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ir“Eu não sou religioso no sentido normal. Eu acredito que o Universo é governado pelas leis da ciência. As leis podem ter sido decretadas por Deus, mas Deus não intervém para quebrar as leis” (Stephen Hawking).
Estava eu no sofá, como diz aquela velha canção do Raul Seixas, “com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar”, quando fui arremessado para fora dos meus pensamentos ao ouvir a frase do grande provocador da vida, já desencarnado, Antônio Abujamra: “A vida é sua, estrague-a como quiser”. Senti como se meus dedos fossem enfiados na tomada, pois levei um choque muito grande, foi como se um despertador soasse dentro de mim. De esparramado no sofá, me sentei imediatamente e recordei a mensagem de O Evangelho segundo o Espiritismo que, no seu primeiro capítulo, traz o título: “Eu não vim destruir as Leis”.
A pandemia está batendo em nossas cabeças como um sino, um despertador nos convidando a despertar da letargia do discurso preguiçoso: “Deus quer assim, então deve ser assim”. A respeito do sino que plange, um querido e saudoso amigo chamado Richard Simonetti me dizia em nossas conversas instrutivas: “A dor é o sino de Deus, que plange para despertar o homem para suas responsabilidades com a vida”. Pois é, estamos de posse da mensagem consoladora do Espiritismo, que encerrou a era da culpa e nos revelou que todos somos responsáveis pelas nossas vidas e podemos estar estragando a presente encarnação por livre e espontânea vontade.
Somos Espíritos ainda um tanto preguiçosos que conseguimos manifestar em nossa conduta as três revelações de que nos fala o Evangelho: pela manhã, estamos Moisés e agimos com truculência emocional, como, por exemplo, “olho por olho e dente por dente”; quando discutimos, somos capazes de soltar pelos lábios as pragas do melindre que fariam o Faraó sair correndo, mas nossa família é mais tolerante e segue nos aturando; passada a desavença que nosso olhar obtuso lança sobre pessoas e coisas, entramos num processo de “beatificação” momentânea e incorporamos as doces palavras de Jesus em nossos lábios e, depois de ser Moisés no conflito, lançamos mão do Evangelho.
Na montanha russa das emoções, alternamos a primeira revelação com a segunda, sendo implacáveis na aplicação das leis com os outros e absolutamente cristãos no julgamento das nossas ações, acreditando num perdão que nos beneficie quando resvalamos em infrações morais.
O mais interessante de tudo é que conseguimos revelar nos nossos comportamentos a manifestação da terceira revelação, ou seja, temos lampejos de lucidez e bom senso discursando de forma racional sobre as leis naturais como a da reencarnação e a de causa e efeito.
Em todos esses momentos, Deus cuida de nós, abrindo o Mar Vermelho dos nossos vícios e paixões para escaparmos da escravidão que nos impomos voluntariamente. Para chegarmos à “terra prometida” e pacificada, a dor cala fundo em nossa alma, e os benfeitores espirituais nos trazem o bálsamo do Evangelho, que nos inspira força para prosseguir. E quando amadurecidos espiritualmente, vislumbramos o horizonte da terceira revelação.
Ele não veio destruir a lei, mas nos dizer que a cada um será dado conforme as suas obras, ou numa tradução mais moderna do querido e saudoso Antônio Abujamra: “A vida é sua, estrague-a como quiser!”
“Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los: – porquanto, em verdade vos digo, que o Céu e a Terra não passarão sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto (Mateus, 5:17 e 18).
“[…] Assim como o Cristo disse: ‘Não vim destruir a lei, porém cumpri-la’, também o Espiritismo diz: ‘Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução’. Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra” (Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo).
Fonte
O Evangelho segundo o Espiritismo.