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irFazer o bem e nutrir empatia pelo próximo são, sem dúvida, decisões pessoais, pautadas no nosso livre-arbítrio e na educação de nossos próprios sentimentos e atitudes. Porém, embora as nossas escolhas possam variar para o bem ou para o mal, tais quais sejam os valores que nutrimos no coração, talvez todos nós tenhamos uma certa tendência a fazer o bem quando estamos cercados por pessoas engajadas e ativas em ações de caridade.
Quem não percebeu dentro de si esse impulso, esse desejo de participar de alguma atividade beneficente quando, por exemplo, amigos e colegas de trabalho estavam envolvidos em um projeto ou campanha? Por isso, é interessante notarmos que em países onde a caridade é algo cultural, onde a população vê como um fato natural e rotineiro, há um consenso da importância e dos benefícios da caridade mais amplamente disseminados. E qual seria, atualmente, o país considerado o mais generoso do mundo?
Segundo o World Giving Index, o país mais generoso em 2021 é a Indonésia, com uma pontuação de 69, acima dos 59 na última vez em que um Índice anual desse tipo foi publicado, em 2018, quando também a Indonésia ficou em primeiro lugar.
Podemos citar alguns exemplos para entendermos como pensar no semelhante e não só nos próprios interesses faz parte da cultura do povo indonésio: mais de 8 em cada 10 indonésios doaram parte do seu dinheiro este ano para alguma causa social, e a taxa de adesão ao voluntariado no país é mais de três vezes a média global.
Importante notarmos que, nesse ranking de países generosos, vieram o Quênia em segundo lugar e a Nigéria em terceiro. Esses três honrosos primeiros colocados estão longe de serem países ricos, de primeiro mundo, onde supostamente as pessoas teriam maior disponibilidade de tirar um pouco do seu supérfluo para ajudar quem tem menos, como nos ensina o Evangelho. São países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) sofríveis e com graves problemas sociais, o que nos leva a concluir que a consolidação do comportamento caridoso depende muito mais de uma decisão em fazer o bem do que de possuir recursos materiais sobrando.
O ranking é uma iniciativa da organização britânica Charities Aid Foundation, representada no Brasil pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS). Ele é realizado desde 2009, já entrevistou mais de um milhão e seiscentas mil pessoas, e para cada um dos entrevistados são feitas três perguntas bastante simples: se o indivíduo ajudou um estranho que estava em necessidade (não valem pessoas com quem os entrevistados possuam vínculos afetivos, como parentes ou amigos, por exemplo), se doou dinheiro a uma organização social ou se fez algum tipo de trabalho voluntário, pensando-se somente no mês anterior à entrevista.
Nessa última edição da pesquisa, foram incluídas entrevistas realizadas em 114 países, representando mais de 90% da população adulta global. O Brasil ficou na 54a posição no ranking e, apesar de ser uma colocação ruim, subimos 14 posições em relação aos dados coletados na última pesquisa, em 2018. Estamos, ainda, 20 posições à frente em relação a nossa posição média nos últimos 10 anos. Apesar disso, fica nítido que ainda temos muito a fazer, e essa colocação só poderá melhorar com a prática efetiva da caridade por cada brasileiro.
A pandemia, como já sabemos, tem escancarado as diferenças sociais da humanidade, portanto temos agora a oportunidade de enfrentarmos o problema de forma mais direta e prática, até porque a situação exige de nós medidas imediatas. Fazer o bem deverá ser a nossa bandeira no novo mundo de regeneração que tanto almejamos.
Ao contrário do que possamos imaginar, nem sempre fazer o bem significa realizarmos grandes sacrifícios pessoais. Trata-se muito mais de adotarmos uma postura constante de serviço ao nosso semelhante, de permanecermos alertas para ajudar quem está ao nosso redor, não desperdiçando as oportunidades de sermos úteis.
Enfim, trata-se de alimentarmos a empatia à dor do nosso próximo, como tanto tem se falado. Gestos que, muitas vezes, possamos achar irrelevantes, na nossa opinião, podem fazer toda a diferença na vida do outro. Um ombro amigo para quem tem passado por momentos difíceis, um conselho bondoso, o acolhimento para as dores de alguém, ou mesmo uma ajuda material, como um agasalho ou alimento, dentro das nossas possibilidades, podem ser a luz que nosso semelhante estaria mais precisando naquele momento.
Como pudemos ver no ranking global da generosidade, não são os países de economia estável, onde a população é rica e com boa escolaridade, que encontramos bons índices de caridade ao próximo, mas, sim, em países onde a própria população sentiu a necessidade de se unir e agir coletivamente em favor dos desamparados e sofredores.
Se permanecermos indiferentes, preocupados somente com os nossos compromissos, continuaremos ignorando a oportunidade de colocar em prática a regra máxima que Jesus nos deixou: “amarmos uns aos outros, como Ele nos amou”. Fica aqui, portanto, o nosso convite: não desperdicemos jamais as oportunidades de sermos úteis!