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Lidando com o aborto espontâneo

Imagem representando aborto

A gestação, mesmo quando não planejada ou desejada, na maioria das vezes, representa algo bom. Uma nova etapa. Um recomeço. Um início de planejamentos e organizações que são necessários para a chegada de mais um membro na família.

Quando se recebe a notícia de uma gravidez, é inevitável que planos e organizações sejam feitos pelos pais da criança e pela família. Afinal, com ela surge a oportunidade de se fazer a diferença, de, através do novo, oferecer a transformação que desejamos para nós e para o mundo.

E o que fazer quando esses planos são interrompidos abruptamente? Quando algo que ainda nem se sedimentou completamente em nós, mas ao qual já estamos tão vinculados, nos é retirado inesperadamente, sem qualquer aviso ou explicação… Como lidar com esse fato e seus efeitos? Como compreender, aceitar e viver diante de um aborto espontâneo?

Leia também: Humildade como forma de alcançar o equilíbrio

O luto pela perda desse bebê que nem pode se formar é apenas um dos inúmeros sentimentos e pensamentos que inundarão a mente desses pais ao receberem a notícia de que seu embrião ou feto não está mais se desenvolvendo. A busca por uma explicação do porquê justamente o seu bebê não pode, como tantos outros, chegar aos seus braços. A culpa de ter falhado em algum momento. A dor por não poder mais estar com alguém que já se ama tanto. A frustração de tantos planos que foram feitos e não poderão ser concretizados. A vergonha por não ser capaz de oferecer à sociedade a continuação do seu legado como as demais pessoas. A raiva de perder algo que desejava, enquanto tantos têm filhos e não cuidam deles como merecem.

Esse turbilhão de sensações e emoções merece ser amparado, acolhido, vivenciado e, acima de tudo, respeitado. Jamais menosprezado ou desmerecido. Nunca se deve dizer a um casal que eles são jovens e logo vão engravidar de novo. Cada filho é único. Sua perda é dolorosa e deve ser vivida e trazida para a história de vida dessa família.

Período valioso

Sendo a vida única e valiosa desde a sua concepção, pois há um Espírito vinculado a esse embrião, orientando sua formação, esse período, apesar de curto e aparentemente insignificante aos nossos olhos encarnados, é valioso e deve ser respeitado e honrado como tal.

Em Ícaro redimido, do Espírito Adamastor, aprendemos que, muitas vezes, quando alguns Espíritos, devido a suas ações quando encarnados e como repercussões destas após o desencarne, “degeneram o mecanismo de suporte de suas consciências espirituais e correm o risco de mergulhar na inconsciência rumo à pseudomorte ovoidal. Na tentativa de ampará-los, o plano espiritual faz uso da embrioterapia, mais eficaz recurso terapêutico usado em favor, por exemplo, de suicidas em eminência de ovoidização. Visa colocá-los em contato com as salutares energias maternas, a fim de adestrar, convenientemente, seus impulsos autocatalíticos. […] Ao entrar em contato com o útero materno, esgota-se-lhes o impulso contrativo, invertendo-se no sentido da expansão, levando ao refazimento do Espírito”.

Essa é apenas uma das muitas funções terapêuticas que um curto período de tempo no útero materno pode ter. Tanto para o Espírito reencarnante quanto para os demais envolvidos. É por isso que no plano espiritual existe um departamento específico para cuidar desses casos, e ele “se encarrega da cuidadosa seleção daqueles que irão receber esse embrião […], pois dificilmente um Espírito é aceito sem o consentimento, mesmo que inconsciente, de seus pais”. Isso porque, devemos lembrar, essa é uma oportunidade de aprendizados e resgates de todos os envolvidos, não apenas do Espírito submetido à embrioterapia.

Lembrando que para a Espiritualidade não há determinismo, sendo esse apenas um dos muitos exemplos que podem estar envolvidos nas causas de um aborto espontâneo. Visa apenas mostrar que, o que parece simples aos nosso olhos encarnados e à nossa Medicina, limitada em instrumentos de quantificação, é muito mais amplo e com um propósito maior do que somos capazes de dimensionar.

Leia também: O mundo precisa de compreensão para ter paz

Sentimentos nunca são em vão

A única certeza que temos é que podemos responder apenas pelos nossos atos e sentimentos. E todo amor ofertado a esse Espírito, todos os planos futuros, todas as alegrias desejadas a ele, jamais serão em vão. Essas vibrações positivas serão colhidas por ele e utilizadas da melhor forma em sua trajetória evolutiva. E é isso o que todo pai e toda mãe pode desejar para um filho: oferecer a ele o seu melhor, durante o tempo que Seu Verdadeiro Pai, Deus, permitir que ele esteja com eles, pois apenas Deus tem o verdadeiro controle de tudo e de todos. O resto é apenas ilusão que construímos tentando ofuscar o quão difícil é se entregar à certeza do Seu Amor por nós.

O tempo pode ser curto, mas os vínculos de amor e gratidão estabelecidos nessa breve gestação serão eternos. E é essa conexão eterna e viva que trará paz aos corações dos que estão temporariamente separados, na certeza de que o aprendizado, apesar de doloroso, levará à almejada felicidade do Amor Verdadeiro.

Leia também: O que assistimos influencia o nosso pensamento e o nosso modo de viver?

Referência

ADAMASTOR (Espírito). Ícaro redimido: a vida de Santos Dumont no plano espiritual. Psicografado por Gilson Freire. Belo Horizonte: Inede, 2003.

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