A ideia da criação da Folha Espírita se deu por conselho de Chico Xavier a Jamil Nagib Salomão, que contribuía nas atividades da Federação Espírita do Estado de São Paulo, e ao engenheiro Ney Prieto Peres, que o haviam consultado a respeito do lançamento de um jornal em São Paulo. Em uma visita em janeiro de 1974, voltaram portadores de um recado do médium a José de Freitas Nobre. Este teria a responsabilidade de lançar um jornal espírita para venda em bancas e deveria ter o apoio do Grupo Espírita Cairbar Schutel, de Diadema (SP).
Atendendo à convocação espiritual, foi publicado, em 18 de abril do mesmo ano, o primeiro número da Folha Espírita. Seu lançamento ocorreu nas dependências da Livraria Humberto de Campos, de propriedade da Federação Espírita do Estado de São Paulo. A data foi cuidadosamente escolhida como lembrança ao lançamento de O Livro dos Espíritos, em Paris, em 1857.
Nestes anos ininterruptos de atividades, foram vários os momentos históricos, como a campanha do Prêmio Nobel para Chico Xavier, a ação contra o aborto em nível nacional e o nosso trabalho em conjunto com a Associação Médico-Espírita de São Paulo na realização de uma pesquisa científica sobre a mediunidade de Francisco Cândido Xavier, que durou mais de 15 anos, e teve repercussão internacional, auxiliando ainda em roteiros para programas de televisão e de cinema.
A publicação de livros pela FE Editora teve início em 1990 e alguns deles são referências para estudo nas casas espíritas. Em todos estes anos, a Folha Espírita tem procurado ser intérprete dos valores de seu tempo, conforme já esclarecia seu fundador na primeira edição. Jamais procurou impor convicções, tampouco ser a dona da verdade, busca apenas contribuir para a divulgação da Doutrina Espírita.
Aprendemos com Freitas Nobre a respeitar o direito de opinião, de divergência, porque a permuta de experiência enriquece o pensamento e desenvolve o discernimento. E nesse princípio nos mantemos.