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irUm filme chocante, O exorcista – em que uma jovem de 12 anos grita as palavras e frases mais pornográficas que o cinema já ouviu, vomita sobre padres exorcistas, apresenta cenas em que é sexualmente possuída por agentes invisíveis de outras horripilantes transformações em figuras monstruosas –, vem sacudindo as opiniões de todo o mundo e atingindo os maiores recordes de bilheteria já vistos.
O que será que está acontecendo com toda essa gente? As cenas se transferem para as plateias, onde alguns se projetam ao chão em ataques histéricos, tomados por movimentos estranhos, retorcendo-se em convulsões. Os gabinetes psiquiátricos não conseguem atender ao número dos consulentes, e poder-se ia dizer que uma tremenda onda de perturbações vem desencadeando-se nas plateias dos cinemas, do mundo inteiro, provocada por um filme baseado num acontecimento real, verificado em 1949 nos EUA, com um garoto de 14 anos. A sua cama começou a sacudir-se, quadros e cadeiras de seu quarto se moviam inexplicavelmente. Levado ao Hospital da Universidade de Georgetown, piorou, blasfemava em idiomas arcaicos. Foi entregue a um jesuíta exorcista e depois de dois meses de rituais e orações, o garoto viu-se livre do Espírito que o possuía.
O filme, como fenômeno psicológico, social e religioso, vem desafiando os pesquisadores dessas áreas. Segundo o autor Hal Linsey, “existem poderes espirituais em ação durante a exibição desse filme, que só está preparando o terreno para o futuro ataque do demônio”.
O pobre Satã, figura milenar, já havia até dependurado sua fantasia carnavalesca, depois de mais de 700 anos, quando atingira o seu clímax de terror aos homens, certamente constrangido com os “feitos” e os “não feitos” que lhe vêm atribuindo há tanto tempo. Nem pensava mais vir a julgamento. Entrou o diabo na moda; existe, não existe, é culpado disto e daquilo. Quanto tormento não vem sofrendo essa figura, que, como criatura de Deus, sujeita às leis de evolução, de causa e efeito, quantas e quantas transformações já não passou, no entanto foram buscá-lo de volta, desenterraram os quadros e pinturas mais horrendos para mostrá-lo novamente aos homens e conferir-lhe os dotes dos erros que perpetramos. O pobre diabo deve ter evoluído bastante, aceitando de longa data, pacientemente, as funções de “bode expiatório”. As opiniões sobre essa entidade são diversas, vejamos algumas.
No seu livro recentemente lançado, O inconsciente, a magia e o diabo no século XX, o Dr. Lyra nos diz: Acreditar no diabo hoje em dia éprova de rematada ignorância ou de incompreensível preconceito, pois até teólogos evitam abordar a hipótese demoníaca e falam o menos possível sobre o inferno”. No capítulo “Possessão demoníaca”, o autor enumera a opinião de muitos escritores, juízes, sacerdotes, médicos, sobre vários casos de possessão, narrados desde “1258 quando se deu o primeiro julgamento contra a feitiçaria, sob os auspícios da Santa Inquisição”. O Dr. Lyra nas suas análises comenta: “Ao estudarmos pormenorizadamente essas chamadas manifestações diabólicas, temos notado que há nelas um fundo maligno, perverso, vicioso e extravagante. O conjunto de fenômenos, ao mesmo tempo em que mostra uma inteligência em ação, acompanha-se de variados fenômenos parapsicológicos: telepatia, clarividência, premonição, telecinesias, levitações etc., que a ciência universitária não explica e cuja existência prefere negar”. O psiquiatra acha que “parte da fenomenologia pode ser explicada como dinamismo do inconsciente. E para ele, o inconsciente é o efeito, e não a causa, se fazendo sentir como o mediador, o elemento psicodinâmico de todos os fenômenos, simplesmente mecanismo, embora em certos fenômenos anímicos (de pessoas vivas), ele seja causa e mecanismo, ao mesmo tempo. A hipótese do inconsciente é válida e eficaz, mas dar-lhe características de onipotência e onisciência é anticientífico. Dessa maneira, apenas substituiu-se o diabo medieval pelo inconsciente científico. O diabo tudo pode: telepatia, clarividência, levitação, materialização, tudo seriam artes do diabo para perder os justos. E no fim dos tempos, haverá tantos prodígios, que até os escolhidos se perderiam, se isso fosse possível, segundo diz a Bíblia”.
A Folha de São Paulo de 5 de abril de 1974 traz os resultados de uma pesquisa de uma agência independente, o Centro de Estudos Políticos, que estuda os fenômenos sociais nos EUA. As conclusões mostram que, na população dos Estados Unidos, a proporção daqueles que estão completamente convencidos da existência do diabo cresceu nos últimos 9 anos, de 37 para 48%. Essa pesquisa foi feita no ano passado, antes da apresentação do filme O exorcista. O Dr. Clyde M. Nuhn, principal pesquisador do centro, especialista em sociologia da religião, atribui o aumento na crença do diabo à incerteza e intranquilidade dos dias atuais.
