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ir“Manhêêê, cadê o meu livro?”
“Tô com fome!!!”
“Não façam barulho porque eu vou entrar em reunião!!!”
Frases assim são exemplos da complexidade da relação entre pais e filhos vivida nesse período de confinamento devido à pandemia do novo coronavírus. Foi um convívio mais intenso que desafiou muitos pais na busca de uma rotina equilibrada. O fato de o lar virar, de uma hora para outra, escritório, escola, parque, de ter que comportar todas as demandas da rotina corriqueira de uma família, principalmente com crianças, fez com que as relações tivessem de ser reinventadas.
Em um momento de maior tensão, é comum olharmos somente para aquilo que perdemos e não repararmos nos ganhos. Nesse caso do confinamento, mesmo com toda a dificuldade das aulas on-line, de fazer as crianças gastarem energia suficiente para não ficarem entediadas ou agitadas, veio também a possibilidade de um olhar mais próximo dos adultos para os seus pequenos. A necessidade de todos compartilharem as tarefas domésticas, de se organizarem nos horários, nos espaços físicos divididos, trouxe uma cumplicidade que muitas vezes não seria obtida em condições normais.
Pais com uma vida profissional mais atribulada e que não acompanhavam seus filhos em suas dificuldades ou até mesmo em suas atividades de lazer diários conseguiram estar mais próximos e atentos às necessidades dos filhos, estreitando a relação. Foi uma grande oportunidade de se rever conceitos muito importantes como o de família, amor, paciência, tolerância, união, parceria, cumplicidade, resiliência, entre outros, principalmente porque a situação era difícil para todos.
Sabemos, através de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, no cap. IV, que os laços de família não são aleatórios. Nascemos no núcleo familiar necessário para que vivamos as experiências cabíveis para o nosso desenvolvimento nesta encarnação, onde teremos a chance de lidarmos com as nossas mazelas, muitas vezes trazidas há séculos. Essas relações nos tiram da zona de conforto, trazendo-nos a convivência com pessoas muito diferentes de nós, seja para o aprimoramento delas, nosso ou de ambos. O que precisamos aprender, entender e viver com nossos filhos?
Podemos refletir ainda através da trajetória evolutiva das reencarnações que os pequenos que nos são confiados como filhos são Espíritos que trazem sua bagagem evolutiva e que desenvolverão uma personalidade e características necessárias para o seu aprimoramento nesta encarnação. Assim como cada um de nós.
Se pudermos olhar para cada membro de nossa família como um irmão na jornada evolutiva que merece espaço e respeito para o seu pleno desenvolvimento, seremos mais tolerantes e mais capazes de amar, apesar das diferenças.
Encerro com a proposta de um novo olhar para essa relação entre pais e filhos, mantendo-se todas as conquistas positivas vividas nesse período e transformando tudo aquilo que foi ruim em aprendizado e reflexão. Dessa forma, poderemos verdadeiramente virar a página desses dias difíceis em nossas vidas e assim lembrarmos mais de frases, como:
“Pai, você é tão legal!”
“Mãe, eu te amo!”
“Vem brincar comigo!”
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Celi Faria Mareuse é psicóloga.