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irÉ da lei de Deus que vivamos em sociedade, seja enquanto estejamos encarnados ou mesmo desencarnados. É pela experiência que obtemos vivendo em grupos, famílias e comunidades que amadurecemos o nosso desejo de estabelecer valores e atitudes que possam nos auxiliar a conquistar um bom convívio social, com harmonia e paz entre todos. Diante disso, como deve ser a postura do espírita para que essa convivência em sociedade seja coerente com os princípios do Evangelho? Sem dúvida, o ponto essencial será sempre observar o comportamento de Jesus, enquanto esteve entre nós, como maior e única inspiração que possa nos guiar em todos os momentos da caminhada.
No entanto, nem sempre conseguimos traduzir os ensinamentos do Mestre para a nossa própria realidade pessoal. E para nos auxiliar na compreensão das lições de Jesus, a fim de que possamos progredir na jornada, a Misericórdia Divina nos dá valiosas ferramentas ao longo do percurso. Foi assim quando Allan Kardec publicou O Evangelho segundo o Espiritismo, no século XIX, obra que explica e comenta as passagens do Evangelho original com a ajuda da Espiritualidade Superior, para que possamos ampliar o nosso entendimento.
Esse esforço de aprofundarmos o nosso próprio entendimento se faz cada vez mais necessário, mais ainda agora, quando nos encontramos na etapa de transformação do nosso planeta, que se prepara para passar da categoria de mundo de expiação e provas para mundo de regeneração. São tempos que exigem de nós todos os esforços para a pacificação e a harmonia, no Brasil e no mundo.
No capítulo XVII de O Evangelho segundo o Espiritismo, “Sede perfeitos”, encontramos inúmeras informações úteis para essa caminhada. Logo no início, Jesus nos convida: “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. Porque, se somente amardes os que vos amam, que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos?”
Não nos é difícil entender o convite amoroso feito por Ele para todos nós, mas será que temos conseguido colocá-lo em prática no nosso dia a dia?
Jesus nos explica que a perfeição moral que Ele nos pede consiste “em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem”. Ele mostra, desse modo, que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção e que devemos aplicá-la para todos, e não somente para aqueles que pensam ou agem como queremos. Essa é a base segura da pacificação no mundo, que tanto precisamos. O amor que une, compreende e jamais julga ou repele um irmão. Temos conseguido agir assim verdadeiramente?
A conquista desse amor incondicional é sempre o indício da nossa maior ou menor superioridade moral, pois o grau da nossa perfeição está na razão direta da capacidade de amarmos sem restrições, sem impor quaisquer condições.
O capítulo XVII nos explica além, detalhando o que seria o verdadeiro homem de bem e o verdadeiro espírita. Vale a pena a leitura e o estudo dos textos, a fim de podermos observar as nossas próprias atitudes para avançarmos no autoaperfeiçoamento.
Vemos, portanto, nesse capítulo, que o verdadeiro homem de bem é aquele que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade na sua maior pureza. É aquele que interroga a própria consciência sobre seus atos e pergunta todos os dias a si mesmo se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desperdiçou alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez ao outro tudo o que desejaria que lhe fizessem.
Encontramos, ainda, a descrição do verdadeiro homem de bem como aquele que tem fé inabalável em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria. Porque sabe que sem a sua permissão nada acontece.
Esse verdadeiro homem de bem compreende a transitoriedade dos bens materiais, das circunstâncias do mundo e das perdas temporárias da vida, pois somente o que vem de Deus é eterno. Ele faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa, e retribui o mal com o bem. Sacrifica seus interesses pessoais pelo que é melhor para todos, porque seu primeiro impulso é pensar nos outros antes de pensar em si, cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse.
Não faz distinção de raças ou crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros as convicções diferentes das suas e não critica os que não pensam como ele. Não profere palavras malévolas, que possam ferir o outro, que possam causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira. É indulgente com as fraquezas alheias, porque sabe que também vai precisar de indulgência, e tem bem claro na cabeça aquela sentença do Cristo: “Atire a primeira pedra aquele que se achar sem pecado”.
O Evangelho inteiro é o verdadeiro manual prático para a vida, nos auxiliando a entender a melhor atitude para todo e qualquer desafio que se apresente. Infelizmente, a sociedade humana, não tendo jamais compreendido a grandeza das lições de Jesus, criou, ao longo da história, religiões segregadas umas das outras, dogmas e interpretações divergentes que afastaram as lições de Jesus de sua simplicidade original, impedindo assim que suas palavras pudessem exercer o seu papel de harmonizar e pacificar os corações de todos nós. Criou-se, até mesmo, certa resistência ao se falar sobre Jesus, como se fosse algo reservado somente àqueles que professam alguma religião. É importante salientar, porém, que as lições de Jesus são absolutamente necessárias para todos nós, pois Ele veio para nos mostrar como viver em harmonia com Deus, em harmonia com as leis imutáveis que regem todo o Universo, para vivermos em paz uns com os outros.
Concluímos com as palavras do apóstolo Paulo de Tarso, numa mensagem que aparece no capítulo XV, “Fora da Caridade não há salvação”: “Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam”.