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irMuitas são as histórias e lembranças compartilhadas por aqueles que tiveram a alegria de conviver com o nosso querido Chico Xavier quando esteve encarnado entre nós. Sua vida contada em livros e até filme nos toca profundamente, e até os que não são espíritas o respeitam e o admiram pelo enorme legado que ele nos deixou, contabilizado não somente pelos mais de 400 livros psicografados por Espíritos de luz, como Emmanuel e André Luiz, entre outros, mas também pelo seu exemplo de vida.
Talvez tenha sido, ao menos assim considero, o Espírito que mais viveu, desde tenra idade, de acordo com os princípios do Evangelho de Jesus. É impressionante sua lucidez da vida e o que ela significa para todos os encarnados. Acredito que ninguém a viveu tão cristalinamente. Sem dúvida, tivemos muitos irmãos que, na vivência de suas missões, nos deixaram exemplos dignos de ser seguidos. No entanto, Chico Xavier nos trouxe não apenas o conhecimento, mas, principalmente, a prática da vida cristã, em que todas as ações são pautadas no amor divino.
Chico realmente soube viver o amor na sua plenitude. Ele nunca buscou os holofotes para se promover, mas eles o buscavam para registrar os seus feitos. Até hoje, como explicar as filas enormes de pessoas vindas de todos os quadrantes do país e até do exterior que se formavam em frente ao Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, se estendendo por quarteirões? O motivo dessa busca de milhares de pessoas para se encontrem com Chico ia além da expectativa de cura para os seus males e suas necessidades físicas. A maioria não trazia chagas ou doenças visíveis no corpo, mas vinha buscar o pão e o remédio para aliviar a fome e a doença que traziam na alma.
E Chico, esquecido dos males físicos que padecia, doava a todos um pouco do seu manancial de amor puro que tão bem cultivava. E, por mais que doasse, ele o tinha sempre em abundância. Um grande trabalhador na Seara do Cristo!
Entre tantos exemplos de sua vida, que se eternizaram, gosto de lembrar do que nos conta Carlos Bacelli, no livro Chico Xavier: mediunidade e coração. O autor lembra de como era o Natal de Chico Xavier. A grande maioria sabe de algum modo que na época de Natal era intensa a movimentação em torno do médium. Era a distribuição natalina que ele promovia junto com amigos, desde o tempo em que estava sediado em Pedro Leopoldo e depois em Uberaba. Essa atividade natalina inspirou e continua inspirando até hoje muitas casas espíritas de todo o Brasil a promoverem distribuição de gêneros e a prestarem diversos serviços de assistência e desenvolvimento social, fazendo a diferença para muitas famílias, jovens e crianças, não só na época do Natal, mas durante todo o ano.
Na época do Chico, em dezembro, caminhões carregados de gêneros alimentícios, brinquedos, doces, enxovais para recém-nascidos, entre outros itens, chegavam a Uberaba para a grande festa. Mais de quatro mil pessoas, entre adultos e crianças, eram beneficiadas pela distribuição, sem registro de qualquer ocorrência mais deprimente. Na ocasião, o próprio Chico distribuía algum dinheiro aos mais carentes e retribuía o beijo na mão que recebia dos assistidos agradecidos.
Muitos conhecem essa história, mas a grande revelação que nos traz o autor que conviveu com Chico é o fato de que o Natal de Chico Xavier se restringia àquela grande distribuição que envolvia muito trabalho dos voluntários e, principalmente, dele, que dedicava sua atenção especial à grande massa desfortunada que conseguia ter um Natal mais digno por conta daquela ação de fraternidade. Na véspera de Natal, na noite do dia 24, sem que ninguém o visse, e sem alarde, Chico saía acompanhado por reduzido número de amigos para visitar aqueles mais necessitados ainda, que nem sequer tinham condições de se locomover de seus barracos situados no ermo da periferia de Uberaba.
E assim, acobertado pelo manto da noite, percorria vários bairros extremamente carentes de Uberaba, visitando pessoalmente, em nome de Jesus, os doentes, as viúvas, os filhos do infortúnio oculto. Além de levar algum presente para cada um, Chico sentava-se como podia no interior da tapera, contava casos, sorria com eles, lembrava a sua infância, tomava café e, depois de orar, seguia em frente… Poucas pessoas sabem que Chico passava o Natal peregrinando, no exercício pleno de amor ao próximo, no escuro da noite, com pouquíssimas testemunhas de amigos que faziam questão de acompanhá-lo. Um verdadeiro apóstolo de Jesus.
Penso que estamos a anos-luz de alcançarmos essa condição, porém o exemplo desse grande amigo espiritual nos inspira e nos incentiva a prosseguir.
Chico era pleno em Espírito, doce e manso como anunciado no sermão da montanha: “Sedes brandos e pacíficos!”