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irNo último mês, o caso do transplante do apresentador Fausto Silva ganhou grande destaque em diversos meios. O assunto do transplante de órgãos, pouco ventilado na sociedade, ganhou uma repercussão natural devido à popularidade do apresentador.
Naturalmente, devem ser descartados todos os boatos e as fake news que, de forma desumana, trataram o fato com informações inverídicas e desrespeitosas com milhares e milhares de pessoas que vivem à espera de um transplante. Nosso foco é outro, pois quando um assunto de grande impacto e importância como este vem à tona, temos que nos fixar na magnitude que tal acontecimento possa promover na sociedade, com reflexões profundas, mudanças de comportamento e de consciência.
Entre as inúmeras publicações e postagens que foram divulgadas recentemente, vale muito a pena ler a entrevista do cardiologista Fernando Bacal, que é diretor do Núcleo de Pesquisas de Transplantes do Instituto do Coração (Incor), realizada pela jornalista Elisa Martins, na edição de 3 de setembro de 2023 do jornal O Globo. O médico responsável que atende o apresentador revela em sua entrevista dados importantes para desmistificar as falácias que, infelizmente, foram propagadas por conta do transplante cardíaco de Fausto Silva. Além do conteúdo informativo, Bacal, com grande sensibilidade e humanidade em suas colocações, nos convida a uma profunda reflexão sobre o tema.
Os relatos de pacientes atendidos por ele, que vão desde o momento da espera pelo transplante até histórias de suas vidas pós-transplante, são de uma delicadeza ímpar. Aí temos a verdadeiro e necessário questionamento que a publicidade do caso do apresentador nos convida, falarmos sobre a vida, sobre sua finitude com a morte física e, principalmente, sobre o amor.
Dr. Bacal conta que o envolvimento com os casos é inevitável e que se sustenta com sua fé em Deus e com momentos juntos de seus familiares, amigos, buscando fazer coisas que gostam. Uma questão emocionante que foi relatada por ele diz respeito à postura dos transplantados, e aí temos um grande ensinamento. Diz ele que os pacientes pós-transplante não estão preocupados com quanto tempo de vida a mais terão, mas, sim, a partir daquele momento, viverem de forma diferente. Ele reforça: “O grande ensinamento dos pacientes é viver o hoje e não perder tempo com coisas pequenas”. Vejamos como é importante refletirmos sobre esse fato e nos perguntarmos: com o que estamos nos preocupando em nossas vidas? Será que é preciso passarmos por uma situação limítrofe com a necessidade de um transplante para aprendemos a dar valor para outras questões em nossas vidas?
A Doutrina Espírita nos apresenta um manancial de informações que se traduzem em um convite à valorização do que realmente é essencial em nossas vidas. Em um dos seus comentários sobre O Evangelho segundo o Espiritismo, grafado no livro O farol de nossas vidas, dra. Marlene Nobre nos ensina: “É preciso que aprendamos a reconhecer o que é perecível e imperecível em nossas vidas”. Na maioria das vezes, passamos grande parte de nossas vidas valorizando, lutando e sofrendo pelas questões perecíveis, geralmente ligadas ao materialismo. Devemos nos perguntar: isso vale a pena?
A entrevista traz ainda dados que valem ser registrados que decorrem da necessidade de ampliação da doação de órgãos em nosso país. Segundo o dr. Bacal, um grande entrave para o aumento de transplantes é que seguimos estacionados em cerca de 45% de famílias que se propõem à doação de órgãos de seus familiares. De acordo com o médico, talvez agora, com o caso do apresentador, esse número possa aumentar. Com mais captações, o número de transplantes poderia até mesmo triplicar, diz o especialista.
Ademais, se tem algo que vale nossa atenção para essa questão dos transplantes de órgãos é a postura das famílias que decidem doar, conforme trata dr. Bacal com uma empatia profunda. Apesar de ser um momento de muita dor uma morte inesperada de um ente amado, a grande maioria dos jovens decidem ser doadores. “O transplante só acontece porque neste desprendimento, em um ato de amor e cidadania, as famílias decidem pelo ‘sim’, à doação”, conclui o médico, que reforça ainda sobre a questão do anonimato necessário e fundamental. Esse trecho final, sobre o ato de amor, deve ser por nós propagado e reforçado. A partir da visibilidade do caso relatado, que ganhou espaço em nossa sociedade, temos a chance de refletir sobre nossa maneira de viver a vida e de podermos expressar nossa postura diante da possibilidade de sermos doadores, sobretudo, conversando em nossos lares, locais de trabalho e nas casas espíritas sobre tão importante questão. Com isso, vivenciaremos os acontecimentos que nos cercam com bases na reflexão sincera e madura, com vistas ao nosso aperfeiçoamento moral que a Doutrina sempre nos convida, aplicando o amor ao próximo em todas as nossas atitudes.
Quer saber o que Chico Xavier disse sobre a doação de órgãos e outros temas? Leia Lições de Sabedoria, da FE Editora, que pode ser adquirido pelos links abaixo: