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irCreio que todos os que nos leem sabem ou já ouviram falar sobre “reforma íntima”, cujo significado é realizar uma série de mudanças decorrentes da revisão do que somos e do que precisamos fazer para nos tornar pessoas melhores e coerentes com o roteiro deixado por Jesus no Evangelho. Como toda reforma, se dá por meio de um processo constituído por etapas com o alcance gradativo de metas que impomos para nós, englobando todas as relações, seja conosco, seja com ou outros. Nesse patamar está o modo como nos relacionamos com a natureza e o meio ambiente.
Deus nos concedeu este planeta maravilhoso para servir de morada por tempo determinado. E como temos tratado a nossa mãe Terra? Temos sido exemplo a ser seguido por nossas crianças nesse quesito? Certamente muita coisa já mudou. Ao longo dos últimos anos, vimos surgir movimentos mundiais em defesa ao meio ambiente, de proteção à flora e à fauna. Hoje contamos com leis de proteção ambiental e voltadas para o desenvolvimento sustentável. No entanto, o êxito de todas essas iniciativas depende da conscientização de cada um de nós.
Como desenvolveremos o amor ao nosso próximo se ainda tratamos com tanto descaso o nosso planeta e seus habitantes dos reinos vegetal e animal? Como imaginar que passaremos à condição de mundo regenerado, se nós mesmos não nos regeneramos? Decididamente, temos que desmitificar a ideia de que não podemos fazer nada, já que a maioria não se importa com o meio ambiente, e aí se incluem os poderosos, que usurpam os recursos naturais em seu próprio interesse ganancioso.
Também é falaciosa a crença de que esse tema diz respeito tão somente aos ambientalistas e aos ativistas de várias frentes em defesa da natureza e do meio ambiente. Na nossa intimidade, não raro ignoramos as regras mínimas de civilidade nesse sentido. Não cuidamos do nosso lixo, usamos água e energia elétrica sem consciência, e não denunciamos aos órgãos competentes as irregularidades ou infrações em relação ao meu ambiente, incluindo os animais.
Pensar que muitas vezes acabamos sendo coniventes, com ações danosas à preservação da natureza, quando, por exemplo, criamos passarinhos em gaiolas, adquirimos ou conhecemos alguém que comprou ou conseguiu por outras vias animais silvestres, alguns em perigo de extinção, entre tantas outras atitudes às quais deveríamos combater.
Tudo é equilíbrio na Criação Divina, e não podemos dispor a nosso bel-prazer daquilo que foi criado de modo a garantir o equilíbrio e a vida abundante.
Em O livro dos Espíritos, a resposta à questão n. 713 deixa evidente a nossa responsabilidade no que tange ao uso dos recursos naturais: “Traçou a Natureza limites aos gozos? R: Traçou, para vos indicar o limite do necessário. Mas, pelos vossos excessos, chegais à saciedade e vos punis a vós mesmos”.
Muitos ainda não entendem a importância dos animais para o nosso ecossistema e para o equilíbrio planetário, mas, já na Idade Média, o jovem Francisco de Assis, que renunciou à sua vida de facilidades para ensinar e vivenciar o amor ao próximo, exemplificado por Jesus, nutria extremado respeito e devoção à natureza e aos animais. Ele chamava a todos os animais de irmãos e irmãs.
Narram seus biógrafos que, em certa ocasião, regressando a Assis, parou na estrada a uns dez quilômetros da cidade. Estava aborrecido com a indiferença de muita gente. Anunciou que provavelmente seria ouvido com mais respeito pelos pássaros. Ele viu uma multidão de pássaros reunidos: pombos, corvos e gralhas. Foi em sua direção, deixando seus companheiros na estrada. Quando estava bem perto das aves, saudou-as: “que o Senhor vos dê a paz”. Surpreendeu-se porque os pássaros não voaram. Mexeram e viraram seus pescoços e ficaram ali, esperando.
Cheio de alegria, Francisco lhes pediu que ouvissem as suas palavras. E discursou: “Meus irmãos pássaros, vocês devem louvar seu Criador. E amá-Lo sempre. Ele lhes dá penas para vestir, asas para voar e tudo de que necessitam. Deus lhes dá um lar na pureza do ar. E, embora vocês não plantem, nem realizem colheitas, Ele mesmo os protege e cuida”. Os pássaros permaneciam estáticos olhando para ele. Ao finalizar sua fala, os abençoou e lhes deu permissão para que voassem a outro lugar, ao que eles atenderam.
Encontramos situações análogas na biografia do nosso contemporâneo Chico Xavier. Em muitas ocasiões ele demonstrou seu grande amor e respeito pela natureza e pelos animais. Quem não se lembra de quando Chico conversou com as formigas de um formigueiro que estava ameaçando a horta que ele cuidava? Ele dialogou com elas pedindo-lhes para que mudassem o formigueiro para o lugar que ele apontava. E não é que o formigueiro se mudou para o local indicado por Chico no dia seguinte?
Inspiremo-nos nesses ícones de puro amor de Deus! Respeitar, cuidar, preservar e defender o meio ambiente é, acima de tudo, um ato de amor.
Pensemos nisso.