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Soul, da Disney-Pixar, responde dilemas existenciais que marcaram 2020

Marjorie Aun

As “cortinas” de 2020 pareciam estar se fechando, encerrando um ano em que, com certeza, nem os mais renomados dramaturgos teriam conseguido criar uma sequência de atos tão intensa. Da pandemia do novo coronavírus ao Black Lives Matter (Vidas negras importam), passando pelas fortes cenas do fogo que consumiram nossos biomas, foram inúmeros acontecimentos que transformaram esse ano de forma marcante.

Foi também em meio a tantos episódios marcantes e dolorosos que pudemos ter tempo para nos enxergarmos mais, nos reconhecermos como seres humanos e nos preocuparmos com nós mesmos. A explosão de movimentos humanitários emocionou e contagiou milhares de pessoas. Como em uma orquestra que segue precisamente os movimentos de um maestro, não temos dúvidas de que a Espiritualidade Maior regeu cada instante e jamais nos desamparou. E eis que, já às portas de 2021, fomos agraciados com um verdadeiro presente dos céus, que nos chega através da sétima arte. Sim, o cinema. Ah! E por falar de cinema, foi também em 2020 que aprendemos a ver filmes de um jeito novo: o streaming virou realidade, e as poltronas de nossas casas viraram confortáveis assentos das salas de cinema.

Em 25 de dezembro, a Disney lançou a animação Soul, a sua mais nova produção com a Pixar. A equipe de roteiristas e artistas da Pixar se difere de tantos outros estúdios por buscar constantemente transmitir mensagens tocantes sobre a vida e as relações humanas. Não foge sequer de temas que são considerados inadequados para o público infantil, como, por exemplo, a velhice, morte e viuvez, a relação por vezes difícil entre pais e filhos, e a riqueza das emoções humanas. Neste novo longa-metragem, a história irá nos levar a pensar sobre a vida após a morte e espiritualidade.

Se acreditássemos em coincidências, ao nos deliciarmos com a animação da Pixar de excelente qualidade, poderíamos pensar: como um filme que teve o início da sua concepção em 2016 pode responder de forma tão mágica, tão profunda e emocionante aos dilemas existenciais que marcaram 2020?

Qual seu propósito de vida?

Certamente, o medo da morte se tornou muito mais presente nesse ano, e os questionamentos de nossas vozes interiores se sobressaíram ao silêncio do mundo exterior, que se recolhia com o isolamento social. E, com isso, quem não se pegou pensando: será que estou seguindo meu propósito de vida? Aliás, eu sei qual é o meu propósito de vida? O sentimento de uma necessidade de mudança em nossa sociedade, durante a pandemia, levou milhares de pessoas de todas as raças e idades a protestarem pela igualdade entre os povos.

O filme Soul veio selar 2020 com respostas diretas, convincentes e emocionantes sobre a vida e seu “porquê”, sobre os sonhos e as nossas realizações. E, se não bastasse, rende uma homenagem merecida, embalada pelos acordes do jazz suave e elegante, à cultura negra norte-americana. São muitas as reflexões que podemos buscar ao ver a situação de Joe Gardner, o protagonista de Soul, dando-nos a possibilidade de comparar com relatos reais de Espíritos que chegam a conclusões semelhantes quando desencarnam e percebem que perderam oportunidades valiosas para aprender a amar, servir e trabalhar no bem.

Soul é o primeiro longa-metragem do estúdio a ser protagonizado por um personagem negro, dublado por um ator negro e, além de tudo isso, codirigido e coescrito pelo talentoso cineasta negro Kemp Powers, que relatou ter colocado vários ingredientes da sua vida pessoal na história do filme. Antes de ser lançado, a fim de evitar qualquer deslize ou desrespeito à cultura afrodescendente, o filme foi previamente exibido para importantes artistas e intelectuais negros de diferentes áreas de atuação e foi aprovado por todos.

Mensagem de reflexão da vida

A mensagem de reflexão sobre a vida, a valorização da cultura negra e a naturalidade ao se tratar da vida após a morte tornam Soul imperdível e essencial como fechamento de 2020. Certamente, vivemos uma época sem precedentes, e se de um lado estamos mergulhados em acontecimentos tão difíceis e dolorosos, de outro lado, recebemos o amparo do Alto a nos convidar para repensarmos nossas vidas e nosso viver.

O benfeitor Emmanuel, no livro que leva o seu nome, psicografado em 1938 por Chico Xavier, previu o surgimento de cada vez mais obras e filmes abordando a espiritualidade: “Os jornais educativos, as estações radiofônicas, os centros de estudo, os clubes do pensamento evangélico, as assembleias da palavra, o filme que ensina e moraliza, tudo à base do sentimento cristão, não constituem uma utopia dos nossos corações. Essas obras que hoje surgem, vacilantes e indecisas no seio da sociedade moderna, experimentando quase sempre um fracasso temporário, indicam que a mentalidade evangélica não se acha ainda edificada. A obra, porém, aí está, esperando o momento final da grandiosa construção. Toda a tarefa, no momento, é formar o Espírito genuinamente cristão; terminado esse trabalho, os homens terão atingido o dia luminoso da paz universal e da concórdia de todos os corações”.

Parafraseando Marlene Nobre: a espiritualidade não improvisa. Por isso, Soul deve marcar época e junto de tantos outros momentos constituirão os esforços dos benfeitores do mundo maior em espiritualizar a humanidade, que tanto precisa se transformar às portas do Mundo de Regeneração.

Aliás, falando em improviso, mas desta vez não por parte da Espiritualidade, e sim de nós mesmos, fica aqui uma “deixa” para quem puder assistir ao filme e quiser refletir: “Você tem jazzeado na sua vida?”

Fontes

Pixar, Disney.

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