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irQuem de nós já não ficou ressentido com alguém? Quem já não se magoou? Se até o nosso Chico Xavier já se magoou com uma vizinha, que, pensando estar lhe fazendo um bem, envenenou um cãozinho muito doente que dava muito trabalho, na intenção de aliviá-lo de tão cansativa obrigação, imagine nós que não lhe alcançamos a mínima parte das virtudes que ele já possuía?
Outro dia, eu mesma quase caí nas “garras” do ressentimento”, devido a um fato corriqueiro, por conta de má interpretação em diálogo por mensagem no WhatsApp, mantido com uma pessoa muito querida. Aliás, hoje em dia o que não faltam são os mal-entendidos nos diálogos das redes sociais! Tomou um vulto inimaginável devido à velocidade com que se espalham opiniões e o disse me disse. Sem contar o volume de opiniões díspares sobre a mesma conversa.
Com o advento do home office, as comunicações de trabalho parecem mais categóricas em relação ao que se fala ou ao que se escreve. Embora tudo se dê a distância, as pessoas são atingidas mais de perto. Já pensaram nisso? Notem que quando alguém se coloca, quer por vídeo, áudio ou por escrito, deixa de estar sendo “ouvida por inteiro”, pois outras formas de se comunicar se perdem na comunicação on-line. Daí não precisa de muito para ser mal interpretado, terminando muitas vezes em mágoa e descontentamento entre os atores comunicantes.
Nesse cenário, vemos aumentar o número de ressentidos em todos os círculos das relações humanas. Penso ser este um dos legados ruins da pandemia. Muita gente acabou se magoando ou sendo magoada por causa da comunicação parcial a que todos tivemos de nos adaptar. Vai levar um tempo para nós aprendermos a “ler certo por linhas tortas”.
No entanto, o ressentimento e a mágoa são sentimentos inerentes ao ser humano, desde sempre. Filho do egoísmo, do orgulho e da presunção, porque quem não é egoísta, não pensa em si em primeiro plano, tem um pensamento e comportamento coletivo, e assim, tem facilidade de relevar uma ofensa ou crítica, porque tem a capacidade de analisar o outro e atenuar a carga negativa deste em relação a ele.
Já o humilde tem percepção de si, é ciente de seus defeitos, suas fraquezas e ao ser ofendido ou criticado, tem a capacidade de verificar se há alguma veracidade ou se faz sentido de algum modo o que está sendo dirigido a ele. E se percebe que não procede, ou procede em parte, não se melindra, porque trabalhou o seu orgulho que não se fere facilmente.
Obviamente estamos caminhando, há muito tempo, para a conquista dessas virtudes, mas, por enquanto, nos melindramos e nos ressentimos. E o que fazer? Podemos começar fazendo coisas práticas como algumas das sugestões deixadas por André Luiz no livro Sinal verde, de psicografia de Chico Xavier. Por exemplo:
“Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.
Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.
Muitas vezes, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estudá-la.
Quem reclama, agrava dificuldades.
Melindrar-se é um modo de perder as melhores situações.
Não se aborreça, coopere.
Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro.”
Percebam que todas as dicas de André Luiz remetem claramente ao exercício de humildade, que leva à compreensão, à serenidade e ao entendimento em nível muito superior àquele que possuímos quando nos ressentimos. Quando estamos tomados pelo ressentimento, perdemos a capacidade de raciocinar com outros parâmetros de pensamentos, e isso ocorre porque estamos embotados pelo monoideísmo, tangidos somente pela ideia de que fomos humilhados, preteridos, incompreendidos etc. Ao passo que, na medida em que nos desprendemos do nosso eu, alçamos novas ideais, novos patamares de pensamentos que surtirão efeito medicamentoso para a nossa mágoa.
Por vezes a gente fala muito, expressamos o que se passa no nosso pensamento sem intenção de magoar quem quer que seja. Porém, nem todos estarão no clima, vamos dizer assim, de receber numa boa o que dissermos. E daí, estaremos preparados para ouvir a réplica? Pensemos que nós também somos assim, nem sempre estamos abertos às outras opiniões, às vezes não estamos dispostos a mudar paradigmas e acabamos, sem querer, magoando outras pessoas. Pensemos nisto.
Fonte: Livro Sinal verde
Sobre a autora
Sandra Marinho é palestrante do Grupo Espírita Cairbar Schutel e apresentadora do programa Portal de Luz.