medicina.

“Diante do quadro do

dr. Arnaldo Vieira de Carvalho,

fiz uma longa prece e chorei

profundamente de emoção.

Até hoje trago comigo esse

sentimento de gratidão”


No meu terceiro ano, ocorreu um fato bem interessante. No curso de Anatomia, cada grupo, de cerca de cinco estudantes, dissecava um cadáver de um indigente. Em uma das sextas-feiras, o dr. Arnaldo me perguntou: “Você já sabe qual a causa do desencarne do nosso irmão?” Perguntei: “qual irmão?” Ele respondeu: “este, cujo corpo serve de objeto de estudos para vocês na faculdade!” Fiquei pasmo! Primeiro porque não tinha mesmo ideia da causa do desencarne e segundo por perceber que aquele corpo havia animado um Espírito! Bem, nas próximas sextas-feiras, o dr. Arnaldo me deu várias dicas do que tinha que observar e em quais órgãos. No final do ano, o Dr. Arnaldo disse: “Tem mais uma coisa. O Espírito que animou este corpo está aqui do lado e diz que ficou muito feliz por ter ajudado os alunos de Medicina”.
Ainda frequentei o centro por mais um ano, depois, perdemos contato. Enfim… Até hoje, tenho em minha memória as conversas com esse Espírito, todas as lições sobre postura de um médico, respeito pelo paciente, seriedade no estudo. Já mais na frente, no quinto ano de Medicina, fui fazer um curso na faculdade de Medicina da USP, na avenida Dr. Arnaldo, um prédio lindo! Quando estava subindo as escadas, meu coração começou a acelerar, pois vi que na parede havia quadros dos antigos diretores e logo cheguei lá! Estava diante do quadro do dr. Arnaldo Vieira de Carvalho. Fiquei quase meia hora parado lá, observando. Que saudade! Agradecido, fiz uma longa prece e, chorando profundamente de emoção, me despedi… Até hoje trago comigo esse sentimento de gratidão. Quem sabe algum dia eu possa abraçá-lo e dizer: muito obrigado!

Fábio Nasri é médico graduado pela Unifesp/EPM, possui mestrado em Medicina (Endocrinologia Clínica) pela Unifesp e especialização em Geriatria pela European Academy for Medicine of Aging (EAMA), Suíça. Foi coordenador do programa de Geriatria e Gerontologia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Colabora como pesquisador do ProSER, investigando a espiritualidade em idosos. Presidente da Associação Médico-Espírita de São Paulo

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