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irNey Prieto Peres
Estudamos no livro PSI quântico de Hernani Guimarães Andrade a ideia da realidade de um Mundo PSI coexistente ao nosso, de consistência densa e mensurável, o qual parece estar em relação mútua e constante, interpenetrante e atuante. Ele é capaz de interferir, por agentes PSI, produzindo fenômenos de modelagens, desaparecimento, materialização e movimentação de objetos e móveis a partir de outra dimensão, invisível aos nossos olhos.
O alemão Dr. Johann Karl Friedrich Zöllner (1834-1882) (foto), que viveu 48 anos e foi professor de Física e Astronomia da Universidade de Leipzig, teve particular interesse e raras oportunidades de controlar as experiências dos fenômenos produzidos pelo médium americano Dr. Henry Slade.
Essas interessantes experiências deram-se a partir de dezembro de 1877, época em que Kardec estava na França em plena atividade, 20 anos após o lançamento da 1ª edição de O livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857.
O campo de pesquisas do Codificador teve início em maio de 1855 quando estabeleceu o diálogo com os Instrutores do Espírito Verdade, por intermédio da psicografia de alguns médiuns, incluindo a esposa e duas filhas do Sr. Baudin, utilizando pequenas cestas fixadas a um lápis
É surpreendente como na segunda metade do século XIX, na França, na Alemanha, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Itália e na Rússia foi fértil a ocorrência das manifestações de fenômenos físicos provocados pelos Espíritos, assim designados no mencionado livro de nosso estimado Hernani como agentes PSI.
Os fenômenos investigados, por obra de um Planejamento Superior, foram direcionados a personagens do cenário científico mundial, com respeitável credibilidade e inestimável contribuição à Ciência Contemporânea:
No Brasil, as pesquisas científicas dos fenômenos relacionadas à sobrevivência do Espírito, sua comunicabilidade e reencarnação tiveram início com os trabalhos do Eng. Hernani Guimarães Andrade na segunda metade do século XX, destacando a formulação do seu Modelo Geométrico do Espírito, mais conhecido como Modelo Organizador Biológico (MOB).
Passamos a comentar o capítulo IV, “PSI e a quarta dimensão”, do livro PSI quântico. Comenta o autor:“No dia 16 de dezembro de 1877, às 21 horas, Zöllner atou as pontas de cada uma de duas cordas e lacrou os nós (da emenda). Esta operação prévia preparatória foi feita em casa do Prof. Zöllner, à vista de várias testemunhas e na ausência do médium Dr. H. Slade” .
Conforme ele explica, no dia seguinte, 17 de dezembro, às 10h30, o Dr. Wilhelm Weber, fisiologista alemão, preparou mais duas cordas igualmente. Com as quatro cordas, Zöllner dirigiu-se à casa do amigo Barão Von Hoffmann, onde estava hospedado o médium Slade. A sessão foi logo realizada num gabinete da casa. Zöllner escolheu uma das 4 cordas; sentou-se à mesa com o lacre sinetado da emenda entre seus polegares e o resto da corda caído ao colo; o médium sentado ao lado mantinha as mãos sobre a mesa, sem tocar a corda e à vista de todos os observadores presentes; durante a sessão, o médium, que se queixava de fortes dores de cabeça, manteve-se sem movimentar as mãos. Aproximadamente às 11 horas, dentro de alguns instantes, surgiram quatro nós na corda segurada sobre a mesa pelos polegares de Zöllner, e o médium dava a impressão de achar-se distraído e alheio ao que se passava. Como explicar?
Atrevemo-nos a sugerir, sem ter antes consultado nosso mestre Andrade. O “médium de efeitos físicos” libera o “ectoplasma”, a energia vital, que pode ser modelada pelo pensamento de Espíritos participantes no experimento, admitido nesse caso pela ausência do médium ao que acontecia, aparentando estar distraído. O efeito de ideoplastia é provocado pelo desejo ou pela vontade do Espírito, que age sobre a corda, desmaterializando-a na sua estrutura molecular e dando-lhe a nova forma intencionalmente modelada com quatro nós no plano em que o agente PSI se encontra, assim considerado de quatro dimensões. Na figura I , a corda pendurada dobrada com os quatro nós de um só lado também está reproduzida em maior tamanho para melhor ilustrar a feitura dos quatro nós.
Do livro Provas científicas da sobrevivência, de Zöllner, indicaremos uma outra experiência levada a efeito dia 8 de maio de 1878 numa seção que levou 15 minutos sem que houvesse a suposta separação das moléculas. Descreve Zöllner: “Cortei duas correias de couro mole de 44 centímetros de comprimento e de 5 a 10 milímetros de largura cada uma, com as suas pontas atadas como nas experiências com as cordas lacradas etc. […] As duas tiras de couro foram colocadas separadamente sobre a mesa. Colocaram-se as cadeiras umas defronte das outras e coloquei as minhas mãos nas tiras. Slade sentou-se à minha esquerda e colocou a mão direita de leve sobre a minha, todo esse tempo, vendo as correias nas minhas mãos. Slade declarou ver luzes saindo dos meus dedos e sentir um sopro fresco sobre as suas mãos. Senti o sopro, porém não vi as luzes. Logo em seguida, enquanto sentia ainda o sopro, percebi ligeiro movimento das tiras de couro debaixo das minhas mãos. Em seguida ouvimos três pancadas, e removendo as minhas mãos achamos as duas correias atadas uma à outra. As torceduras do couro são distintamente visíveis na figura II. As correias não estiveram debaixo das minhas mãos mais de três minutos”.
Na próxima edição, descreveremos ainda as experiências de Zöllner com o médium Henry Slade quando na noite de 7 de maio de 1878 realizou-se surpreendente transporte das argolas de madeira da corda do categute para o pé da mesa.
ANDRADE, H. G. PSI quântico: uma extensão dos conceitos quânticos e atômicos à ideia do Espírito. São Paulo: Pensamento, 1986. ZÖLLNER, J. K. F. Provas científicas da sobrevivência. 3. ed. São Paulo: Edicel, 1978.