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irNo último dia 24 de dezembro, durante o Evangelho no Lar on-line do Grupo Espírita Cairbar Schutel, coube a mim comentar a lição n. 92 do livro Palavras de vida eterna, de Emmanuel e psicografia de Chico Xavier. Sob o título “Solidariedade”, o ensinamento do mentor vai direto, sem qualquer palavra que suavize a verdade sobre nós. Escreve ele:
“Realmente, na Terra, é mais fácil chorar com os que choram. Em muitas circunstâncias, mágoas alheias servem de consolação para nossas mágoas. Quem carrega fardos enormes como que nos estimula a suportar os estorvos leves. Num desastre qualquer, que nos teria colhido, inclinamo-nos, comovidamente, para as vítimas, guardando, muita vez, a ilusão de que fomos agraciados por Deus, como se a responsabilidade de moratórias e empréstimos, que nos são concedidos pela Misericórdia Divina, dentro da Lei, fosse para nós regime de favoritismo e exceção. Ajudar aos que se encontram em provações maiores que as nossas é caridade sublime; no entanto, é forçoso reconhecer que aconselhar paciência aos que choram, na posição de superiores tranquilos, é o mesmo que falar à margem de um problema, sem estar dentro dele”.
Chamou-me a atenção a parte que se refere ao fato de que quando nos livramos de algum mal que acomete outras pessoas, isso pode nos dar a impressão de que somos especiais ou que fomos, de algum modo, merecedores da dádiva que nos livrou do mal. Já pensaram como faz sentido o que Emmanuel escreve?
Todos acompanhamos com tristeza as últimas tragédias decorrentes das enchentes que assolaram muitos municípios do país, principalmente da Bahia, de Tocantins e Minas Gerais, em fins de dezembro e início de janeiro. Eu me peguei no sofá da minha casa assistindo impotente aos noticiários que se reportavam às perdas de vidas e materiais de tantas famílias. Mas como a lição de Emmanuel estava ainda viva na minha lembrança, não consegui agradecer por Deus ter poupado a mim e aos que amo de tamanha catástrofe. Isso porque minha consciência me dizia que qualquer um de nós poderia, sim, passar por tal dor e que ninguém está livre. É essa certeza que nos faz mais solidários e mais empáticos com a dor dos que estão sofrendo.
Embora seja uma premissa desta coluna evitar falar de assuntos pessoais, desta vez vou abrir uma exceção e dar um exemplo do que ocorreu comigo no final do ano, porque essa experiência veio muito a calhar com a lição do Evangelho no Lar da véspera de Natal. Desde o Réveillon de 2010, as festas na minha casa têm reunido com muita alegria grande parte da minha família e amigos, em torno de 50 a 70 pessoas todos os anos. Comemoramos com entusiasmo a chegada do novo ano, fazemos brincadeiras e promessas que no ano seguinte revemos e nos divertimos com os sucessos e também com os fracassos. Enfim! Mas este ano tudo foi diferente. Eu e meu marido, assim como muita gente, contraímos o vírus da gripe influenza H3N2, uma filha precisou se isolar com Covid e a outra também apresentava sintomas da doença. Não havia condições de pensar em festa! Confesso que fiquei triste, pois, afinal, seria o 22º Réveillon na minha casa! Esses exemplos nos mostram que estamos todos aqui no mesmo patamar evolutivo, necessitados de vivências que nos fortaleçam o caráter e que nos ajudem a quitar os nossos débitos do passado. Também não é castigo do Pai, que não pune, mas ensina. Deus nos favorece com experiências que nos prova, e por nos provar, nos fortalece. Com esse pensamento, sobrevivemos a uma passagem de ano, sem glamour, mas, com certeza, nos sentindo mais amadurecidos pela experiência um tanto quanto desconfortável e até dolorosa, inclusive do ponto de vista psicológico. Acho que o aprendizado deixado pela lição se aplica, também, às coletividades, como grupos religiosos e filosóficos, que muitas vezes acreditam que os membros de sua irmandade estão imunes às vicissitudes a que estão sujeitos os pobres mortais, colocando-se na posição de eleitos de Deus. Estão muito enganados, pois perante a lei divina não há privilégios!