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Livro eletrônico – biblioteca digital e direitos autorais

O mundo de hoje é digital. A Internet agora permeia as mais diversas dinâmicas da vida em sociedade – as compras, a locomoção, os relacionamentos interpessoais e a troca de conhecimento. A educação foi amplamente impactada pelo avanço tecnológico, revolucionando os métodos tradicionais de ensino-aprendizagem que, há anos, já se mostravam obsoletos diante das novas necessidades e preferências do estudante contemporâneo.

Antes de entrarmos no assunto biblioteca digital, precisamos tirar as dúvidas que ainda persistem acerca de biblioteca digital e biblioteca virtual. São formas diferentes de bibliotecas e merecem ser estudadas.

Afinal, o que é uma biblioteca virtual?

A biblioteca virtual funciona como a transposição da biblioteca analógica para o contexto on-line. Trata-se de um acervo de conteúdos digitais que podem assumir formato de texto, imagem, áudio, vídeo ou qualquer outra mídia eletrônica. É a reunião de materiais que existem somente em caráter virtual, desassociados de qualquer mídia física. Por compilar e agrupar conteúdos digitalizados, pode ser entendida como um sistema de recuperação de informação.

E uma biblioteca digital?

A biblioteca digital não deixa de ser, em termos conceituais, uma biblioteca virtual; a diferença é que suas funcionalidades são muito mais abrangentes. Trata-se, igualmente, de um acervo digital de conteúdos textuais, visuais e sonoros – mas seu formato é pensado com relevância pedagógica. A biblioteca digital é uma tecnologia educacional, que além de organizar, armazenar e categorizar e-books de múltiplas áreas do conhecimento, também é equipada com recursos de aprendizagem que tornam a leitura mais dinâmica e produtiva.

Ao acessar um título em uma biblioteca digital, o leitor dispõe de ferramentas de busca, destaque e comentário que permitem uma interação mais ágil com a bibliografia (facilitando, principalmente, a pesquisa acadêmica). Algumas bibliotecas digitais também oferecem recursos de personalização da fonte e da cor da página, bem como títulos em audiobooks ou tradução simultânea para Libras, tornando a leitura acessível para públicos com diferentes necessidades.

Como surgiram?

O surgimento das bibliotecas digitais está intimamente ligado ao avanço da tecnologia dos computadores e ao uso cada vez maior da rede de Internet. No entanto, embora pareça uma ferramenta muitíssimo atual, ela já é utilizada há mais de 50 anos!

A primeira biblioteca digital do mundo tomou forma em 1971, com Michael Hart, que teve a ideia de criar o Projeto Gutemberg, uma espécie de Biblioteca de Alexandria da era digital. O objetivo do projeto é digitalizar, arquivar e distribuir obras cultuais por meio da digitalização. Em 2006, ela contava com mais de 20 mil livros.

No final do século XX, as bibliotecas digitais se popularizaram ainda mais, passando a ser adotadas também por Instituições de Educação Superior (IES), como as universidades de Harvard e Yale. Mas foi no século XXI que elas ganharam uma força ainda maior.

A criação e a popularização dos leitores digitais contribuíram muito para a expansão desse mercado. Uma vez que mais pessoas tinham acesso a ferramentas de leitura que comportavam textos digitais, tornou-se mais fácil disponibilizar esses recursos aos alunos das IES. Assim, elas se tornaram ferramentas cada vez melhores e mais úteis.

Definido o tipo de biblioteca que vocês desejam criar, vamos partir para a parte prática. Se seu objetivo é uma biblioteca digital, seguem algumas dicas.

Como criar uma biblioteca digital?

O trabalho de construir sua própria biblioteca é um tanto quanto custoso, seja na questão financeira ou no pessoal e tempo despendido com isso. Entretanto, é um processo perfeitamente possível.

Como se trata de uma tarefa longa, fazer uma biblioteca possui várias etapas fundamentais. Apresentamos agora um passo a passo para que você possa preparar a sua.

Escolher a plataforma correta

O primeiro passo é escolher o “local” onde sua biblioteca ficará. É necessário optar por uma plataforma que atenda às necessidades da IES, que seja organizada, atrativa, intuitiva e com as melhores ferramentas para permitir um uso de excelência. É fundamental que a plataforma seja compreensível para os alunos e professores. Também é imprescindível que ela seja compatível com os mais diversos navegadores de Internet possíveis.

Incluir a bibliografia básica

A bibliografia básica é aquela que traz os principais livros que serão utilizados durante o semestre pelos estudantes. Essa lista com as obras centrais que serão a base do ensino deve, de forma obrigatória, estar presente no plano de ensino do curso. A inclusão da bibliografia básica é também uma determinação do MEC. No caso das bibliotecas digitais, isso é ainda mais proveitoso, uma vez que todos os estudantes podem ter acesso a esses livros ao mesmo tempo, sem interferência de quantidade de exemplares.

Adicionar a bibliografia complementar

E se o estudante tiver dificuldade de aprender com o livro principal, o que ele deve fazer? Pensando nessa possibilidade, a IES precisa manter também uma bibliografia complementar do curso. Com mais opções de livros, além de atender aos alunos com mais dificuldades, a IES ajudará também aqueles que querem se aprofundar no assunto. A bibliografia complementar também pode ser consultada no plano de ensino do curso.

