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Parentalidade: jornada do desenvolvimento humano

Afinal, o que é parentalidade? O conceito vem sendo amplamente utilizado para descrever o conjunto de atividades realizadas pelos adultos-referência de crianças e jovens no seu papel de assegurar sua sobrevivência e seu desenvolvimento pleno. A palavra “parentalidade” é uma derivação do termo original em inglês “parenting”, que na tradução livre quer dizer “paternidade”. Pode ser descrita também como os cuidados que os pais devem ter com seus filhos para favorecerem o desenvolvimento saudável, seja ele físico, mental ou intelectual. Trata-se de um exercício diário, pois a criança atravessa várias fases de desenvolvimento até tornar-se adulta.

A parentalidade vai além da mera criação de filhos. É um processo complexo e dinâmico que envolve amor, cuidado, responsabilidade, educação e muito mais. É a jornada de acompanhar o desenvolvimento de um ser humano, desde a infância até a vida adulta, com todos os desafios e as alegrias que isso implica.

O que abrange?

  • cuidados básicos – garantir segurança, alimentação, higiene e saúde da criança;
  • educação – transmitir valores, conhecimentos e habilidades para que a criança se torne um adulto responsável e autônomo;
  • amor e afeto – demonstrar carinho, atenção e apoio à criança, criando um ambiente seguro e acolhedor;
  • limites e disciplina – ensinar a criança a seguir regras e a lidar com frustrações, de forma justa e respeitosa;
  • estímulo ao desenvolvimento – incentivar a criança a explorar o mundo, aprender e desenvolver suas habilidades físicas, emocionais e sociais.

A parentalidade tem um impacto profundo na vida da criança, visto que influencia seu desenvolvimento físico, emocional, social e psicológico, moldando quem ela será como adulto. Ser pai ou mãe é um processo contínuo de aprendizado. Não existe uma fórmula mágica para ser um bom pai ou mãe, e cada família é única. O importante é estar disposto a se dedicar, aprender com os erros e buscar sempre o melhor para o filho.

Alguns desafios:

  • conciliar trabalho e vida familiar;
  • lidar com as diferentes fases de desenvolvimento da criança;
  • estabelecer limites e disciplina de forma positiva;
  • comunicar-se de forma eficaz com a criança;
  • manter um relacionamento saudável com o outro responsável pela criança.

Recursos para auxiliar na parentalidade:

  • livros e artigos sobre educação infantil;
  • palestras e workshops sobre parentalidade;
  • grupos de apoio para pais e mães;
  • psicólogos e pedagogos especializados em educação infantil.

Parentalidade é um compromisso de amor, dedicação e responsabilidade. É um processo desafiador, mas também gratificante, que molda o futuro da criança e da família.

Lembre-se:

  • não existe um modelo único de parentalidade. O importante é encontrar o que funciona melhor para você e sua família;
  • cada criança é única e tem suas próprias necessidades. É importante estar atento às individualidades do seu filho;
  • ser pai ou mãe não significa ser perfeito. Todos cometemos erros. O importante é aprender com eles e buscar sempre o melhor para seu filho.

A psicóloga Elida Garbo Guedes (2024) explica: “exercer a parentalidade será sempre uma construção; a cada fase do desenvolvimento do filho, esse conjunto de comportamentos será exercido de maneira diferente. Ser pais de um bebê de um mês é bem diferente de ser pais de um bebê de um ano, de uma criança de quatro anos ou de um adolescente de treze anos. Pouco a pouco os filhos vão crescendo, desenvolvendo autonomia e independência e passam a não mais aceitar tudo o que foi decidido pelos pais sem questionar ou entender os porquês, e assim os conflitos podem surgir. É um imenso desafio e não existirá resposta pronta ou mágica para solucionar as infinitas questões que podem surgir. A cada nova fase do desenvolvimento do filho novas habilidades serão necessárias aos pais para construir e manter uma relação saudável com os filhos. Para exercer a parentalidade de forma saudável, é importante que se comece a refletir sobre como deseja ser pai e/ou mãe muito antes da gestação acontecer. Planejar ter um filho perpassa em antes pensar em como se visualiza como pais, quais valores pretende transmitir a seu filho, como pretende construir e manter limites, como manejará comportamentos inadequados. Todos esses aspectos devem ser construídos em conjunto pelo casal”.

Segundo psicólogos, pediatras, e educadores, fazem parte das práticas parentais aquelas que são consideradas positivas para seus filhos e outras consideradas negativas para o desenvolvimento infantil.

A parentalidade positiva, também conhecida como disciplina positiva, tem como base a firmeza e a empatia, e não é uma questão de comando, e sim de orientação. Combina diversos fatores como gentileza, amor carinho, com limites e diálogos apropriados. Ao contrário das práticas parentais negativas.

