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irTalvez você estranhe a pergunta que vou fazer para a nossa reflexão: para quem você abre o portão ou a porta de sua casa? Certamente alguns responderão: “Ora, para as pessoas convidadas!” Outros ainda poderão responder: “para os familiares, amigos e outras pessoas que conheço”. Finalmente, outros pensarão: “ora, só deixo entrar na minha casa quem eu quero que entre!” Seja qual for a sua resposta, de uma coisa tenho certeza: só entra na sua casa quem tem a sua permissão ou de outras pessoas que também moram ali.
Com essa indagação, quis provocá-lo. Afinal, todas as respostas demonstram a certeza de que estamos no domínio de nossas moradias e que ali adentram somente os que deixamos entrar. E se acaso somos surpreendidos com alguém dentro de nossa casa, sem ter sido convidado e que não conhecemos, tratamos logo de avisar a Polícia.
Agora uma segunda pergunta: por que será que, em relação à nossa moradia interior, lá onde vivem os nossos sentimentos e pensamentos mais recônditos, costumamos ser relapsos? Frequentemente, somos negligentes e deixamos as portas da nossa casa interior aberta e, às vezes, até as janelas deixamos escancaradas. Permitimos que pensamentos alheios e estranhos adentrem o nosso mundo íntimo, contaminando os nossos sentimentos e azedando a nossa integridade. E isso é tão grave que Jesus nos alertou há quase dois mil anos, quando recomendou: “Orai e vigiai”. Ele sabia que deveríamos ser sentinelas e contar com guardiões da esfera superior para guardar a nossa alma! Ele sabia o quanto somos capazes de nos prejudicar e prejudicar os outros quando nos distraímos na atenção que passamos dar às visitas indesejáveis e intrometidas no seio de nossas almas.
Vou contar um episódio da vida real para ilustrar o que estou dizendo. É sobre uma moça, a Nádia, que tem o hábito de permanecer grande parte do tempo ensimesmada. Aliás, cabe esclarecer que, ao contrário do que muitos pensam, o fato de estar ensimesmado não significa que estamos sós com os próprios pensamentos, mas, sim, que estamos em constante troca de impressões com outras mentes que se ligam às nossas por algum tipo de afinidade. E é aí que está o perigo. Nesse estado de espírito, deixamos abertas as portas do pensamento e outras ideias passam a se misturar às nossas.
E não é só quando estamos ensimesmados que corremos esse risco. Nos dias atuais, é comum ficarmos conectados em frente às telinhas (celular, tablets etc.) absorvendo uma enxurrada de pensamentos, opiniões e juízo de valor que definitivamente não nos pertencem, mas encontram acolhida em nossa intimidade, interferindo para o bem e para o mal no nosso comportamento e em nosso caráter.
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Voltando à Nádia, ela já possui certa dose de baixa autoestima e, com certeza, não é ficando ociosa e ensimesmada horas a fio que conseguirá se ver como realmente é, com todo o seu potencial de crescimento. Dessa forma, tem dificuldade de conseguir emprego, visto que precisa se imbuir de coragem para passar por processos seletivos e ouvir “não” muitas vezes até conquistar o emprego. Um dia, ela conseguiu e ficou muito feliz pela conquista.
Começou a trabalhar e se sentia motivada, apesar da função simples de auxiliar de limpeza num prédio de escritórios. Animada nos primeiros dias, fazia planos para o futuro, pensava em pagar os estudos com o salário, enfim! Também se sentia bem, porque os colegas e a supervisora a tratavam bem, porém os dias foram passando e, antes de completar a terceira semana no emprego, já não se mostrava tão animada. Chegou mesmo a faltar no trabalho sem motivo de saúde aparente. E quem perguntasse como foi o dia no trabalho, respondia reclamando dos colegas, que estes falavam mal dela, que ela havia ouvido cochicharem sobre ela e que soube de uma reclamação sobre a tarefa que realizou num determinado local.
Enfim! Já não contava com o mesmo vigor do início, e sua preocupação principal passou a ser o que estavam falando ou pensando dela no local de trabalho. Nádia se fechou completamente. No ambiente de trabalho, não falava com ninguém e fazia de tudo para não encontrar ninguém no horário dos intervalos. Ao final do primeiro mês, procurou o RH da empresa e pediu demissão.
Quantas vezes agimos como a Nádia? Quantas vezes, damos ouvidos aos palpites, às críticas, insinuações e afirmações de que não somos capazes, de que não adianta tentar, de que não somos inteligente o bastante etc. E nós sabemos bem que pensamentos dessa ordem são reforçados pelos Espíritos desencarnados que, por alguma razão, torcem pelo nosso “fracasso”, pela nossa infelicidade em represália dos prejuízos que lhes causamos em outras existências. Tudo isso vai contaminando o nosso eu, simplesmente porque escancaramos as portas e as janelas da alma sem nenhum cuidado, deixando que os pensamentos de terceiros se estabeleçam, confundindo-se com os nossos! Orar e vigiar. Vigiar os nossos pensamentos, selecioná-los e orar pedindo aos mentores e aos nossos protetores espirituais que nos inspire, nos alerte e nos ajude a ter discernimento para perceber os tipos de pensamentos que estamos agasalhando, alimentando e tratando como visitas ilustres ao invés de bani-los de vez.