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Saibamos avaliar a repercussão das nossas ações antes de nos decidirmos por elas

Tudo o que fazemos gera uma consequência, desde a mais simples e trivial até a mais complexa e de grande alcance. Entretanto, e infelizmente, algumas pessoas não pensam assim, acreditando que suas decisões e atitudes incorretas passam despercebidas e sem consequências.

Afinal uma “negligenciazinha” aqui, um deslize acolá, que diferença faz? Ninguém vai notar mesmo! É como aquela figura da faxineira que varre a poeira para debaixo do tapete. Um dia será descoberta. Devemos estar atentos para não nos iludirmos com as chamadas “gambiarras” que criamos no decorrer de nossas vidas. O resultado desses pequenos ajustes malfeitos pode trazer sérias consequências, causando prejuízos a nós e às outras pessoas. E quem é o responsável pelo malfeito?

Trago aqui esta discussão porque conheço muitas pessoas que poderiam ter evitado muitos transtornos e sofrimentos em suas vidas se tivessem optado pela forma correta de fazer as coisas. Por vezes, bastando cumprir alguns protocolos básicos. Eu chamo esses estados de dores evitáveis. Por exemplo, quem não conhece alguém que teve de arcar com valores elevados para recuperar a energia elétrica da sua casa devido a uma “gambiarra” feita na instalação tempos atrás?

“Melhor optar pelo correto, dentro dos protocolos seguros do Evangelho de Jesus, buscando agir de acordo com a nossa consciência. Nela estão contidas todas as regras de boa conduta e de ética que precisamos observar com cuidado.”

É como a história do mercador que comprou um lindo candelabro para sua casa. Era uma obra-prima, feita de puro cristal e incrustada de pedras preciosas. Custou uma fortuna! A fim de pendurar o maravilhoso lustre, o mercador mandou fazer um furo no forro de sua casa. Através do buraco, deixou o final do cordão pender e nele pendurou o candelabro, enrolando o restante da corda em volta do prego no sótão. Todos que vinham à sua casa admiravam o maravilhoso lustre. E o mercador e sua família sentiam-se muito orgulhosos.

Certo dia, apareceu um garoto pobre, pedindo roupas velhas. Disseram-lhe para subir ao sótão, onde havia peças velhas de vestuário guardadas e servir-se de algumas. Assim fez o pedinte. Recolheu algumas roupas e colocou na sua sacola. Foi então que, após alguns minutos procurando um pedaço de corda para amarrar na sacola, viu um cordão enrolado num prego e com um canivete que trazia no bolso cortou um pedaço. Foi então que se ouviu um grande estrondo, e toda a família correu para o sótão gritando: “Seu idiota! Olhe só o que fez! Cortou a corda e nos arruinou!”

O pobre garoto não podia entender o porquê de tanto rebuliço e disse: “Que quer dizer, ‘arruinei’ vocês? Tudo que fiz foi cortar um pedacinho de corda”. “Seu tolinho!” – replicou o mercador. “É verdade, tudo o que fez foi cortar um pedaço da corda, mas acontece que meu precioso candelabro estava dependurado nela e agora está transformado em centenas de estilhaços!”

Pois é. Simples de entender esses “jeitinhos” malfeitos quando acontecem no plano material de nossa vida, mas saibam que muitos acabam fazendo o mesmo na sua vida pessoal, comprometendo sua lisura moral. Afinal, uma mentirinha aqui outra acolá. Uma falcatrua de vez em quando. Quem vai se dar conta? Não é mesmo?

Não nos iludamos, porém, com as aparências! Fujamos dos “jeitinhos” e sejamos verdadeiros. Melhor optar pelo correto, dentro dos protocolos seguros do Evangelho de Jesus, buscando agir de acordo com a nossa consciência. Nela estão contidas todas as regras de boa conduta e de ética que precisamos observar com cuidado.

Todos passamos pela dor, mas por que agravar os sofrimentos devido à ilusão de termos passado ilesos pelos nossos “jeitinhos” ao longo da vida? Lembremo-nos de que toda ilusão tem prazo de validade.

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