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A ausência de paz dentro de nós nos impede de alcançar a paz no mundo

Encontramos no livro Pão Nosso, de autoria espiritual de Emmanuel, a mensagem “Tenhamos paz”, que é uma reflexão do benfeitor acerca da citação de Paulo, que nos diz: “Tende paz entre vós” (I Tessalonicenses 5:13).

Ao lermos a frase, nosso coração se ressente muito, pois, passados praticamente 2 mil anos da citação, ainda vivemos em um mundo tumultuado, onde conflitos e guerras parecem não ter fim, como o triste cenário entre Israel e o Hamas.

A mensagem, porém, nos recorda que a paz começa dentro de cada um de nós. “Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante”.

Infelizmente, ainda prevalecem em nossa jornada terrena a ignorância e belicosidade, mas é crucial encontrarmos a serenidade interior, mesmo quando confrontados com os conflitos incessantes que nos cercam. Cada um de nós é um ser independente, um Espírito único a governar nossas escolhas, e a paz que desejamos começa quando dominamos a nós mesmos, direcionando nossos impulsos para o bem.

“Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta”. Esta citação de Emmanuel é poderosa e deve ser motivo de muita reflexão de nossa parte. Precisamos entender que a paz verdadeira começa com a educação de nossos sentidos e percepções. Precisamos aprender a ver, ouvir e sentir de maneira imparcial e compassiva.

“Eis porque, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos”. Não raro e com muita frequência distorcemos a realidade de acordo com nossas inclinações e perturbações internas. No entanto, devemos buscar a serenidade para enxergar a verdade e trabalhar pelo bem comum e, verdadeiramente, fazer nossa parte.

“Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem. Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira”. A ausência de paz dentro de nós nos impede de alcançar a paz no mundo. Portanto, é um chamado à reflexão e à transformação pessoal. Quando todos os indivíduos aprenderem a viver em paz consigo, a guerra será finalmente banida do nosso planeta. Esse é o desafio que temos diante de nós, não apenas para os povos que neste momento guerreiam, mas para toda a humanidade.

O momento deve ser de grande reflexão e coragem para promovermos verdadeiras transformações, e somando mais e mais mentes transformadas dia chegará que não mais conviveremos com a guerra. Oremos, sim, pelos que fazem a guerra e, sobretudo, vamos rogar ao Nosso Criador que não desanimemos na batalha íntima que devemos travar.

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