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irWalther Graciano Jr.
Em outubro ocorreu, em Portugal, a 5ª edição do festival internacional de animação Bang Awards 2020 – Festival Internacional de Cinema de Animação –, realizado pela Câmara Municipal de Torres Vedras. O Bang Awards é um festival mundial que incentiva o interesse pelo cinema de animação, aliando o cinema à cultura, à inovação e à tecnologia. O público é formado, principalmente, por produtores e artistas, crianças em contexto escolar e adultos à procura de inspiração, além de jovens – para quem as novas tecnologias são o futuro ou de pessoas que se deixam deslumbrar pelo encanto de novos mundos.
A 5º edição do festival teve como tema inspirador “Changes”, com vistas a fazer uma reflexão global sobre as mudanças que estão ocorrendo no planeta. Contou com a participação de artistas de vários continentes e países, como Espanha, Chile, Portugal, França, Itália, Brasil, Holanda, China, Rússia, Alemanha, Estados Unidos, Argentina, Irã, Japão, Israel, entre outros. Mais de 400 filmes de grande diversidade, qualidade e criatividade participaram da competição.
A animação vencedora do festival foi A lápide, criação de Lucas Tannuri e com música de Zé Henrique Martiniano, sobre o texto da lápide de Allan Kardec: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, essa é a lei”. Com o filme A lápide, o brasileiro conseguiu 1.050 votos e quase 20 mil visualizações, fazendo de sua obra, entre outras 400 animações concorrentes, a preferida pelo público da Internet.
Para ilustrar a canção, Lucas buscou traduzir a evolução da vida, colocando a natureza e todos os seus desdobramentos como personagens principais.
Em entrevista ao jornal O Imparcial, de Araraquara (SP), o autor da canção, Zé Henrique Martiniano explica o processo de criação: “Eu estava terminando o CD Mensagens dos Poetas ‘Mortos’ e convidei o Lucas para fazer uma animação sobre uma das faixas para divulgação do CD. Ao mesmo tempo, surgiu a oportunidade do festival e foi uma surpresa ficar em primeiro lugar; foi uma honra! Os desenhos do Lucas captaram perfeitamente o que a música queria dizer. Ele usou uma coisa meio darwinista, uma coisa de evolução, traduzindo o que a música queria dizer, de uma forma artística e poética”.
Por se desenvolver em uma plataforma on-line, o festival pode ser acompanhado em qualquer parte do mundo (www.bang-awards.com). O público é formado, principalmente, por produtores e artistas, crianças em contexto escolar e adultos à procura de inspiração, além de jovens – para quem as novas tecnologias são o futuro – ou de pessoas que se deixam deslumbrar pelo encanto de novos mundos.
O araraquarense Lucas Tannuri, 39, se declara embasado por uma estética humanizada e uma preocupação com a linguagem utilizada. Dedica-se à fotografia, ao design, aos trabalhos audiovisuais e à ilustração. Seus projetos recebem influência direta de suas paixões: música, natureza e ser humano. Analogamente, a busca por histórias, expressões e movimentos são constantes. As ideias vêm do olhar intuitivo e, primordialmente, da técnica. A paixão pelo que faz traz a criatividade e a inspiração, acima de tudo. Lucas é autor do livro O grande desafio das pequenas coisas.
Zé Henrique Martiniano é guitarrista, violonista, compositor, arranjador, produtor musical e engenheiro. Estudou violão clássico, com Francisco Brasilino, música brasileira com Zé da Conceição e jazz com Renato de Oliveira Jr (ECA/USP) e Douglas da Silveira (Conservatório de Estadual de Tatuí), além de vários estudos on-line com Nelson Faria e Ozéias Rodrigues, mas é predominantemente autodidata.
Assista aqui!
Jornal O Imparcial – Araraquara.
FEB – Federação Espírita Brasileira.