No programa “Flavio Cavalcanti”, canal 4 de São Paulo, pela Rede Tupi, retransmitido para todo o Brasil no dia 30 de março, conforme nossa gravação em fita, o padre Quevedo respondes às seguintes perguntas.
Todos os casos de possessão, de pessoas, pelo demônio, são falsos?
Pe. Quevedo: Todos os casos da história conhecida se explicam parapsicologicamente, não se encaixam em explicação endemológica, só na explicação parapsicológica cientifica.
Alguns poderão ser verdadeiros?
Pe. Quevedo: Nenhum. Nenhum caso é de possessão demoníaca, não há; milagres do demônio, e nisso qual seria a diferença? O ritual romano, que a Igreja em questões científicas consulta aos científicos, põe três. Falar línguas estrangeiras de uma maneira um pouco ampla: a xenoglossia que a parapsicologia está cansada de explicar, e eu mesmo tenho explicado nos meus livros e na nossa revista de parapsicologia. Manifestar forças superiores a idade ou aos costumes: o famoso hiperdinamismo, o sansonismo nem sequer parapsicológico é, ou não sempre. Um louco num ataque de nervos não há quem segure sem camisa de força. E em situações parapsicológicas, uma criança pode manifestar uma força aproveitando as últimas energias de seus músculos, incrível para quem não saiba isso. O outro sinal: Manifestar coisas distantes, ocultas: toda a parapsicologia conhece a telepatia, a clarividência, a precondição, o que o povo chama de adivinhação. Naquela época, acreditavam que isso se devia ao demônio, os cientistas da época. E a Igreja consultou aos cientistas, os cientistas pifaram, na ordem humana, que não é doutrinal, a Igreja foi na onda. Foi avançando a ciência, foi avançando a Igreja em questões disciplinares do mundo científico, que isso não tem nada que ver com doutrina religiosa, são fatos observáveis.
Pergunta do jornalista Abrahao Cestin, do Paraná: O Sr. disse que o sacerdote católico só pode fazer exorcismo com autorização do seu bispo, logo admite o demônio, ao negá-lo o sr. não está se colocando contra a sua própria igreja?
Resp. do padre: Não, [risos] tudo ao contrário. Precisamente porque há tanta e tanta e tanta superstição, a gente vê, o pessoal vê o demônio por todas as partes, e a Igreja que tem gente culta, sabe que não é isso. E o demônio existirá, mas que não intervém embora ela também, talvez, como isso pertence à ciência, e a ciência ainda não esclareceu o caso, ela também não, mas a parapsicologia especializada sabe que não é isso. Mas já antes da parapsicologia, a Igreja via que o povo atribuía coisas demais ao demônio e por isso proibiu administrar o exorcismo, porque isso era superstição, eles viam o demônio em todas as partes. E não é que eu seja contra a Igreja, tudo ao contrário, é a Igreja que está do meu lado nessa ideia, porque foi a Igreja que proibiu administrar os exorcismos sem licença. Daí indicaria que a Igreja está dizendo que intervém o demônio e isso não corresponde à Igreja, isso corresponde à ciência. Presentemente, o papa alertou para a existência do demônio e a atuação oculta, imperceptível do demônio. O papa não falou de possessões demoníacas, nem em intervenções observáveis do demônio. Ele disse expressamente uma intervenção oculta, indiscernível, inobservável, portanto, já vêm, os bispos estavam proibindo de realizar os exorcismos na ordem científica de observações de fatos, mas o papa não se mete nas observações de fatos, e para que não caia no erro de dizer, porque não há possessão demoníaca, para tirar a conclusão de que não existe o demônio, o papa alerta: possessão demoníaca não haverá, nem milagres do demônio, isso pertence à ciência observável, mas o demônio existe e atua ocultamente, imperceptivelmente.
Na revista Manchete, de 4 de maio do corrente, na reportagem intitulada “O Diabo está na moda”, o prof. Luciano dos Anjos, da Federação Espírita Brasileira, responde a várias perguntas entre as quais destacamos as seguintes.
O diabo existe?
Resposta: Sim e não. O diabo não existe. Mas existem os Espíritos maus. Só se pode falar na existência do diabo tomando-o como simples figura alegórica, como fez o próprio Cristo. Quanto aos Espíritos maus, eles nada mais são do que criaturas que antes viveram aqui na Terra e que, após a desencarnação, continuam a odiar e a perseguir seus semelhantes. Se há Espíritos maus na Terra, assassinos, traidores, ladrões etc., é evidência que também os há na espiritualidade. É preciso não esquecer nunca que os Espíritos, bons ou maus, nada mais são que homens despojados do corpo de carne.