Catalogação dos títulos

Nessa etapa, devemos idealizar e catalogar quais são os títulos que farão parte da sua biblioteca digital. É necessário criar um acervo bem completo e que seja de interesse dos usuários. Mesmo que seja em formato digital, é importante ter organização e controle sobre o acervo da IES. Essa catalogação servirá também para prestar informações bem detalhadas sobre os livros presentes.

Escolher o layout

Apesar de parecer mais simples, essa é uma tarefa de extrema importância! A escolha do layout é um dos primeiros passos para que o estudante perceba a qualidade da biblioteca. É importante pensar em um design que aproveite o layout com as características da plataforma, de forma conjunta. Já que a biblioteca é personalizada, faz total sentido em utilizar as cores e o logos da IES. Além da parte relativa à identidade visual, devemos pensar também em toda a experiência do usuário ao navegar pela plataforma.

Definir e possibilitar as ferramentas que ajudam no acesso

Não basta ter um catálogo de livros completo, a biblioteca precisa ter funcionalidades que realmente otimizem o estudo dos alunos. Nesse sentido, é importante contar com:

  • serviço de pesquisa completo e responsivo;
  • linkagem nos índices que levam para capítulos e títulos específicos;
  • capacidade de fazer marcações e anotações no texto;
  • ferramenta para referenciar os livros.

Inserir mecanismos de inclusão

Mesmo estando em ambiente virtual, é fundamental pensar na inclusão de estudantes com deficiência. Nesse sentido, é possível incluir mecanismos como:

  • leitura em voz alta;
  • variados modos de leitura;
  • possibilidade de aumentar a fonte do texto etc.

Preparar suportes técnicos e para o usuário

É necessário se organizar também para a realização de suportes na plataforma. Problemas são comuns e, para minimizá-los, é interessante preparar manuais de uso para facilitar a vida do aluno. Também é necessário se preparar para futuros bugs no sistema. Contar com bons profissionais na área de TI é excepcional.

Como funcionam os livros na biblioteca digital?

Os livros digitais funcionam por meio de uma plataforma digital responsiva com um leitor de e-pub, ou seja, um formato que permite aos usuários acessarem todo o acervo e interagirem com as funcionalidades que melhoram o estudo e a leitura.

Leia também: 6 passos sobre como organizar biblioteca digital: https://blog.saraivaeducacao.com.br/como-organizar-biblioteca-digital/

E os direitos autorais, como ficam?

Segundo a professora do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes (USP), Marisa Midori, também professora credenciada no Programa de Pós-Graduação em História Econômica da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (USP): “há nesse debate, pelo menos do ponto de vista do historiador do livro, um aspecto intrigante. Afinal de contas, a questão da propriedade intelectual foi precedida em alguns séculos pelas questões de responsabilidade intelectual e da representação da autoria no livro, donde a ideia, segundo Roger Chartier, de que a materialidade do livro impresso contribuiu para a afirmação da figura do autor […]. Porém, como aponta o próprio Chartier, a partir da leitura que faz de Foucault, a responsabilidade intelectual se coloca já nos tempos do livro manuscrito, no final da Idade Média, e está relacionada com a vontade ou necessidade do autor de ter seu trabalho reconhecido, o que é válido tanto para textos científicos quanto literários, mas também na relação ou confronto de autores com os mecanismos censores. No último caso, sabemos que o advento da imprensa acelerou os dispositivos da censura. […] Ela observa, ainda, que a questão do autor, relacionada à propriedade, se coloca apenas no século XVIII, mais precisamente a partir de 1709, data da lei do copyright, na Inglaterra. ‘Mas o livro eletrônico não enfrenta nem a barreira da censura, nem as imposições da materialidade do livro impresso. Então, cabe perguntar: o que impulsiona hoje o debate e a criação de dispositivos legais para o reconhecimento do direito do autor na cadeia de produção do livro eletrônico?’”.

Referências

CAMPETTI SOBRINHO, Geraldo. Biblioteca espírita: princípios de técnicas de organização e funcionamento. Brasília, DF: FEB, 1996.

CONHEÇA 7 passos sobre como criar biblioteca digital. Saraiva Educação, 11 out. 2021. Disponível em: https://blog.saraivaeducacao.com.br/como-criar-biblioteca-digital/. Acesso em: 2 jul. 2023.

MIDORI, Marisa. Em pauta, o livro eletrônico e os direitos do autor. Jornal da USP, 28 abr. 2023. Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-usp/em-pauta-o-livro-eletronico-e-os-direitos-do-autor/. Acesso em: 2 jul. 2023.

O BIBLIOTECÁRIO e a tecnologia: habilidades necessárias na gestão de uma Biblioteca Digital. Intersaberes, 29 maio 2023. Disponível em: https://www.intersaberes.com/blog/o-bibliotecario-e-a-tecnologia-habilidades-necessarias-na-gestao-de-uma-biblioteca-digital/. Acesso em: 2 jul. 2023.

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