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ir“Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações? Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, por que muito frequentemente são eles que vos dirigem” (Questão n. 459, de O livro dos Espíritos, Allan Kardec).
Uma vez que não morremos, pois é somente o corpo que perece, é muito natural que sigamos vivendo na dimensão espiritual, onde a verdadeira vida se dá, carregando conosco nossos sonhos de paz e felicidade. Os desencarnados logicamente interagem com os encarnados, pois, pela lógica e pelas sábias e justas Leis de Deus, só podemos concluir que a afetividade e o amor existentes entre as criaturas jamais se perdem. Quem ama o faz na Terra e fora dela.
Uma mãe, por exemplo, não deixará de amar os filhos pelo fato de ter saído da vida corporal e se instalado no mundo dos Espíritos. Seria ilógico e absurdo acreditar que o túmulo possa apagar a complexidade da história de uma vida humana. Dessa forma, não fica difícil entender que recebemos influências dos Espíritos e os influenciamos também. Sempre teremos ao nosso lado as companhias que atraímos pelos pensamentos que cultivamos.
De acordo com o teor do que vai pela nossa mente, emitimos apelos e avisos sobre as nossas preferências. Se na Terra é assim, onde convivemos com as criaturas que gostamos e nos afastamos daquelas que não temos afinidades, por que não seria também assim com relação ao mundo espiritual, onde, livres das amarras materiais, tem o Espírito maior liberdade de ação?
Pelo pensamento escolhemos quem queremos ao nosso lado. Diante dessa inconteste assertiva, é preciso refletir muito maduramente e com imensa responsabilidade, para que más e comprometedoras companhias não nos causem complicações e aborrecimentos. Os Espíritos, que são em maior quantidade que os encarnados, frequentemente nos envolvem e de nós se aproximam mediante o que fazemos e agimos. Os bons Espíritos buscam acompanhar e ajudar as pessoas de bem ou aquelas que se esforçam em sê-las. Os maus são atraídos pelos comportamentos e pelas atitudes de quem vibra nessa faixa de sintonia. Portanto, sem qualquer dúvida, cada qual tem ao seu lado as companhias que deseja.
Dessa forma, vivendo aqui na Terra dentro dos padrões da dignidade conforme preceitua as valiosas e imprescindíveis lições de Jesus Cristo, permite Deus, pela lei da afinidade, que contemos com a ajuda e o socorro dos Espíritos bons, que tudo farão para que sigamos nossa vida extraindo dela o máximo proveito em benefícios e conquistas. No entanto, a mesma lei nos assegura, até pela própria justiça, que uma vez seguindo pela existência física entre descuidos e indisciplinas, omissões e indiferenças para com os reais valores da vida, manteremos do nosso lado a presença de Espíritos da mesma ordem, que por certo nos causarão muitos males e prejuízos, atravancando o nosso progresso espiritual.
Os desencarnados influenciam nossos pensamentos e nossas ações, obviamente mediante o material mental que lhes oferecemos. Eles jamais criam o bem ou o mal em nós, apenas aproveitam o que está à disposição em nossas mentes. A escolha, indiscutivelmente, sempre será nossa; ter bons amigos ou não. As consequências boas ou más que decorrerem dessa decisão será de total responsabilidade de cada criatura.
Sem dúvida, para nosso conforto e comodidade, o melhor que temos a fazer é vivermos praticando o bem, mesmo que isso nos custe alguns sacrifícios, uma vez que a vida dá a cada um o que de cada um receber.
Reflitamos…