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A justiça começa em nós mesmos

Álbum de família

Enquanto caminhávamos para o fechamento desta edição, fomos tomados pelo sentimento de grande consternação diante da barbárie sem limites que produziu mais uma vítima. Desta vez foi o congolês Moïse Kabamgabe (foto), com 24 anos, espancado até a morte. Um crime brutal que choca pela completa desvalorização da vida humana.

Kabamgabe saiu de seu país em 2011, fugindo com sua família para o Brasil, tentando sobreviver à guerra e à fome. Ele trabalhava em um quiosque no Rio de Janeiro e foi assassinado por, segundo as primeiras informações divulgadas, cobrar uma dívida de um trabalho prestado. O crime expõe de forma escancarada como ainda estamos distantes de estabelecermos uma sociedade baseada na cultura da paz. Temos muito a repensar e não podemos normatizar situações como esta, que se repetem diariamente com milhares de Moïses pelo Brasil. São momentos como estes que podem nos suscitar a questionar de forma efetiva se estamos avançando para sermos a “Pátria do Evangelho”. O quanto distantes ainda estamos de cultivarmos a paz e a fraternidade em nosso solo.

Pensando no assunto, lembramos de uma entrevista que Chico Xavier concedeu à Folha Espírita para Marlene Nobre em fevereiro de 1993. A médica perguntou ao médium mineiro sobre a violência no Brasil: “Com tanta violência e corrupção em nosso país, os benfeitores acreditam que o Brasil seja o coração do mundo e a Pátria do Evangelho?” Nosso amado Chico Xavier nos esclarece dizendo:

“Quanto à conceituação de Pátria do Evangelho, nós somos compelidos a pensar no futuro, quanto teremos, talvez, necessidade de exemplificarmos, até com sacrifício, o Evangelho que nos foi confiado por Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Na mesma entrevista, Chico também nos coloca que seria nosso compromisso receber filhos de outras terras que viriam até a nossa pátria, buscando a paz desejada que para eles têm sido tão difícil de ser alcançada, que é o caso de Moïses.

Infelizmente, somos incapazes, ainda, de conviver com a diferenças, acolher de forma fraterna nossos irmãos e respeitar as minorias, promovendo a inclusão destas na sociedade. Ainda lembrando nosso Chico, em uma entrevista emocionante, ele disse: “Se eu tivesse alguma autoridade no mundo, pediria para que em cada casa tivesse assim escrito em sua fachada a frase eternizada do Cristo: ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei’”. Essa frase é muito profunda e transformadora, porque o amor para com o nosso semelhante deve começar pelo respeito, pela tolerância verdadeira que devemos dedicar a todos os nossos irmãos em humanidade. Não consolidaremos a mensagem cristã sem uma postura ativa e permanente de respeito e valorização de nossos semelhantes. É preciso que nos incomodemos com o caso de Moïses, nos sentirmos, sim, tocados ao ouvirmos o desabafo de sua mãe, que, indignada, pergunta como é que nosso país retribuiu assim ao seu filho.

A mesma paz e vida digna que desejamos, cada um nós, para nós mesmos e nossas famílias deve ser diretamente igual ao que oferecemos ao nossos irmãos em humanidade. É preciso que nos coloquemos no lugar do outro, que sintamos a dor que sente nosso irmão e que lutemos com todas as forças para extirpar o ódio que ainda existe em nós.

A Pátria do Evangelho não é um rótulo externo, mas uma vivência pessoal do amor que nos exemplificou nosso Mestre Jesus. É preciso, sim, que sejam responsabilizados aqueles que, covardemente, tiraram a vida de Moïses, mas o sentimento que deve tomar conta de nós não é o desejo da vingança ou mesmo a inconformidade, e sim, sobretudo, a reflexão profunda e necessária do que cada um de nós pode fazer para promover em nossas atitudes diárias a tolerância, a inclusão e a paz.

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