Práticas positivas

1. Amor e afetividade:

  • demonstrar amor incondicional por meio de abraços, beijos, palavras de carinho e elogios frequentes;
  • criar um ambiente familiar seguro e acolhedor, onde a criança se sinta amada e aceita;
  • dedicar tempo de qualidade para brincar, conversar e interagir com a criança.

2. Comunicação aberta e respeitosa:

  • escutar atentamente e com empatia as necessidades e os sentimentos da criança;
  • estimular o diálogo aberto e honesto, criando um canal de comunicação livre e sem julgamentos;
  • ensinar a criança a expressar seus sentimentos e suas necessidades de forma assertiva.

3. Limites claros e consistentes:

  • estabelecer regras e limites claros e adequados à idade da criança;
  • ser consistente na aplicação das regras, evitando punições arbitrárias ou inconsistentes;
  • explicar os motivos das regras e as consequências de seu descumprimento de forma clara e compreensível.

4. Disciplina positiva:

  • utilizar métodos de disciplina que ensinem e orientem a criança, em vez de punir;
  • enfatizar as consequências naturais das ações da criança, promovendo a responsabilidade e o aprendizado;
  • incentivar a resolução de conflitos de forma pacífica e cooperativa.

5. Estimulação e apoio:

  • oferecer oportunidades para a criança explorar seus interesses e desenvolver suas habilidades;
  • incentivar a criatividade, a autonomia e a autoconfiança da criança;
  • celebrar as conquistas da criança e oferecer apoio em suas dificuldades.

Práticas negativas

1. Violência física ou psicológica:

  • agredir a criança de qualquer forma, seja física ou verbalmente;
  • humilhar, ameaçar ou intimidar a criança;
  • utilizar castigos corporais ou qualquer forma de punição que cause dor ou sofrimento.

2. Falta de disciplina:

  • permitir que a criança tenha comportamentos inadequados sem nenhuma orientação ou consequência;
  • ser inconsistente na aplicação das regras, criando um ambiente confuso e inseguro;
  • não estabelecer limites claros para a criança.

3. Controle excessivo:

  • restringir a liberdade da criança de forma excessiva;
  • tentar controlar todos os aspectos da vida da criança;
  • não permitir que a criança tome suas próprias decisões.

4. Excesso de críticas:

  • criticar constantemente a criança, focando em seus erros e falhas;
  • fazer comparações negativas com outras crianças;
  • diminuir a autoestima da criança com palavras negativas.

5. Ausência de afeto e carinho:

  • não demonstrar amor e afeto pela criança;
  • ser frio, distante ou indiferente às necessidades da criança;
  • negligenciar o cuidado físico e emocional da criança.

Parentalidade e Espiritismo: uma jornada evolutiva conjunta

No Espiritismo, a parentalidade transcende a mera responsabilidade biológica, assumindo um papel fundamental na jornada evolutiva de pais e filhos. A família é vista como um núcleo de aprendizado e crescimento mútuo, em que laços afetivos e responsabilidades se entrelaçam.

Abordagens essenciais:

  • laços eternos – a Doutrina Espírita reconhece que os laços familiares são construídos ao longo de diversas existências. Filhos e pais não se escolhem por acaso, mas se reúnem em um grupo familiar para auxiliar no aprendizado e progresso espiritual de todos;
  • a Lei de Causa e Efeito – as experiências vividas dentro da família, sejam positivas ou negativas, são frutos de ações passadas. A compreensão dessa lei nos permite lidar com os desafios com mais resiliência e buscar a superação de padrões cármicos;
  • amor incondicional – o amor fraterno e a compaixão são pilares fundamentais da educação espírita. O amor incondicional aos filhos, mesmo diante de erros e desafios, é essencial para o desenvolvimento de um ambiente familiar saudável e acolhedor;
  • diálogo aberto e honesto – o diálogo franco e respeitoso é fundamental para uma relação familiar saudável. Pais e filhos devem se sentir à vontade para expressar seus sentimentos e necessidades, criando um ambiente de confiança e compreensão mútua;
  • educação espiritual – a educação espírita vai além da mera instrução moral e religiosa. É um processo contínuo que visa ao desenvolvimento de valores éticos, do autoconhecimento e da responsabilidade individual.

 

Referências

EMMANUEL (Espírito). Pão nosso. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Brasília, DF: FEB, 1950. (Coleção Fonte Viva, 2).

GUEDES, Elida Garbo. O que é parentalidade? 2024. Disponível em: https://materonline.com.br/o-que-e-parentalidade/. Acesso em: 24 mar. 2024.

KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 131. ed. Brasília, DF: FEB, 2013.

PERRY, Philippa. O livro que você gostaria que seus pais tivessem lido. Tradução de Guilherme Miranda. São Paulo: Fontanar, 2020.

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