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irA vida em comunidade nos convida a adquirirmos virtudes, e tudo o que enfrentamos, todas as nossas dificuldades e provas são oportunidades para reforçá-las.
Platão é considerado o filósofo que melhor descreveu as quatro virtudes cardeais, consideradas durante muitos séculos a essência de toda a educação moral. Para além da justiça, Platão considerava, também, a temperança, a coragem e a prudência. A justiça faz parte da moral social, a coragem e a temperança fazem parte da moral pessoal, e a prudência limita-se a assegurar a autenticidade das outras virtudes.
O quarteto de virtudes cardeais de Platão forma a base sobre a qual todas as outras virtudes repousam e, como tal, representa o fundamento da moralidade natural. O filósofo falou muito sobre ética e acreditou que a felicidade, ou bem-estar, era o objetivo mais elevado do pensamento e da conduta moral. Portanto, essas virtudes agem como um mapa prático para alcançar a felicidade. Cada uma dessas virtudes anda associada a outras, igualmente importantes em qualquer programa de educação moral.
A sabedoria é a capacidade de discernir nosso bem maior e a ação correta em cada momento. Muitas vezes, é atribuída aos anciãos e aos antigos ensinamentos e mestres, mas a sabedoria é eterna, atemporal e sem rosto: uma magia que todos nós sentimos e conhecemos quando a experimentamos. Sabedoria é verdade. Ela flui da boca de crianças pequenas e pode ser vista na natureza, nos animais e nas qualidades inatas do coração. Uma pessoa sábia não tem nada a provar e nada a perder.
Justiça é a capacidade de ser justo, respeitar os direitos dos outros e dar-lhes o devido. Pode ser vista na vida cotidiana como relações harmoniosas e respeitosas baseadas na integridade. A justiça informa a ética, está ligada aos direitos humanos básicos, à igualdade e ao respeito pelas diferenças. Como tal, essa virtude ajuda a unir pessoas e evitar conflitos.
A coragem é a capacidade de vencer o medo e ter força diante das dificuldades. É a capacidade de ter a resolução interior de resistir às tentações e superar os obstáculos. Temos coragem quando escolhemos a estrada mais alta e, por exemplo, somos capazes de sacrificar nossos próprios desejos por uma causa justa. Ter coragem sustenta grande parte da excelência humana e viver uma vida excelente. Pode trazer uma tremenda liberdade e crescimento; quando damos esse salto corajoso, o Universo se abre para nós. Sem coragem, estamos à deriva no mar. Enquanto aproveitamos o dia, tudo é possível.
A temperança é o domínio da vontade sobre os instintos, para se manter equilibrado e honesto. Ela pode ser vista no dia a dia como a capacidade de controlar nossos apetites/desejos para o excesso de qualquer coisa. Podemos definitivamente despertar os sentidos e ser abundante, mostrando moderação, disciplina e restrição. A comida, a bebida e o sexo são todos necessários para a nossa sobrevivência, mas um excesso de desejo para qualquer um destes pode ter terríveis consequências. O extremismo em qualquer coisa é problemático. A temperança é um pouco como o “caminho do meio” budista. Ela pode proteger contra o excesso e o desequilíbrio, mas para isso requer simplicidade, presença e consciência.
Leia +: O que assistimos influencia o nosso pensamento e o nosso modo de viver?
O menino viu na mesa uma jarra cheia de nozes. Pensou com seus botões: “Ah, que bom! Aposto que, se mamãe estivesse aqui, ela me dava. Vou pegar uma porção”. Assim pensou, assim fez. Mas quando tentou tirar a mão cheia de nozes, viu que estava presa no bocal da jarra. Largar as nozes, nem pensar. Tentou, tentou e nada. Começou a chorar. A mãe chegou:
– O que é que há?
– Não consigo tirar a mão da jarra.
– Se você não fosse tão guloso, você podia pegar uma ou duas e não ia ter problema.
– Como era fácil! Eu podia ter pensado nisso antes.
Esta velha fábula ajuda-nos a identificar desde cedo as tarefas que nos cabem.
Um charreteiro levava a carroça muito carregada por uma estrada lamacenta. As rodas afundaram na lama, e os cavalos não conseguiram desatolar o carro. Ele ficou se lamentando desesperado e implorou a ajuda de um anjo, até que ele apareceu.
– Se você fizer força para arrancar as rodas da lama, se você dirigir bem os cavalos, eu posso ajudar. Mas se você não levantar um dedo para tentar sair do buraco, ninguém – nem mesmo um anjo – poderá ajudá-lo.
Ajuda-te que o céu te ajudará.
Um pastor costumava levar seu rebanho para fora da aldeia. Um dia resolveu pregar uma peça nos vizinhos.
– Um lobo! Um lobo! Socorro! Ele vai comer minhas ovelhas!
Os vizinhos largaram o trabalho e saíram correndo para o campo para socorrer o menino, mas encontraram-no às gargalhadas. Não havia lobo nenhum.
Ainda outra vez, ele fez a mesma brincadeira e todos vieram ajudar. E ele caçoou de todos.
Mas um dia o lobo apareceu de fato e começou a atacar as ovelhas. Morrendo de medo, o menino saiu correndo.
– Um lobo! Um lobo! Socorro!
Os vizinhos ouviram, mas acharam que era caçoada. Ninguém socorreu, e o pastor perdeu todo o rebanho.
Ninguém acredita quando o mentiroso fala a verdade.
Uma vez, um rabino resolveu testar a honestidade de seus discípulos e os convocou para uma reunião em que lhes foi feita uma pergunta:
– O que fariam se encontrassem pelo caminho uma carteira cheia de dinheiro?
Um dos discípulos respondeu:
– Devolveria para o dono.
O rabino pensou: “A resposta veio tão rapidamente que devo considerar se
foi realmente sincera”.
Um outro falou:
– Ficaria com o dinheiro se ninguém tivesse me visto.
O rabino disse para si mesmo: “A língua é sincera, mas o coração é perverso”.
E um terceiro foi dizendo:
– Bem, rabino, para ser honesto, ficaria tentado a guardar o dinheiro para mim. Portanto, pediria a Deus que me desse forças para resistir à tentação e agir corretamente.
E o rabino concluiu: “Aí está. Eis o homem em quem eu confiaria”.
Dicionário de Educação – Agnès Van Zanten.
O livro das virtudes.
História da filosofia grega: de Sócrates aos neoplatônicos – Luciano de Crescenzo e Mario Fondelli.
Pensar Contemporâneo: www.pensarcontemporaneo.com