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irTodas as vezes que o assunto é inclusão, o filme Estrelas na Terra – toda criança é especial surge como um grande incentivador, nunca fica ultrapassado e todo professor precisa assistir. Lançado em 2007, o filme indiano, no original intitulado Taare Zameen Par – Every Child is Special, é dirigido pelo também ator Aamir Khan.
O longa-metragem, de mais de duas horas, conta a história de uma criança que sofre com dislexia e não é compreendida pelos professores e pais. Ishaan Awasthi, de 9 anos, repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de reprovar novamente. As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Inesperadamente, um professor substituto de artes percebe que há algo de errado com Ishaan. Ao descobrir que o garoto era disléxico, o professor coloca em prática um plano para resgatar aquele garoto.
O filme recebeu os prêmios Filmfare Awards de 2008 como melhor filme, melhor ator e melhor direção, foi premiado pela National Film Awards e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2009. Em 2010, os estúdios Disney compraram os direitos e distribuíram o filme no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Austrália. Em inglês, ficou conhecido como Like stars on Earth.
Leia também: Novo filme da Pixar celebra a amizade e aceitação do diferente
No Brasil, a regulamentação mais recente que norteia a organização do sistema educacional é o Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020). Esse documento, entre outras metas e propostas inclusivas, estabelece a nova função da Educação Especial como “modalidade de ensino que perpassa todos os segmentos da escolarização” (da Educação Infantil ao Ensino Superior); “realiza o atendimento educacional especializado (AEE); disponibiliza os serviços e recursos próprios do AEE e orienta os alunos e seus professores quanto à sua utilização nas turmas” comuns do ensino regular.
Se o aluno apresentar necessidade específica, decorrente de suas características ou condições, poderá requerer, além dos princípios comuns da educação na diversidade, recursos diferenciados identificados como necessidades educacionais especiais (NEE). O estudante poderá beneficiar-se dos apoios de caráter especializado, como o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, no caso da deficiência visual e auditiva; mediação para o desenvolvimento de estratégias de pensamento, no caso da deficiência intelectual; adaptações do material e do ambiente físico, no caso da deficiência física; estratégias diferenciadas para adaptação e regulação do comportamento, no caso do transtorno global; ampliação dos recursos educacionais e/ou aceleração de conteúdos para altas habilidades.
Abaixo trailer do filme Estrelas na Terra – toda criança é especial:
A dislexia é uma designação utilizada frequentemente com relação a uma dificuldade específica, sentida por alguns alunos, na aprendizagem e utilização instrumental da leitura. De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, a definição vem do grego e do latim “dis”, de distúrbio, e “lexia”, de linguagem.
Atualmente, a definição da International Dyslexia Association é a mais aceita. Segundo a entidade, “dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem”. Trata-se “[…] de distúrbio específico da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Essas dificuldades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação à idade. Apesar de submetida à instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sociocultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia é apresentada em várias formas de dificuldade com as diferentes formas de linguagem, frequentemente incluídos problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar”. A dislexia, muitas vezes, é associada a outras dificuldades de linguagem, como a disgrafia (dificuldade no traçado gráfico) e a disortografia (inversões, omissões e alterações da palavra).
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete entre 0,5% e 17% da população mundial. No Brasil, estima-se que em torno de 2% a 3% das crianças em idade escolar sejam vítimas da dislexia.
A condição é responsável por aquilo que, muitas vezes, chamamos de analfabetismo funcional, uma vez que, desmotivados por uma escola que não está pronta para os acolher, os alunos acabam abandonando o curso. Considerado um distúrbio de aprendizado relativamente frequente, calcula-se que no nosso país existam mais de 2 milhões de casos por ano. Você pode assistir ao filme Estrelas na Terra – toda criança é especial online!
Fontes
Associação Brasileira de Dislexia
Folha Espírita – O que parece preguiça pode ser transtorno de aprendizagem!