E à pergunta de como pode uma pessoa ser possuída por um Espírito mau, assim responde o prof. Luciano: sim um Espírito desencarnado pode exercer influência sobre um Espírito encarnado. A intensidade dessa influência pode variar de simples fascinação, subjugação até à possessão total. Essa influência pode ser identificada pelo comportamento, por atitudes estranhas, por males e sintomas que a medicina não consegue explicar e por outros sinais anormais na pessoa influenciada.
Ainda no Programa “Flavio Cavalcanti”, no canal 4 de São Paulo, em 6 de abril do corrente ano, pela gravação em nosso poder, o padre Charboneau responde à seguinte pergunta de dona Maria de Lourdes Tabosa, do Pernambuco:
Aquele demônio que tentou Jesus Cristo no deserto, não existiu? Aquele outro a que o apóstolo S. Pedro se refere e que anda rugindo como leão, buscando a quem devorar, também não existiu?
Resposta: O problema da existência do demônio éum problema de ordem teológica, é um problema de ordem de fé. Então, tanto a fé quanto a teologia que venha a explicar tem as suas raízes na revelação. Dentro de uma linha teológica, eu acho que é indubitável, que há de se reconhecer, que tudo aquilo que vem através das escrituras santas afirmam categoricamente a existência do demônio, do satanás. Quanto a isso não há dúvida alguma.
Pergunta o Sr. Flavio Cavalcanti: Então por que aquela posição do padre Quevedo?
Padre Charboneau: Eu entendo perfeitamente a posição do padre Quevedo, dizer que o demônio existe é uma coisa, dizer que o demônio fica se manifestando de todas as maneiras, em todos os momentos, e que, como muitos hoje em dia pensam, inclusive estranhamente entre os jovens, que ele atua fisicamente, é um dos problemas que surgiu com o filme O exorcista, do qual se sabe que os espectadores se retiram, alguns desmaiando, outros convencidos de que eles são possuídos fisicamente pelo demônio, então entre dizer que o demônio existe e dizer que ele vive atuando de uma maneira constante em cada um de nós, e que ele podo a cada momento se apoderar de nós é totalmente diferente. Nisso eu acho que o padre Quevedo, pelo que eu entendi, daquilo que ele disse, eu acho que ele tem totalmente razão. Há uma série de desgastes psicológicos, de situações patológicas, de casos psiquiátricos que podem, algumas vezes, dar a impressão que há presença do demônio, mas que quase na totalidade das vezes não passam de ser fenômenos meramente naturais, e cabe só ao julgamento e o tratamento médico.
Allan Kardec, no O livro dos Espíritos, faz perguntas aos Espíritos que nos esclarecem substancialmente sobre o diabo.
Pergunta 114:São os Espíritos bons ou maus por natureza ou são eles próprios que se melhoram?
Resposta: Eles próprios se melhoram; e melhorando, passam de uma ordem inferior a outra mais elevada.
Pergunta 115:Entre os Espíritos, uns foram criados bons e outros maus?
Resposta: Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem conhecimento. A cada um deu uma missão com o fim de os esclarecer e fazê-los chegar, progressivamente, à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para os aproximar de si. A felicidade eterna e sem mescla para eles está nesta perfeição. Os Espíritos adquirem esses conhecimentos passando por provas que Deus lhes impõe. Uns as aceitam com submissão e chegam mais rapidamente ao fim que lhes é destinado; outros não se submetem sem murmuração e, assim, por própria culpa, ficam afastados da perfeição e da felicidade prometida.
Pergunta 116:Há Espíritos que fiquem perpetuamente nas camadas inferiores?
Resposta: Não: todos eles tornar-se-ão perfeitos; mudam de classe, embora devagar. Como já dissemos de outra feita, um pai justo e misericordioso não pode banir seus filhos eternamente. Querias que Deus, tão grande, tão bom, tão justo, fosse pior do que vós mesmos?
Pergunta 131:Há demônios no sentido ligado a este vocábulo?
Resposta:Se houvesse demônios seriam obra de Deus. E Deus seria justo e bom se tivesse feito seres eternamente voltados ao mal e infelizes? Se há demônios é em teu mundo inferior e noutros que lhe são semelhantes que eles residem. São esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus malvado e vingativo e que julgam lhe ser agradáveis pelas abominações que cometem em seu nome.
Pergunta 459:“Influem os Espíritos nos nossos pensamentos e ações?
Resposta: Neste caso, sua influência émaior do que pensais, pois muitas vezes são eles que vos dirigem.
Pergunta 467: Podemos libertar-nos da influência dos Espíritos que nos solicitam para o mal?
Resposta:Sim, porque eles só se ligam às pessoas que os solicitam por seus desejos e os atraem por seus pensamentos.
