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O que o filme Barbie nos traz de reflexão sobre o que somos e sobre nossa evolução

Começo este texto a partir de uma pergunta central que fundamenta todos os pilares de discussão de um filme que, de início, com certeza, foi tido por muitas pessoas como algo para entretenimento e, como bônus, nostalgia, mas se depararam com o completo oposto: um filme político – “para o que eu fui feito?” Por que estou neste mundo, com este rosto e corpo, cercado destas pessoas? Por que eu penso da forma que penso e por que vivo da maneira que vivo? Uma reflexão do nosso papel nesta vida que nos foi dada, buscando ser aquele que idealiza e não a ideia, o que causa o impacto e não o que o espera chegar de braços cruzados, o que enxerga propósito em suas pequenas ações, que busca sua melhor versão para ser inspiração aos outros.

Los Angeles – Margot Robbie e Ryan Gosling divulgando o filme ‘Barbie’

O filme da Barbie é muito mais do que um filme, do que uma crítica ou do que uma análise sociocultural. Ele causa em cada uma que está sentada naquelas cadeiras do cinema, que um dia já foram crianças mulheres, sentimentos que elas nunca acreditaram serem capazes de sentir. A cada lágrima que escorre no rosto de, uma vez criança, tem-se uma afirmação: “Eu não sei como me sentir”. A Barbie traz à tona o sentimento de incerteza a partir do momento em que as emoções mais humanas são afloradas por meio de memórias e vivências que são, na prática, o que é viver – ou pelo menos como estamos vivendo, seja esta a maneira correta ou não.

“Existencialismo” é a palavra-chave que permeia a narrativa de uma história de um produto que, no fim, é mais um reflexo social do que propriamente algo comercial. E quantas vezes nós mulheres não nos sentimos produtos de uma sociedade fundamentada e liderada por homens? Um produto que busca incansavelmente sua perfeição, mas que, ao final do dia, é (sempre) insuficiente. E a vida lhe dá segundas, terceiras, quartas chances de melhorar dia após dia (não porque você quer por livre-arbítrio, mas porque se é cobrado isso) em busca da utópica perfeição, e você a persegue, mesmo sabendo que tal padrão não é mundano.

A liderança masculina traz consigo a priorização de interesses próprios e, mais do que isso, o escudo social de todas as suas ações serem aceitas e protegidas pelo simples fato de “ser homem”. “Ser mulher” não permite expressar seus sentimentos sem sinônimo de fraqueza, ser respeitada e reconhecida, errar e ser perdoada. “Ser mulher” é ser menos – e a Barbie tenta nos mostrar como podemos ser mais, muito mais.

Sabemos que a vida não é uma só, mas temos de aproveitar cada segundo desta que estamos vivendo agora. E viver é poder. Poder ser diferentes versões suas, poder se tornar quem quiser, conquistar o que sonhar. “Ser mulher” é poder. Poder tentar e errar, poder se arriscar e aventurar, poder falar o que pensa e ser ouvida.

Igualdade caminha lado a lado do existencialismo na narrativa, a partir do momento em que se entende que, no fim do dia, independentemente de gênero, todos são seres tentando encaixar suas peças nas dos outros por meio de suas relações pessoais e, mais do que isso, buscando incansavelmente a resposta para as perguntas: para o que eu fui feito? Qual o meu propósito? Qual o meu destino? Quem eu sou hoje em dia e quem eu quero ser daqui 10, 15, 50 anos? O que construirá meu caráter e como transbordarei minha personalidade e ideais para os outros? Como eu quero ser visto, e será que quero mesmo ser visto?

Somos feitos de pontos de interrogação, mas temos potencial de sermos o que quisermos. Cada dia melhor. A luta é “apenas” pela mesma oportunidade de (simplesmente) SER.

Kenought = Ken suficiente?

Cláudia Santos

O Espiritismo, revivendo os exemplos do Cristo, destaca-se por reconhecer integralmente a igualdade absoluta de direitos entre o homem e a mulher e nos ensina que somos Espíritos imortais, podendo reencarnar como homem ou mulher, dependendo das nossas necessidades evolutivas.

O livro dos Espíritos foi a primeira voz que se levantou em defesa dos direitos da mulher no meio cristão. Kardec, profundo conhecedor dos ensinamentos e dos exemplos de Jesus com as mulheres, perguntou aos Espíritos Superiores: “São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?” A resposta dos Espíritos foi clara e concisa:“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?” (questão n. 817).

Assim como Barbie, o namorado da boneca mais famosa do mundo, Ken, também vive lá os seus conflitos. Afinal, ele nunca foi ninguém na história criada para ele, a não ser o namorado da Barbie. Ao mesmo tempo em que ela foi criada para mostrar que a mulher poderia ser o que ela quisesse – veterinária, jornalista, esportista e muito mais –, Ken era apenas aquele apaixonado pela Barbie que tudo fazia por ela e ponto.

No filme, Ken tenta recuperar de certa forma a história do mundo, na qual a mulher sempre foi dominada pelo homem, tornando essa relação patriarcal, mas, no final, ambos chegam ao caminho do equilíbrio, com ele próprio descobrindo que poderia ser ele mesmo, o que lhe rendeu uma camiseta com os seguintes dizeres: “kenought” (enought, suficiente). O “não façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam” fecha bem o filme, quando ambos percebem seus erros e decidem seguir um outro caminho.

Respondendo, ambos e todos nós telespectadores, sobre “qual o sentido da vida? Para que estamos aqui?”, lembramos que o Espiritismo nos mostra que é o progresso do Espírito, esteja ele na condição de encarnado ou desencarnado. Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar. Esta é a Lei. Até atingir a perfeição. A Barbie, o Ken e cada um de nós.

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