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Folha Espírita – julho de 1974

Casamento pílula e divórcio

Chico Xavier opina sobre:

Chico Xavier, os Espíritos amigos apresentam algum ponto de vista sobre o divórcio no Brasil?

E o referido médium responde:

Allan Kardec, no capítulo 22 de O Evangelho segundo o Espiritismo, assevera que o divórcio é uma lei humana que veio consagrar determinada situação já existente entre os cônjuges. Do ponto de vista humano, naturalmente que seria crueldade fugir da possibilidade do divórcio em determinadas situações da vida e em determinados setores de nossos problemas, quando estamos certos de que as organizações bancárias do mundo nos concedem reformas e determinados prazos para resgate de certas dívidas.

Mas devemos estar igualmente conscientes de nossa situação no Brasil e podemos perfeitamente reconhecer que ainda estamos imaturos para receber o divórcio da magnanimidade da nossa Justiça porque somos um pouco jovens. Precisamos habilitar a consciência coletiva para uma conquista de tamanha expressão na vida da criatura e na vida planetária.

Chico, esta é uma pergunta ligada à anterior e foi formulada pela direção do jornal 5 de Março: qual a posição do Espiritismo em relação ao divórcio?

Retornamos a palavra a Allan Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo. No capítulo 22, Kardec assevera que o divórcio vem consagrar uma situação já existente, mas não podemos deixar de apresentar uma ressalva quanto a nós outros em nosso país, que estamos procurando Jesus.

Nós queremos Nosso Senhor Jesus Cristo e devemos esperar e trabalhar muito para que a compreensão e o amor reinem sobre nós todos, a fim de aguardarmos uma realização como esta, embora sob o ponto de vista humano, do ponto de vista da humanidade, em geral, o divórcio é uma lei compreensível.

Devemos entender que, em efetuando casamento, cada um de nós não está criando uma união de anjos, e sim um ajuste respeitabilíssimo de criaturas humanas em que um e outro cônjuge apresentam determinadas nuances de incompreensão, às vezes de grandes dificuldades, que devem ser compreendidas pela outra parte no campo das relações recíprocas.

O sexo

Como interpretam os Espíritos amigos a função do sexo?

Nós devemos ao sexo o bendito nome de mãe. Devemos ao sexo a formação do tesouro do lar. O sexo é sagrado em seu valor intrínseco. Se há algo que pode desprimorar o sexo nasce de nós, e não das leis divinas. Devemos honrar os nossos compromissos de natureza sexual com todas as forças da nossa alma, mesmo porque através do sexo efetuamos a continuidade da espécie no mundo. Mas através dele recebemos também forças dinâmicas que podem sustentar a nossa vida espiritual e física para a execução de nosso trabalho sobre a Terra. Basta que saibamos fazer a transmutação da força sexual em nossas ligações afetivas uns com os outros, mesmo sem contato sexual, para encontrarmos sempre o amor, porque o amor é lei da vida. Mas, se soubermos transmutar a energia sexual em serviço, trabalho, organização, realização, sublimação, encontrará sempre no amor com base mesmo no sexo não vivido a força espiritual mais profunda da vida para garantir a nossa euforia orgânica e mental sobre a Terra.

A pílula

É lícito o uso de anticoncepcionais?

Estamos diante de um problema em que os conceitos de ciência e de vida familiar devem ser por nós todos respeitados. Esperemos que o tempo nos faça sentir as vantagens dos anticoncepcionais, compreendendo, porém, que os anticoncepcionais não estarão chegando à Terra sem finalidade justa.

Programação familiar

O casal tem o direito de programar o número de filhos em sua própria casa?

Diz Allan Kardec em O livro dos Espíritos que o homem deve corrigir tudo aquilo que possa ser contrário à natureza. Hoje, dividem-se as opiniões, mas à frente da problemática da nossa civilização, à frente dos impositivos da educação e da assistência à família, nós, pessoalmente, acreditamos que o casal tem direito de pedir a Deus inspiração, de rogar a Jesus as sugestões necessárias para que não venha a cair em compromissos nos quais os cônjuges permaneçam frustrados.

Somos filho de família numerosa. Pessoalmente, sou descendente de uma família de 15 irmãos, mas, de 20 anos para cá, a vida no planeta tem sofrido muitas alterações e devemos estudar o planejamento com muito respeito à vida e, consequentemente, a Deus, em nossos deveres uns para com os outros, e não cairmos em qualquer calamidade por omissão ou deserção dos nossos deveres.

Namoro, noivado, casamento

Por que motivo casais que noivavam apaixonadamente experimentam a diminuição do interesse afetivo nas relações recíprocas após o nascimento dos filhos?

Grande número dos enlaces na Terra obedecem a determinações de resgate escolhidas pelos próprios cônjuges, antes do renascimento no berço físico, e aqueles amigos que serão filhos do casal, muitas vezes, transformam, ou melhor, omitem as dificuldades prováveis do casamento para que os cônjuges se aproximem segundo os preceitos das leis divinas e formem o lar, transformando determinadas dificuldades em motivos de maior amor, de compreensão maior.

O namoro, o noivado, muitas vezes, estão presididos pelos Espíritos familiares que serão os filhos do casal. Quando esses mesmos Espíritos se transformam em nossos filhos parece que há diminuição de amor, mas isso não acontece. Existe, sim, a poda da paixão, no capítulo das afeições possessivas que nós devemos evitar.

Dificuldades do casamento

Os casais que experimentam menos interesse afetivo em torno das relações mútuas após a chegada dos filhos devem continuar unidos mesmo assim?

Os nossos amigos espirituais explicam que ninguém pode exigir de alguém espetáculos de grandeza e que determinadas situações heroicas podem ser abraçadas pela criatura humana, mas tanto quanto possível por amor aos filhos. Por amor aos nossos familiares, devemos sofrer qualquer espécie de dificuldade para sustentar a família e resguardar a invulnerabilidade do lar, porque muitas vezes nos sacrificamos de modo absoluto em grandes avais para os quais não estamos preparados, em favor de nossos amigos, por que é que não podemos também sofrer ou lutar por amor aos nossos filhos, aos nossos descendentes? É uma pergunta a nós todos, concluiu Chico Xavier.

Lar e família

Do ponto de vista espiritual, como definir o lar e a família?

Outra afirmativa de nosso Emmanuel é de que o lar é uma benção de Deus para os homens e de que a família é uma criação dos homens onde eles podem servir a Deus, desde que aceitem com amor o sacrifício e a renúncia, o trabalho e o serviço por alicerces de nossa felicidade em comum.

Qual o mecanismo ideal para atingir a paz e a segurança entre os familiares vinculados à mesma casa e ao mesmo nome?

Cremos que este problema será perfeitamente solucionado quando esquecermos a afeição possessiva, a ideia de que somos pertences uns dos outros, quando nos respeitarmos profundamente, cada qual procurando trabalhar e servir, mostrando sua própria habilitação o rendimento de serviço dentro da vocação com a qual nasceu, dentro do lar, respeitando-se uns aos outros. Desse modo, com o respeito recíproco e o amor que liberta, o amor que não escraviza, o problema da paz em família estará perfeitamente assegurado na solução devida.

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