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irO Brasil está no caminho para garantir o seu representante no Oscar 2021 com a pré-indicação do curta-metragem Umbrella, dirigido por Helena Hilario e Mario Pece. “No momento, o curta está sendo avaliado pelos membros da Academia. Os títulos pré-selecionados devem ser divulgados em fevereiro e, em março, sai a lista com os cinco finalistas. Agora estamos na expectativa, torcendo para que o filme tenha uma boa recepção e que os avaliadores entendam a mensagem de empatia, amor e esperança que queremos passar através dele”, afirma Helena Hilario, que assina sua primeira direção.
Com cerca de oito minutos de duração, o filme chamou a atenção pelo ótimo desempenho em festivais internacionais e já passou pela pré-seleção da premiação. Em oito minutos, a produção acompanha a visita de uma garota e sua mãe a um orfanato. Enquanto todas as crianças se divertem com os brinquedos doados, o pequeno Joseph acaba se apegando a um guarda-chuva amarelo. O simples objeto traz à tona o passado do menino, ressuscitando lembranças dolorosas.
Escrito pelo casal Helena e Mario (foto), em 2011, o roteiro foi inspirado em uma situação real vivida pela irmã da diretora em um abrigo para crianças no Paraná. O relato emocionou a cineasta, que decidiu adaptá-lo para uma animação. “Essa história mexeu muito comigo e me despertou para a importância de olhar mais para o próximo e se colocar no lugar dele. É sobre esses sentimentos que o filme fala”, conta.
Todo o filme foi produzido ao longo de 20 meses por uma equipe 100% brasileira, embora o estúdio que o produziu, o Stratostorm, também tenha sede em Los Angeles, nos Estados Unidos. Os diretores, no entanto, quiseram criar uma narrativa universal, por isso não há diálogos ao longo do filme, e o único som é o da trilha sonora que o embala. No roteiro, o menino protagonista é retratado como um refugiado tentando sobreviver fora de seu país de origem.
“A questão dos refugiados é um problema social no mundo inteiro. Nos últimos anos, várias nações vêm recebendo pessoas fugindo de outros países. Essa se tornou uma realidade fácil de identificar, o que torna a conexão emocional com a história ainda mais forte”, aponta. (WGJ)
“A gente queria contar uma história sobre empatia, em que as pessoas entendessem que a gente precisa ser mais gentil, se colocar mais no lugar do outro”