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irSandra Marinho
Muito se fala em paz. Paz mundial, paz interior, paz no lar. Enfim! O tema paz faz parte do nosso dia a dia, e se prestarmos bem atenção, todos os dias ouvimos alguma alusão sobre a paz. Acredito mesmo que estamos sempre em busca dela. Afinal, quem aguenta ou pode se manter são num clima constante de total desarmonia, de ódio, de desrespeito e desesperação!
De algum modo, mesmo que instintivamente, cada pessoa desenvolve o seu jeito de amenizar as turbulências da vida e encontrar um momento de paz. No entanto, o que raramente se faz é se perguntar sobre o modo mais eficaz de conseguir um pouco de paz nas agruras da existência. Certamente, alguns poderão responder de algumas formas, como, por exemplo: “basta eu mudar de emprego e estarei sossegado”; “se meu chefe sumir, aí, sim, terei paz”; “se eu me separar de meu marido, estarei em paz”; “quando as crianças crescerem”; “quando pagar as dívidas, aí, sim, conseguirei ter paz na vida”.
E assim, são muitas as condições que enumeraremos para obter a tão sonhada paz. Observem que mencionei “condições”, ou seja, só consigo algo se outro algo me acontecer. E como toda condição não depende só de nós, mas de outro ou de nós mais alguém, normalmente, impomos como condição aquilo que não está somente no nosso domínio alcançá-lo. Desse modo, o que normalmente ocorre? Frustração, pois ao passo que não está somente sob a minha responsabilidade conseguir, as chances de não conseguir são praticamente 100%.
Voltemos à paz. Ter paz é sensação que pertence ao indivíduo, é antes de tudo um sentir. Podemos estar num lugar que transparece paz, cheio de energias positivas, mas se trazemos no coração o ressentimento, a mágoa, o ódio ou a desconfiança, não estaremos em paz.
Outra razão que impede fortemente que nos sintamos em paz é a falta de perdão. Pensem numa guerra. Os países envolvidos não estarão em paz, mas basta que seus dirigentes se resolvam pelo término dela, assinando um acordo, e os países selarão a paz entre eles. Em tese, foi necessário, nesse caso, que um país perdoasse o outro, ou seja, as causas que justificaram o início do combate.
O perdão está na base das boas relações. Relevar incidentes, perdoar as ofensas, superar as diferenças de pontos de vista, são algumas formas de perdão. Em O Evangelho segundo o Espiritismo, o perdão é abordado em várias lições. No Capítulo X, “Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos”, item 3, encontramos a seguinte passagem escrita por Matheus cap. XVIII, v.15, 21 e 22: “Se vosso irmão pecou contra vós, ide lhes exibir sua falta em particular, entre vós e ele; se ele vos escuta, tereis ganho o vosso irmão. Então Pedro, se aproximando, lhe disse: Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão, quando ele houver pecado contra mim? Será até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Eu não vos digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes”.
Jesus, por meio de seus ensinamentos, objetivava mostrar aos homens os meios de se praticar o amor do Pai Misericordioso. Sendo assim, viver de acordo com a Lei de Amor significa viver em paz. Em paz consigo, em paz em relação ao próximo. Portanto, perdoar é um meio de viver em paz em consonância com a lei maior que é o amor.
Num episódio da vida de Chico Xavier, segundo relato de Fernando Worm transcrito no livro Lições de sabedoria, de autoria de Marlene Nobre, capítulo I, “A dor e o bálsamo”, um homem busca o médium com a seguinte queixa: “Detesto a minha mãe desde criança, principalmente depois que ela se casou pela segunda vez. Tenho 27 anos, não consegui concluir o ensino básico, não consegui emprego fixo. Sempre me saio mal no relacionamento com as mulheres […]. Chico então pergunta: ‘Sua mãe maltratou você alguma vez?’ Ao que o rapaz respondeu ‘Não muito’. Chico então disse: ‘Dê-me então o seu nome e endereço e o de sua mãe. Vou orar por ambos. Você deve perdoar para sair deste campo negativo de pensamento […]’”.
Percebam que a vida do moço não fluía. Ele não conseguia levar avante nenhum processo de melhoria e de desenvolvimento porque não tinha paz. Nutria raiva de sua mãe, não a aceitava, não perdoava por ter se casado em segunda núpcias. Certamente, ele vivia um clima de conflito interior e de frustração. Perdoar foi o remédio sugerido por Chico.
Mais adiante, no mesmo livro, e em outro encontro com Fernando Worm, durante a distribuição de presentes natalinos a uma multidão de mais de cinco mil pessoas que se amontoavam na véspera de Natal em Uberaba, ao relembrar o ataque da bomba atômica de Hiroshima, Chico faz o seguinte comentário: “Outro dia, uma pessoa de fé umbandista dizia-me que os Espíritos da Umbanda pedem ao médium um colar e o médium dá”. No Kardecismo, dizia a pessoa, que a solução dos problemas custa muito. E essa era a diferença entre uma e outra. Então Chico respondeu: “Perdão; no kardecismo, os Espíritos nos receitam tolerância, perdão e aceitação, e cada um destes pedidos é apenas uma conta no infinito colar da Eternidade”.
Pensemos nisso…