Pergunta 473: Pode um Espírito momentaneamente tomar o envoltório de uma pessoa viva, isto é, introduzir-se num corpo animado e agir em lugar do que nele se acha encarnado?
Resposta:“O Espírito não entra no corpo como entras numa casa: ele se identifica com o Espírito encarnado que tem as mesmas virtudes e os mesmos defeitos, agindo conjuntamente. É sempre, porém, o Espírito encarnado que age como quer sobre a matéria que o reveste. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado, porque Espírito e corpo estão ligados até o termo fixado para a existência material.
Pergunta 475: Pode a criatura por si mesma afastar os maus Espíritos e libertar-se de seu domínio?
Resposta:É sempre possível subtrair-se ao jugo, desde que haja vontade firme.
Pergunta 477: Têm as fórmulas exorcismo alguma influência sobre os maus Espíritos?
Resposta:Não. Quando esses Espíritos vêm que alguém toma a coisa a sério, riem-se e se obstinam.
É digno de nota a clareza e o bom senso nas respostas dos Espíritos, enunciando com justiça e equilíbrio os princípios transcendentais que governam as nossas relações com os Espíritos e os destinos dos mesmos.
No livro Libertação, ditado pelo Espírito de André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, acompanhamos uma incursão nas esferas densas do submundo dos Espíritos, aonde o instrutor espiritual Gubio, Elói e o autor realizam uma expedição de socorro na região sombria denominada Crosta. Os socorristas sofrem as metamorfoses no perispírito, experimentando as sensações de peso, cansaço, dificuldades na mobilidade, tal a densidade fluídica e a viciosidade da atmosfera nos ambientes vizinhos ao nosso plano físico, aonde exércitos de Espíritos insubmissos e recalcitrantes do mal, comandados por entidades perversas, de aguçada inteligência, devotadas ao ódio, dominantes dos mais requintados processos hipnóticos e conhecedores do manuseio no campo das impregnações fluídicas viscosas. Utilizando-se das formas mentais (ovoides), que escravizadas agem como sanguessugas das energias vitais dos humanos, essas malévolas entidades constituem um verdadeiro império cristalizado no mal que luta por manter nos círculos terrestres a continuidade do ódio, da vingança, da vaidade, da criminalidade. Verdadeiro inferno dirigido por Espíritos diabólicos, insensíveis aos apelos sutis da espiritualidade superior.
As narrações de André Luiz, nesse livro, vêm precisamente documentar a libertação de uma dessas entidades e, consequentemente, de um sem-número de Espíritos seus comandados, enriquecendo e exemplificando com detalhes valiosos as respostas dadas pelo Espíritos às perguntas do mestre Lionês, enumeradas acima. Esses milhares de Espíritos, filhos do desespero, disputando entre si a dominação da Terra, cristalizados na rebeldia, tentam obstar a evolução moral do nosso planeta, lutando na dominação mental e no envolvimento vibratório daqueles que, invigilantes, deixam-se levar pelos sentimentos de vingança, de poderio, de orgulho, de discórdia.
E nós, Espíritos em precárias condições evolutivas, ainda permeáveis a essas inspirações das regiões das sombras, sensíveis algumas vezes à corrente, brilhante e maravilhosa das entidades sublimadas no amor e na renúncia, que por outro lado lutam gloriosamente na implantação do bem, oscilamos entre os movimentos ascendentes de libertação e as descidas às zonas deprimentes, resultantes da nossa maiorou menor persistência, concluímos com as palavras do ministro Flacus (ler cap. I do livro Libertação): “O inferno, por isto mesmo, é um problema de direção espiritual. Satã é a inteligência perversa. O mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor. O sofrimento é reparação ou ensinamento renovador. Em razão disso, o planeta, por enquanto, não passa de vasto crivo de aprimoramento, ao qual somente os indivíduos excepcionalmente aperfeiçoados pelo próprio esforço conseguem escapar na direção das esferas sublimes. Considerando semelhante situação, o Mestre Divino exclamou perante o Juiz, em Jerusalém: ‘Por agora, o meu Reino não é daqui’, e, pela mesma razão, Paulo de Tarso, depois de lutas angustiosas, escreve aos Elíseos que ‘não temos de lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, centrados os princípios, contra as potestades, contra os príncipes das trevas e contra as hostes espirituais da maldade, nas próprias regiões celestes’. E aquelas palavras finais do instrutor Gubio a André Luiz, após ter conduzido em seus braços o Espírito de Gregorio, que liberto, por sua mãe celestial Matilde, das regiões lodosas aonde permanecera nos desatinos satânicos, vem nos confortar conclusivamente: ‘Jesus te recompense, filho meu, pelo papel que desempenhaste nesta jornada de libertação. Nunca te esqueças de que o amor vence todo ódio e de que o bem aniquila todo mal’”.