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irPartindo do princípio de que o pensamento é matéria mental, mesmo que ainda imponderável aos nossos sentidos e à atual tecnologia, a resposta é sim! Pensar é criar. Toda criação tem vida e movimento, ainda que ligeiros, impondo responsabilidade à consciência que a manifesta, conforme explicou Marlene Nobre no livro A obsessão e suas máscaras (FE Editora). Como alerta André Luiz, justamente por essa razão, tudo o que pensamos atrai afins e pode causar doenças no corpo e na alma.
O direcionamento que damos aos nossos pensamentos é uma escolha pessoal diária. Podemos guiá-los para o bem e escolher as conversações saudáveis e ainda mensagens de Internet e programas e séries de TV que alimentarão nossas formas-pensamento positivas, ou o caminho inverso. Sobre isso, em Missionários da luz, o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, esclarece: “As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões. E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lançamos em circulação nas correntes da vida”.
No livro Pensamento e vida, capítulo 8, o benfeitor Emmanuel, também pela psicografia do médium mineiro, enfatiza que a alma entra em ressonância com as correntes mentais em que respiram as almas que se lhe assemelham. “Assimilamos os pensamentos daqueles que pensam como pensamos. É que sentindo, mentalizando, falando ou agindo, sintonizamo-nos com as emoções e ideias de todas as pessoas, encarnadas ou desencarnadas, da nossa faixa de simpatia. Estamos invariavelmente atraindo ou repelindo recursos mentais que se agregam aos nossos, fortificando-nos para o bem ou para o mal, segundo a direção que escolhemos”.
Como nosso pensamento liga encarnados aos desencarnados, pela lei da afinidade e da sintonia, obviamente que os gestos infelizes, desequilibrados e maus enviam, do mesmo modo, recados ao mundo espiritual, despertando o interesse e a atenção dos Espíritos inferiores, que virão em atendimento aos nossos apelos mentais, intensificando os nossos gestos desalinhados e nos causando sérios prejuízos.
Em Obsessão e suas máscaras, Marlene Nobre avalia uma citação de Emmanuel, do livro Mediunidade e sintonia, que explica bem o ditado popular que diz: “diz-me com quem andas que dir-te-ei quem és”. Ele explica que os nossos pensamentos ditam nossa conduta e que, de acordo com ela, expressamos nossos objetivos e amealhamos com as quais desejamos nos parecer. O dito popular, portanto, assume uma outra conotação: “Diz-me quem és, o que lês e o que assistes, que dir-te-ei com quem andas”. “Não podemos nos esquecer que a ideia é um ser organizado pelo nosso Espírito, a que o pensamento dá forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção”. Ela também lembra que, além disso, como esclarece André Luiz no livro Libertação, podem ocorrer casos de auto-obsessão, ou seja, a pessoa pode ser atormentada pelas próprias criações mentais negativas e destrutivas.
Baseados nesses ensinamentos, concluímos que quando acompanhamos determinados programas ou filmes que trazem mensagens de baixa vibração, captamos exatamente as mesmas energias, que podem se transformar em uma entrada para investidas energéticas infelizes.
O pesquisador e documentarista espírita Oceano Vieira de Melo, que já produziu 14 filmes, um deles espiritualista, acredita que a maior parte das pessoas assiste filmes de violência e terror, por exemplo, mais por curiosidade. “Tudo depende da idade e maturidade da pessoa. Existem cinéfilos que têm preferência por esse tipo de filme mesmo ou pelo que chamam de ‘filmes de terrir’, ou seja, terror, mas que fazem rir”, comenta. Ele considera que apenas pequena parte da sociedade é influenciada por esses filmes, principalmente pessoas sem conhecimento das consequências da violência. “Muitos tiram o proveito da recusa pela violência, por exemplo, ao verem esse tipo de filme. De todo modo, muito mais nocivos são os programas de TV cobrindo assuntos policiais às 18 horas nas nossas casas”, alerta.
“Procure filmes que ajudem a desenvolver sua cultura, sensibilidade espiritual e humanismo” (Oceano Vieira de Melo)
Em Obras póstumas, no capítulo que trata da regeneração das artes por meio do Espiritismo, Allan Kardec informa que assim como a arte cristã sucedeu a arte pagã, transformando-a, a arte espírita será o complemento e a transformação da arte cristã. “O Espiritismo, efetivamente, nos mostra o porvir sob uma luz nova e mais ao nosso alcance. Por ele, a felicidade está mais perto de nós, está ao nosso lado, nos Espíritos que nos cercam e que jamais deixaram de estar em relação conosco […]. Que inesgotáveis fontes de inspiração para a arte! Que obras-primas de todos os gêneros as novas ideias suscitarão, pela reprodução das cenas tão multiplicadas e várias da vida espírita! Em vez de representar despojos frios e inanimados, ver-se-á uma mãe tendo ao lado a filha querida em sua forma radiosa e etérea; a vítima a perdoar ao seu algoz; o criminoso a fugir em vão ao espetáculo, de contínuo renascente, de suas ações culposas! O insulamento do egoísta e do orgulhoso, em meio da multidão; a perturbação do Espírito que volve à vida espiritual etc. etc. E, se o artista quiser elevar-se acima da esfera terrestre, aos mundos superiores, verdadeiros Edens onde os Espíritos adiantados gozam da felicidade que conquistaram […]. Sem dúvida, o Espiritismo abre à arte um campo inteiramente novo, imenso e ainda inexplorado. Quando o artista houver de reproduzir com convicção o mundo espírita, haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações e seu nome viverá nos séculos vindouros, porque, às preocupações de ordem material e efêmeras da vida presente, sobreporá o estado da vida futura e eterna da alma”.
É uma boa notícia vermos lançamentos de filmes e séries voltados à família e histórias amorosas, humanistas. Assim como anunciou Emmanuel, no livro Emmanuel, de 1938, “[…] atacaremos com o filme que ensina e moraliza, tudo à base do sentimento cristão”, declara Oceano. O cineasta lembra que filmes assim são feitos desde os anos 1940, quando várias produções foram realizadas com temática sobre o amor e espiritualidade. “Vários filmes foram rodados com cenas que fazem parte dos livros da Codificação Kardequiana. Mesmo sem saberem, estavam fazendo filmes previstos por Kardec, Léon Denis e Emmanuel”, avisa.
Em tempos de canais fechados, com uma quantidade enorme de filmes à disposição, Oceano dá a seguinte recomendação quando se decide por um filme: “Procure filmes que ajudem a desenvolver sua cultura, sensibilidade espiritual e humanismo. Outra dica: quando se escolhe um filme porque acha que será bom e não gostar, deve-se assistir novamente. Nossa capacidade para gostar de um filme assistindo pela primeira vez é pequena. Na segunda ou terceira vez, parece que estamos assistindo outro filme. Sugiro também rever filmes que foram vistos há 10 anos ou mais”, diz. Sobre filmes que não devemos deixar de ver, Oceano indica: “Qualquer filme dos diretores Ingmar Bergman, Akira Kurosawa, François Truffaut e Stanley Kubrick. Nestes você adquire cultura, arte, humanismo e até mesmo espiritualidade. O filme Fanny e Alexsander, de Ingmar Bergman, é um filme espírita, assim como Sonhos, de Akira Kurosawa. Os filmes de F. Truffaut são cheios de humanismo. Dos diretores brasileiros, qualquer um de Walter Salles. Central do Brasil é sua obra-prima”.