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irOs céus da Ucrânia, nos últimos dias, estão sendo rasgados por mísseis. As imagens de tanques nas cidades e, sobretudo, de pessoas deixando suas casas, muitas delas feridas, que tomaram conta de todos os meios de comunicação não nos deixam dúvidas: o horror da guerra está de volta. Isso nos deixa tristes e estarrecidos.
Não podemos de forma alguma dizer que desde a Segunda Grande Guerra Mundial não tivemos outros confrontos, pelo contrário, eles foram inúmeros e trouxeram muita destruição e sofrimento para muitos povos. Entretanto, os contornos de uma guerra que conta com uma das maiores potências militares do mundo, que possui um arsenal nuclear capaz de exterminar com a vida no planeta algumas centenas de vezes, é realmente assustador e não há como não nos sentirmos com medo, temendo o pior.
A cada nova atualização, a cada novo relato, a cada cena de explosões nas cidades ucranianas é comum que as lágrimas corram livremente. Como isso pode estar acontecendo? Como o orgulho e o egoísmo pode ainda ditar as regras entre os povos? Por que a força avassaladora da Covid-19, que deixou o mundo inteiro de joelhos, não foi suficiente para que nos reconhecêssemos como uma só família planetária?
São muitas as questões, e enquanto o ritmo destruidor da guerra avança, também dispara em nosso peito o coração apertado. O que fazer?
A guerra mexe, sim, com cada um nós. O luto dos que perdem os entes queridos é a nossa dor. O desespero dos que fogem pela vida, abandonando sua terra, revira nossas emoções e sofremos. O pedido de socorro daqueles que pedem ajuda e protestam ganha eco em nossa mente, que não se cansa de perguntar: por quê? Por quê?
Assim, sem condições de prevermos a resultado do momento em que a escalada do medo e do ódio tomam conta de nós, resta-nos continuarmos a viver, mas não mais da mesma forma. É preciso cerrar fileiras em torno da paz e não esmorecermos.
O apóstolo dos gentios, nos momentos derradeiros de sua vida, assim nos ensinou: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”. Essa frase de Paulo deve nos inspirar, mas é importante que se entenda: o que devemos combater? Devemos lutar, combater as nossas próprias sombras.
Na questão n. 742 de O livro dos Espíritos, Kardec questionou os Espíritos: “Que é o que impele o homem à guerra?” E a resposta é reveladora: “Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem: o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida que o homem progride, menos frequente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas. E, quando se torna necessária, sabe fazê-la com humanidade”.
O bom combate é urgente para cada um de nós, pois quem de nós não tem a predominância, se não frequente, mas ainda presente da natureza animal sobre a espiritual? O caminho começa em nós mesmos ao lutarmos para extirparmos o mal e a animalidade que nos consome. Um esforço importante é a nossa reação perante a destruição da guerra, pois é muito comum escolhermos um lado para que nos identifiquemos com outros e juntos possamos lutar contra o mal representado em uma nação, em um líder, ou seja lá o que for. O caminho da paz não tem lados, mas tem direção e destino. Esse caminho é fundamentado no amor, no perdão e na fraternidade. Necessitamos combater a imaturidade moral, que nos faz rotular inimigos para enaltecermos heróis que promovam a paz.
Naturalmente, é preciso energia, firmeza e proteção aos que sofrem os abalos da guerra, e isso também é possível fazermos sem violência. O maior símbolo de paz da humanidade, Nosso Mestre Jesus, combateu o orgulho e o egoísmo sem erguer nenhuma arma, sem agredir ninguém. Ele deve ser nosso Modelo a ser seguido.
É chegada a hora de mudarmos nosso comportamento e assumirmos a responsabilidade pessoal e intransferível de vencermos a nós mesmos e, na sequência, difundirmos um verdadeira cultura de paz. Sim, promover a paz é um ato contínuo e permanente de cada um de nós.
Fujamos imediatamente da demonização, do culto exacerbado do ódio, abandonemos o ego que é o verdadeiro motor da guerra. Na trilha do crescimento moral não existem ganhadores e perdedores, mas, sim, irmãos que se apoiam no amadurecimento.
Se você escolheu a paz, viva a paz, fale da paz, sinta a paz, procure reagir diante das adversidades da sua vida com paz. Ore pelos que estão nos campos de batalha, nossos irmãos. Ore pelos dirigentes que estão mergulhados no ódio. Ore pelos que sofrem, mas jamais se esqueça de lembrar dos que o fazem sofrer.
Responderam os Espíritos a Kardec que a guerra desaparecerá da face da Terra quando os homens (todos nós) compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. E nessa época todos os povos serão irmãos. Oremos muito, mas também nos aprofundemos em nossa compreensão da justiça do Pai, servindo e amando, trabalhando e perdoando.
A paz parte de nós, se junta a outros corações e vai se ampliando em tantos outros que também promovam a paz.
Jesus está no leme. Confiemos sem esmorecermos.